Falando em Sol

 Um movimento que misturava música, moda e estilo: era a Jovem Guarda que chegava ao país na década de 60. Inspirada no rock'n'roll e no soul dos anos 50, o estilo marcava uma era que mexeu com a juventude: era uma brasa, mora? Liderada por Roberto e Erasmo Carlos ganhou em 65 um programa na TV Record: Jovem Guarda tinha como apresentadores a dupla e a "ternurinha" Wanderléa. Ela era a musa dos rapazes, despertava paixões e ditava moda com a famosa mini saia. Natural de Governador Valadares, Minas Gerais começou carreira aos quinze anos, e para cantar na noite precisava da autorização de seus pais.  Todo mundo achava que  Wanderléa era a garota papo firme que o Roberto falou. Mas na verdade era  Waldirene, que tinha uma personalidade super forte. Os rapazes  pensavam que a iam conquistar mas ela, dentro da onda já  sabia que a turma de cabeludos só pensava em cantar... Em 1990 foi vencedora do Festival Viña del Mar, no Chile. Apelidada por Roberto Carlos de " Que

   Apresentado pelo Jornalista Carlos Abranches o Festival “A Canção ” revela o compositor anônimo mais famoso do Vale e oferece R$ 10 mil em prêmios Edição especial online promove também a cultura solidária e ações da Fraternidade Sem Fronteiras. Estão abertas as inscrições para o Festival “A Canção” e seguem até o dia o dia 30 de março. Esta é uma competição regional-musical que visa escolher a mais bela canção composta por pessoas do cotidiano, anônimos, com o intuito de valorizar a figura do compositor, mostrar a diversidade e riqueza musical da Região do Vale do Paraíba, assim como as fases do processo de produção musical em um show transmitido pela internet, enfrentando júri técnico e votação do grande público. Os compositores selecionados seguem anônimos, suas músicas serão produzidas profissionalmente por músicos da região e apresentadas nas transmissões online em que o júri seleciona duas melhores canções e as mesmas seguem para votação do público. A grande surpresa a cada eli

A partir de hoje às 21 horas acontecerá a segunda edição do   Festival Conexão Mulheres do Brasil  (clique, ative o sino de notificação e acompanhe). Esta é a segunda edição do evento que conta  com apresentações de cantoras de São Paulo, do interior e de outras regiões do país, como forma de interação e celebração da temática feminina, de sororidade, parceria e integração, mostrando que a cena da música independente Brasileira, tem como inspiração as Grandes Divas do cenário da MPB, do Samba e do POP do Brasil.   O projeto nasceu da necessidade de destacar a musicalidade das vozes femininas do Brasil, já que o espaço para a composição feminina é limitado e, dar mais voz e destaque para as compositoras incríveis do país é muito necessário. Mulheres de diversas áreas  participarão como convidadas especiais do evento como a renomada cineasta Tizuka Yamazaki, as atrizes Cida Mendes e Fafy Siqueira, a educadora mogiana Karem Sartorato, as atrizes Fafy Siqueira e Cida Mendes, a escritora Lu

Já que março é o mês das mulheres resolvi nas Quintas da Saudade homenagear nomes femininos que marcaram a música Brasileira. Hoje vou contar para vocês como de fato conheci Elis Regina e seu legado grandioso : tanto na música como sua fala para o empoderamento feminino. A gaúcha nascida em 17 de março de 1945,  começou carreira na década de 60 nos Festivais de música e  tinha como estilo musical a bossa nova. Ângela Maria era sua grande inspiração, e foi num Festival da TV Excelsior em 65, defendendo "Arrastão" de Vinícius de Moraes e Edu Lobo que fez grande sucesso com seus movimentos girando os braços como um helicóptero, sendo que logo em seguida passou a apresentar o Fino da Bossa com Jair Rodrigues.  E meu primeiro contato com a obra de Elis Regina foi ao ouvir o box que tinha em casa " Elis Regina e o Fino da Bossa". Achava algo especial na voz da cantora, mas desconhecia sua trajetória, sua carreira e muitas de suas histórias, uma vez que a "pimentinha&

 No final da década de 50 no Rio de Janeiro um processo de revitalização do samba deu origem a um movimento chamado Bossa Nova. De acordo com o jornalista Ruy Castro seria uma "simplificação extrema da batida da escola de samba". E neste movimento surgiram alguns nomes que falarei hoje no nosso Especial Mulheres que fizeram História na Música Brasileira. Leny Andrade passou grande parte de sua vida morando entre Brasil e Estados Unidos. Fez sua estreia no Beco das Garrafas, reduto da boemia carioca. Embora tenha feito carreira na bossa nova é conhecida como a maior cantora de Jazz do Brasil. Doris Monteiro começou carreira aos 15 anos nas rádios interpretando músicas em inglês e em francês. Com sua voz charmosa e suave fez sucesso dando leveza ao samba-canção, tão carregado pelo estilo "dor de cotovelo". Doris fez ainda sucesso no cinema e ainda  ganhou o prêmio de melhor atriz no primeiro Festival de Cinema pelo filme Agulha no Palheiro. Revelada muito jovem num pr

  Denise Prado comanda a segunda edição do evento que terá as super cantoras Nila Branco, Laura Finocchiaro e Sylvia Patrícia Um evento com o intuito de celebrar o poder da mulher com a participação de cantoras famosas e premiadas- além de convidadas super especiais. É o Festival Conexão Mulheres do Brasil que em sua segunda edição acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de março no Canal do You Tube  Festival Conexão Mulheres do Brasil  (clique aqui, se inscreva no canal e ative o sininho da notificação!!!!) Idealizado pela Diretora e Produtora Cultural Denise Prado, o Festival Conexão Mulheres do Brasil reúne pela segunda vez, mulheres fortes e influentes do cenário musical brasileiro, em um encontro especial de música de qualidade e celebração do feminino. Denise Prado é uma grande entusiasta da cultura brasileira. Com uma vida inteira dedicada à produção, que é sua maior paixão, a produtora esteve à frente de diversos eventos importantes na história da cultura e entretenimento brasileiro,

Para mim ela foi uma " explosão mística" e não "mestiça". Também foi conhecida como " a guerreira", "sabiá"ou "claridade" . Falo de Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, ou Clara Nunes. Nasceu em Paraobeba Minas Gerais e começou carreira como cantora de canções românticas. Era conhecedora da música brasileira, de seu folclore e das tradições populares e levou sua fé na umbanda para suas vestes e canções. Derrubou uma lenda de que cantoras não vendiam discos, ultrapassando em toda sua carreira a venda de 4 milhões e quatrocentos mil discos e viajou com seu canto pelo mundo todo representando nosso país. Considerada uma das maiores intérpretes de samba do Brasil foi responsável também por revelar nomes como Luiz Carlos da Vila, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal.  Beth Carvalho era conhecida como a " Madrinha do Samba" e começou na música dando aulas de violão pois seu pai, militan

 Vocês sabiam que o samba era marginalizado no nosso país ?  Uma roda de samba não podia acontecer na rua, pois não era vista com bons olhos: pela presença negra, era considerada reduto de malandros  e quem fosse pego pela polícia em uma roda de samba era levado para a prisão. Foto: www.tiaciata.com.br Mas a história mudou graças a presença de uma mulher : Hilária Batista de Almeida, nascida em Santo Amaro da Purificação na Bahia que  em 1854 foi para Rio de Janeiro na conhecida "diáspora baiana". Mais tarde, com uma filha pra criar passou a fazer quitutes para vender e  se tornou Tia Ciata : a grande responsável por animar a cultura negra nas favelas cariocas que começavam a surgir naquela época. Tia Ciata abria as portas de sua casa na Praça Onze para receber os sambistas, que se fossem pegos na rua sofriam repressão policial. Tudo isso mudou quando o presidente Wenceslau Brás teve uma ferida no pé e foi curado pelas ervas da quituteira que também era curandeira.  A partir

 Para começar a semana e retomar nosso Especial em homenagem ao mês das Mulheres volto ao universo da música sertaneja. A primeira dupla feminina da história do país se formou em 1938 quando as irmãs Maria de Jesus e Lourdes Amaral escondidas de seus pais resolveram participar de um concurso na Rádio Bauru chamado " Descobrindo astros do futuro". Em 1945 com o nome " Irmãs Castro" lançaram o sucesso de Nhô Pai ," Beijinho Doce". Já falei desta dupla por quem tenho grande carinho aqui no Blog. Das  irmãs "Galvão" ganhei o apelido carinhoso de  grandona  (se você clicar neste link irá conhecer esta outra história). A dupla formada pela sanfoneira Meire Zuil Galvão e pela violeira Marilene Galvão começou carreira em  1947 na Rádio Club Marconi da cidade de Paraguaçu Paulista. A partir de 1985 começaram a ser produzidas pelo Maestro Mario Campanha ( que depois de 35 anos de namoro se casou com Meire) e com elas inaugurou uma nova fase: abertas para a

Dando continuidade à nossa série de posts sobre musicistas que marcaram nossa música brasileira, falo sobre um estilo que é basicamente marcado pela presença masculina  que é a música caipira, ou para alguns o  "sertanejo raiz". Principalmente por que eram canções originadas  em cidades do interior, nas quais no pensamento coletivo o papel da mulher era ainda o de dona de casa, mãe e submissa ao extremo -falamos de mulheres nascidas na década de 20 do século passado . Nascida em Bataguassu (Mato Grosso do Sul) em agosto de 1924, Helena Meirelles vivia rodeada por peões e violeiros por quem tinha grande admiração e  vontade de tocar como eles.  Porém, por imposição dos pais se casou aos 17 anos mas abandonou o marido por se apaixonar por um músico paraguaio que tocava violão e violino. O casamento também não durou muito tempo. Entregou seus filhos para pais adotivos e foi tocar em bailes e "farras" e desapareceu por 30 anos. Ao ser encontrada por uma irmã já com a sa

                                                    ABQNE com o padrinho Zeca Baleiro lançam amanhã Zero Grau                            Foto : Marie Kappel Ontem publiquei no Instagram do Falando em Sol - @falandoemsol um recado do Zeca Baleiro. Ainda não segue a página? Pra quem não viu aqui vai a notícia completa: amanhã tem música nova da Banda que Nunca Existiu com o Zeca nos vocais. A ABQNE retoma o projeto de seu álbum de estreia com o single "Zero Grau", que chega nas plataformas digitais na sexta-feira (12/3) e já está disponível para pre-save.  A ideia da banda é mesclar sotaques, sonoridades e ritmos na voz de diferentes intérpretes, com repertório inédito e autoral de Humberto Lyra e Luiz Pissutto.  “Luiz é um grande amigo. Quando me falou do projeto ABQNE achei instigante e divertido e logo me engajei. A música que canto tem uma pegada latina e dançante”, comenta Zeca Baleiro.  Já Luiz ressalta a importância da participação do padrinho da banda com suas orientaç

A Quinta da Saudade de hoje vai ser em homenagem a uma mulher que começou carreira na música e depois se consagrou como apresentadora de TV. Eu não perdia uma segunda- feira de seu programa exibido pelo SBT. Ela não tinha papas na língua e abria seu programa dando sua opinião e todo artista  queria  estar em seu sofá e receber seu famoso "selinho". Uma atitude que muitos consideravam avançada para uma mulher de sua idade, mas ela viveu para celebrar a vida da melhor maneira : com muita alegria. Se bem que ousadia era sua característica principal: nascida na cidade de Taubaté, aqui no Vale do Paraíba no ano de 1929, Hebe Maria Monteiro de Camargo (no segundo casamento Ravagnani) era filha do violinista e cantor Fego Camargo, e se mudou ainda na juventude para São Paulo pois o pai tocava na Orquestra da Rádio Difusora e ela sempre acompanhava o pai nas apresentações. Aos 15 anos iniciou carreira como cantora na Rádio Tupi e em 1944 formou com a irmã Stella a dupla caipira Rosal

   Juliana Rodrigues Trio lança Afro BA Foto: Uolli Briotto Nesta próxima sexta-feira o Juliana Rodrigues Trio lançará mais um single :" Afro BA". Com uma sonoridade envolvente, complexa e dançante, inspirada em ritmos da cultura africana, esta é a terceira faixa a ser lançada, tanto nas principais plataformas digitais como no YouTube..  “Ela tem o caráter de um mantra. Tem a condução do baixo e vai crescendo até os solos e os improvisos, depois o solo de bateria mais tribal mesmo, dos tambores”, afirma o compositor da música, o baterista Abner Paul. ‘Afro BA’ estreou, pelas baquetas de Abner, numa viagem pela Argentina. Mais tarde, na companhia de Juliana Rodrigues e João Benjamin, foi apresentada em palcos como o do ‘Festival Internacional Jazz al Este’, no Paraguai.  Como uma forte sinergia entre os três, foi natural inseri-la no ‘Vive’. O processo de criação, embora complexo, por envolver diferentes inspirações em um mesmo som, foi muito natural, com espaço para solos de

" Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar. De noite embalamos seu sono, de manhã nós vamos te acordar..." Após a Primeira Guerra Mundial no Brasil as rádios se firmaram como meio de comunicação. Foi durante o Governo Getúlio Vargas que se instaurou em nosso país a  chamada "Era de Ouro".  Além do entretenimento proporcionado pelos programas de auditório e shows de calouros (que aconteciam ao vivo) era por este meio de comunicação que o governo divulgava seus feitos e enviava suas mensagens por um programa que conhecemos até a atualidade como " A Voz do Brasil" ( que tem como abertura a obra  "O Guarani "de Carlos Gomes). No Rio de Janeiro eram de grande prestígio as Rádios Nacional e Mayrink Veiga, e em São Paulo a Rádio Clube de São Paulo e a Rádio Sociedade Record . E é óbvio que naquela época já existia a acirrada briga por audiência. Foram nos programas de calouros que surgiram as vozes femininas das quais iremos falar hoje no

 Hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1970 como forma de registrar a luta histórica das mulheres na reivindicação de condições salariais iguais aos dos homens. Também se colocavam contra o machismo e todo e qualquer tipo de violência. Sabemos que infelizmente esta luta ainda segue e os casos de violência  (física, verbal ou psicológica) ainda são manchetes dos noticiários. Segundo dados do  Instituto de Segurança Pública (ISP) no ano de 2020 foram registrados 120 mil casos de lesão corporal em decorrência de agressões domésticas. Em todas as profissões as mulheres encontram dificuldades para serem inseridas no mercado de trabalho : existe além do preconceito o dilema de se dividir entre o trabalho, a casa, os filhos e muitas vezes o casamento.  Na música não é diferente: musicistas são vítimas de preconceito a todo momento e para homenagear essas mulheres que assim como Euterpe (musa da música na mitol

                               Fabiola Beni lança single Vida Passageira  Foto: Divulgação  O Blog tem me dado a oportunidade de conhecer músicas de bandas e artistas que não conhecia e hoje fui surpreendida ao receber um single de uma cantora natural de Vitória Brasil  mas que reside atualmente  em São Carlos, também no estado de São Paulo.  Fabiola Beni é uma compositora, cantora e violeira que tem como referências musicais o pop, o folk e a música popular brasileira. Para compor suas canções se inspira em paisagens naturais, na pesca, nas festas populares, na subjetividade do sertanejo  e na simplicidade do cotidiano das pessoas. Como sou fã de música folk imediatamente a busquei na minha plataforma digital e gostei muito da mensagem da canção " Vida Passageira". É um" popfolk" que fala sobre a efemeridade da vida e da importância de aproveita-la mais, quebrar a rotina, curtir mais as pessoas queridas e com mais leveza.  O single tem ainda a  participação especi

Fonte : IMMUB Quando gosto muito de uma música fico extremamente exigente com as versões que fazem dela. Terça-feira fiz uma live com a Aline Chiaradia no Instagram e falamos sobre sua ligação afetiva com o samba e o choro e eu me lembrei da belíssima interpretação que a vi fazer de "Pedacinhos do Céu" um choro do Mestre Waldir Azevedo e letra de Miguel Lima. A canção feita na década de 50 pelo também compositor de "Brasileirinho" já foi gravada por muitos músicos, dentre eles o incrível flautista Altamiro Carrilho  e todas as versões instrumentais dela me encantam. Porém me emociono ainda mais toda vez que a escuto cantada por Ademilde Fonseca que completaria ontem se viva 100 anos. Nascida no Rio Grande do Norte foi morar com a família no Rio de Janeiro e se tornou nas décadas de 40 e 50 uma das famosas cantoras do rádio assim como Carmem Miranda, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira e Elizeth Cardoso. Embora fosse de um brilho e vivacidade muito semelhante ao de Car

  Capa LP Paty Fonte : IMMUB    Ontem o @relíquiasonora publicou em sua página um LP que tocou muito em minhas festas de aniversário : "Paty", da cantora Patrícia Marques, lançado em 1987.  A jovem que eu já acompanhava  com o grupo Trem da Alegria começava uma carreira solo na sua pré-adolescência. Aliás tocava nas minhas festas e nas festas de minhas amiguinhas num tempo em que era moda usar saias e vestidos balonês, sapatilhas e pochetes Melissas (que tinham um cheirinho bom quando novas) e era desafiador  saber rebolar num bambolê ( eu era uma tragédia rs).  O brinquedo na verdade era sucesso entre nós meninas porque a música "Festa do Amor" tocava na  novela Bambolê exibida no mesmo ano pela Rede Globo e tema da então adolescente Carla Marins.Eraa um "convite pra dançar rock and roll" com direito a coca-cola, bombom e matinê. Todas as músicas do LP eram da dupla Michael Sullivan e Paulo Massada e tenho um carinho por todas, ainda mais pelas romântica

                                                    O músico Vander Lee, que celebraria amanhã 55 anos                                                         Foto : Miguel Aun Já contei aqui no Falando em Sol como conheci o trabalho de Vander Lee nesse  post . Foi numa Quinta da Saudade que relatei como recebi a notícia de sua partida em 05 de agosto de 2016, e sobre o legado extenso deixado por ele com canções cheias de sensibilidade, romantismo e bom humor.  Era em um estúdio caseiro que Vander Lee tinha o hábito de registrar sua obra num formato voz e violão." A Vida Não São Flores "  é uma música que foi composta entre 2000 e 2001 e será mostrada ao público amanhã, data escolhida pela família pois no, dia 03 de março seria aniversário do cantor e compositor mineiro. A base do  single  é a voz e o violão de  Vander  Lee, com intervenções na gravação original. A produção musical da faixa  é   de Felipe  Fantoni , que  tamb é m assina a  mixagem e a  masterizaçã o.  É nei