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Mostrando postagens de julho, 2022

Em ritmo de "Férias " com Nay Porttela

  Férias- novo single de Nay Porttela tem uma mistura deliciosa de ritmos Foto: Rodolfo Ruben Uma mistura de  Reggae, dub e arrocha . Esta é a combinação que Nay Porttela apresenta em “Férias”, o novo single da cantora e compositora goiana. O lançamento é um passo significativo na construção de uma nova etapa na carreira de Nay. A artista chega com identidade visual renovada e investe forte nas produções autorais do seu primeiro álbum, intitulado Viradela, previsto para fevereiro de 2023. “Férias”, assim como os singles anteriores, “Só Trago Verdades” e “Indireta”, deixa em evidência as influências sonoras de ritmos tropicais que estão em alta como a pisadinha e o arrocha, misturados a música eletrônica e ao reggae. Com atmosfera relaxante, “Férias” bebe na fonte do reggae maranhense, fortalecendo a ligação Jamaica-Brasil num ritmo lento, mas quente para as pistas. "É aquela música que proporciona conexões com a natureza, descanso e renovação que a gente tanto precisa numa socieda

Quinta da Saudade : Deixar o sol entrar na voz de Adriana Maciel

Adriana Maciel uma de minhas referências vocais Foto encarte CD: Tatiana Valente  No meio da pandemia recebi uma mensagem de uma amiga dos tempos de colégio e um print de seu aplicativo com uma música de Vítor Ramil. "Tati eu me lembro que você amava essa música e vivia ouvindo mas não era esse cantor, era uma moça?", me indagou. Semana passada foi a vez de uma de minhas irmãs me perguntar como era o nome da moça que cantava "Grama Verde" . "Além de você. Claro", disse rindo. Acho deixei todo mundo  doido com a canção interpretada pela cantora Adriana Maciel. A música tocava na novela Corpo Dourado exibida pela Rede Globo em 1998. Minha identificação com a cantora e compositora foi imediata: acho que o timbre vocal ou um resgate do que eu ouvia na infância uma vez que a também flautista tinha sido fada do menestrel Oswaldo Montenegro. Se não me falha a memória a voz dela está nos vocais da música "Drops de Hortelã" e "Criaturas da Noite"

Suka Figueiredo e o charme de AfroLatina

     AfroLatina- Suka Figueiredo nos convida para uma viagem musical única Foto: Rafael Penna Um convite para mergulhar numa mistura de ritmos deliciosos e envolventes. Uma mistura de percussão com saxofone. É a proposta de AfroLatina, primeiro álbum "cheio" da saxofonista Suka Figueiredo,  que vem lapidando seu trabalho desde o single "Caminho de Mármore" (2020) . Não por acaso, "AFROLATINA" foi lançado no último dia 25, celebrado como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data completou 20 anos e tem como intuito reforçar a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista e machista. "Minha música é minha identidade enquanto mulher negra e latino-americana em constante construção", define a saxofonista, compositora e produtora musical. O álbum representa a conquista de uma mulher negra dentro da música instrumental brasileira – um espaço dominado por homens brancos – marcando a hist

Frente Popular pela Cultura de Mogi promove DesVirada Cultural

   Mogi das Cruzes ficou de fora da última Virada Cultural que aconteceu em São Paulo em maio deste ano.  Cazuza cantaria: " não nos convidaram pra essa festa..." Como forma de protesto a Frente Popular pela Cultura de Mogi resolveu promover a "DesVirada Cultural" que trará para o público mogiano 24 horas de atrações ininterruptas e gratuitas entre os dias 30 e 31 de julho. Segundo os organizadores é uma forma de reclamar o abandono e pedir pela descentralização da cultura e pluralidade das linguagens artísticas. Leia a seguir na íntegra o manifesto feito pela Frente Popular pela Cultura de Mogi. Manifesto da Desvirada Cultural – Investimento na Cultura de seu Povo.  Nós, da Frente Popular pela Cultura de Mogi das Cruzes, realizamos a Desvirada Cultural em uma provocação à classe de trabalhadores de cultura, ao Poder Público e à sociedade civil, quanto à evidente importância do investimento público no setor cultural – cerne essencial ao desenvolvimento dos aspectos

Mulheres no Rock : A batida perfeita da mogiana Renata Rubilar

  Hoje estreia um especial aqui no Falando em Sol: Mulheres no Rock - trarei aqui entrevistas com cantoras e musicistas que fizeram do estilo um modo de expressar suas emoções e fazer arte. Logo após as entrevistas compartilharei com vocês vídeos que comprovam o "poder" dessa mulherada incrível.  A primeira convidada é a mogiana Renata Rubilar conhecida na cidade por suas viradas impressionantes - as batidas perfeitas estão no coração e no DNA. A também jornalista de 32 anos é filha de um baterista e cresceu ouvindo muito rock em sua casa.  "Na busca da batida perfeita "-Renata sonha em viver da música Foto: André Pereira FS -Como começou sua carreira? Como a maioria dos músicos eu comecei aos 11 anos de idade a tocar bateria na igreja. Foi lá que aprendi muitas coisas com pessoas importantes.  FS -Quem são suas referências? Eu ouço de tudo, e posso citar aqui minhas referências de bateristas dos mais variados estilos. Posso citar :Liliane Carmona. Vera Figueiredo

Nila Branco e Almir Pessoa apresentam "Rock & Raíz" no Vasques

Solidariedade - Nila Branco e Almir Pessoa levam show para o Theatro Vasques Foto : Divulgação Um evento para unir rock, música raiz e solidariedade. Este é o intuito de " Rock & Raiz" show de Nila Branco e Almir Pessoa que acontecerá nesta hoje (20/07) a partir das 19 horas no Theatro Vasques em Mogi das Cruzes. É uma parceria com o Fundo Social de Mogi das Cruzes e parte da renda obtida com os ingressos será utilizada para a compra de cobertores para a campanha Inverno Solidário- Gestos que Aquecem. Nila Branco começou sua carreira em Goiânia, onde se apresentava em bares e clubes e se mudou para São Paulo. Gravou seu primeiro disco independente em 1998, intitulado “Nila Branco”. Dois anos depois, pela Abril Music, lançou o CD “Parte II”. A música "Diversão" fez parte da trilha sonora novela "Desejos de Mulher", da TV Globo (2002). A discografia continuou com “Seus Olhos” (2003), “Tudo O Que Eu Quis” (2004), “Nila Branco Ao Vivo” (2006), “Confidência

70 anos de Baby do Brasil

  Diva - 70 anos de Baby do Brasil Foto: Marcos Hermes Ela é uma das minhas primeiras referências do que é ser uma diva: um astral lá em cima e cantava em todos os programas musicais infantis que eu amava. Cabelos coloridos, um figurino mega diferente e sempre acompanhada pelos filhos.  Falo de Baby do Brasil a quem conheci como Baby Consuelo e que cresci ouvindo afinal era a única mulher integrante dos Novos Baianos - meus xodós. Já contei a história dela  aqui  e hoje pra começar a semana com festa vou dividir 5 músicas que amo na voz da cantora. Bola de Cristal é uma das minhas lembranças da infância. Uma composição de Baby, Pepeu Gomes e Mara Maravilha. " Todas as crianças quero ver sorrir..." Emília a boneca que falava era muito bem representada por Baby ... Já contei por aqui que essa música me representa. Novos Baianos me definem : "Sou o amor da cabeça aos pés", mas meu nariz arrebitado não leva desaforo pra casa. Baby também não. E a menina dança... Neste v

Mariana Camelo lança Trópico de Câncer

Rock, poesia e astrologia: Mariana Camelo e Malvarenga lançam Trópico de Câncer Foto: Brenner Araújo Em 1934 o escritor Henry Miller lançou nos Estados Unidos o livro Trópico de Câncer. A obra narrava as aventuras do escritor em Paris num auto exilio voluntário, numa linguagem forte e realista. Um livro para ser lido sem preconceitos. Com uma introdução tão forte quanto a obra homônima "Trópico de Câncer" single da cantora Mariana Camelo chega hoje ao YouTube e em breve nos streamings. Numa parceria com o poeta e compositor Marlus Alvarenga ou Malvarenga- como é conhecido- traz uma mistura de rock, poesia e misticismo. Também pudera, a cantora nascida em Belo Horizonte mas moradora da capital desde a primeira infância tem em seu mapa astral marcas fortíssimas : sol em câncer , ascendente  e lua em escorpião. Admiradora da astrologia deixa essas características evidentes em trechos como "meu coração é meu altar... meu som no pé do teu ouvido, minha voz a te invocar...&quo

Quinta da Saudade : " A presença de Anita"

Em 2001 eu tinha 20 anos e me lembro perfeitamente de quando a Rede Globo anunciou a série "A presença de Anita". No papel principal uma atriz iniciante, que prometia causar na pele da protagonista e Mel Lisboa o fez com perfeição. A propósito ser Anita e deixar de causar não combina, né ?  Mas a série foi inspirada (percebam que inspirada difere de copiada, certo?) no livro homônimo " A presença de Anita" do jornalista Mário Donato, irmão do escritor Marcos Rey. Lançada no ano de 1948 a  obra foi reprovada pela Igreja pois algumas senhoras mais conservadoras consideraram  aquilo tudo um escândalo, e os jovens adoravam, é claro. O que para elas era um escândalo acontecia por "debaixo dos panos" na sociedade conservadora. E acontece até hoje.  O  livro e a série contam a história de Fernando um escritor que tinha aproximadamente uns quarenta anos e vai com a esposa Lucia Helena e o filho adolescente para uma cidade do interior de São Paulo de férias .  A vi

Dia de Rock bebê

 Hoje é dia do rock e o mundo inteiro celebra este ritmo cheio de atitude que nasceu nos anos 1950. Ano passado fiz dois posts com 10 músicas do estilo que devem obrigatoriamente ser ouvidas -  internacionais  /  nacionais . O fato é que o ritmo também ditou moda trazendo o estilo hippie/boho para as roupas. Ou o estilo black total com roupas pretas, botas modelo coturno e jaquetas. E que também traz em suas letras temas como o amor, a juventude e a paz, muito diferente de uma declaração dada há algum tempo dizendo que ele "induzia às drogas e ao satanismo"... Mas como o papo aqui é música sem preconceitos  vou dividir com vocês 6 canções que amo de paixão e mostrar qual é a desse "tal de roque enrow"... Vamos começar pelo pai do estilo : Chuck Berry com Johnny B. Goode, uma música que fala sobre um rapaz do interior que não sabia ler ou escrever e tocava guitarra como ninguém. Onde está o mal nisso? E uma música que pede para a amada não pisar em seus sapatos de ca

Adriano Trindade : o samba- rock brasileiro em Berlim

Adriano Trindade, representante do samba-rock brasileiro em Berlim Foto: Reprodução Instagram  O músico gaúcho Adriano Trindade lançou ontem nas plataformas de streaming, em CD e vinil o álbum "A New Experience" . Este é o sétimo álbum do artista que traz para o público fã do jazz brasileiro 14 temas que misturam nossos ritmos com elementos do jazz, em especial as diferentes levadas do samba. Neste novo trabalho T conta com um novo time de músicos em seus álbuns, músicos experientes como Maestro Jota Moraes (Pianos e Arranjos), Edu Ribeiro (Bateria), Paulo Calasans (Teclados), André Vasconcellos (Baixo). As composições são todas de Trindade em parceria com outros compositores, como Hugo Fattoruso, Gelson Oliveira, Tonho Crocco, Antonio Villeroy. Adriano Trindade vive em Berlim na Alemanha desde 2019, é considerado o precursor do samba rock no continente europeu e um dos mais importantes representantes do Jazz Brasil no mundo. Tendo realizado shows e espetáculos em 55 países a

Quinta da Saudade: " mas é preciso ter força, é preciso ter raça..."

  Para todas as "Marias"... Foto: Tatiana Valente Era uma vez uma menina que tinha Ana no nome, o mesmo da avó de Jesus. Numa coincidência tinha a avó paterna chamada Maria. A mãe de seu pai trazia ainda Aparecida, nome da padroeira do país onde vivia e que há alguns anos foi alvo de chutes exibidos em rede nacional. Um ato extremo de intolerância religiosa e de atitude racista - a padroeira é negra. Ana amava incondicionalmente a avó materna que a enchia de carinhos e a protegia, tal qual uma santa. Não tinha contato com a avó paterna, já falecida e em seu imaginário criou uma heroína pois só sabia dela as histórias que os outros contavam. Sabia que era uma mulher muito alegre, que adorava bailes e cantar: Ana começava a entender a quem tinha saído.  O apelido da avó  era Maricota . Tinha o magistério como profissão, e ali seu sorriso aberto e sua alegria muitas vezes davam lugar a uma mulher exigente: impunha regras pra que seus alunos pudessem aprender a ler e escrever e a

Entrevista: a música da "cunhã" mogiana Sandra Viana

Cunhã- Sandra Vianna a mogiana porta-voz dos povos originários Foto: Sueliton Lima Cunhã é mulher em tupi-guarani. Língua dos povos originários que já habitavam a região conhecida como M'Boyji quando o bandeirante Gaspar Vaz Guedes chegou em terras mogianas e por lá se estabeleceu.  Daí por diante a miscigenação aconteceu e outros povos chegaram dando origem à cidade que hoje é reconhecida por suas cruzes, pela história e pelas artes.  E a cantora e compositora Sandra Vianna é uma das artistas que representa com garra a musica autoral de Mogi das Cruzes . De referências diversas -  dos clássicos do rock à MPB atual- iniciou carreira com a dança na antiga casa de shows Kanekão. Sua formação aconteceu nos bares mogianos e teve como mestres mestres músicos como Ulisses Garcia, Mancha, Milton Blois e Rui Ponciano, este último compositor querido por todos da cidade e conhecido por sua generosidade. O mote de sua música é lutar e representar a natureza e os povos originários, fundamentai