Pular para o conteúdo principal

Centenário Inezita Barroso

 


Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura
Foto: Reprodução Itaú Cultural

Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "Dama da Música Caipira", por trinta anos abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração. Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro. Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e arte digital foi professora universitária. Inclusive deu aulas de cultura popular  na Universidade de Mogi das Cruzes de 1982 a 1996. Conheci muitos de seus alunos que se orgulhavam de tê-la como mestre, infelizmente não tive essa sorte, mas bati panela em um protesto para trazer a matéria de volta para as grades curriculares. 

Fez cinema e gravou em média 74 discos, e fez sucessos com canções como   Hoje, para celebrá-la, separei meus 5 momentos favoritos da nossa eterna Dama.

 Vou começar pela minha favorita. Composição de Raul Torres e Laureano, "Marvada Pinga", conta de uma forma divertida, os "tropeços" que a bebida dá em quem pega num copo...



"Lampião de Gás" é um clássico de Zica Bergami, e ganhava mais luz ainda no vozeirão de Barroso. 
Ah Inezita... quanta saudade você nos traz...


Quem assistiu a novela Pantanal com certeza se lembra de que Zé Leôncio amava ouvir "Cavalo Preto". Minha versão favorita é esta, por Inezita...
Me identifico com os "erres" carregados, cantados por ela. ´


Luar do Sertão,  hino do cancioneiro sertanejo, ganhou a gravação de Inezita Barroso no ano de 1963...



No mesmo ano a artista gravou a deliciosa "De papo pro Á". 
Eu também não queria outra vida... 
"E quando a saudade vem me acorrentar, eu me vingo dela, escutando Inezita de Papo pro á"







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.