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Mostrando postagens de agosto, 2021

Colocando Bebop no Samba: Jackson do Pandeiro

 Jackson do Pandeiro completaria 102 anos se estivesse vivo. Nascido José Gomes Filho em Alagoa Grande na Paraíba teve uma infância muito humilde e nunca foi à escola. Filho de um oleiro de de uma cantadora de coco (dança típica da região do Nordeste) teve na mãe as primeiras referências musicais : logo se tornou um tocador de zabumba. Foi um longo caminho percorrido de  muito trabalho e muitas mudanças até chegar na Rádio Jornal do Commercio de Recife na qual integrou a orquestra Tabajara e já tinha a experiência de tocar além da zabumba, bateria, bongô e  pandeiro. Gravou o primeiro LP aos 35 anos com as músicas " Forró em Limoeiro e " Sebastiana". Uma curiosidade é sobre seu nome artístico : era um apelido inventado por ele mesmo, inspirado em um famoso ator dos filmes faroestes chamado Jack Perry. A ideia inicial era a de se chamar " Zé Jack" ou "Zé Jack do Pandeiro", mas um diretor da  Radio Commercio não achou o nome "pronunciável" e c

Quinta da Saudade : Spice Girls

 Em 1996 eu tinha 15 anos. Tinha entrado em uma escola nova, feito amigas que assim como eu gostavam de poesia, de ler, escrever e de ouvir música.  As primeiras que falaram comigo assim que coloquei os pés no colégio foram as gêmeas. Se apresentaram e me levaram até a lista da minha sala. Verificamos que não estávamos na mesma turma, mas nos encontraríamos no lanche. Descobrimos ainda muitas coisas em comum: fazíamos inglês na mesma escola, mas em dias diferentes. Naquele ano e nos seguintes caímos na mesma turma : íamos juntas para todos os cantos.  Elas eram antenadíssimas nos lançamentos musicais internacionais: compravam os CDS, imprimiam as letras e passavam para nossa "teacher". Então praticamente toda semana nossos repertórios e vocabulários aumentavam muito.  Em novembro de 1996, quando todas já tínhamos completado 15 anos apareceu um grupo pop de meninas inglesas chamado Spice Girls. Foi paixão à primeira ouvida: o conjunto tinha 5 garotas e cada uma com uma caracte

Banda Hibalta lança " Sobre Nós"

A banda de Santos lançou o EP no início de agosto  Foto: Divulgação   As fases de um relacionamento, aceitação do outro e de si mesmo são os temas do EP “Sobre Nós”, da banda Hibalta, que chegou nas plataformas digitais logo no início de agosto. O compilado conta com cinco canções autorais, sendo duas delas inéditas. “Buscamos colocar um pouco de cada integrante nos timbres e linhas criadas de cada música. Cada um com sua personalidade e referência”, comenta o compositor e integrante da banda Matheus Rosa.  “Dois em Um” e “Estro”, dialogam mais com inspirações folk e pop. Enquanto “Te Ver Partir”, “O Que Sobrou de Nós” e “Remissão” tem foco maior na letra e melodia, que bebem na fonte da cena atual do rock nacional, como Fresno, Scalene e Supercombo. Lançadas em períodos diferentes da carreira, cada canção conta com sua individualidade, mas dialogam entre si em termos de letra e melodia.  “Acreditamos que a sonoridade de cada uma delas se encaixa perfeitamente em uma fase de um relacio

Hoje é 23: Dia de Paula Toller

      Hoje é dia de celebrar a diva do Pop/Rock nacional Paula Toller. A cantora e compositora que foi integrante da banda Kid Abelha até 2016 faz parte da trilha sonora de todos nós e para celebrar a data escolhi 5 músicas pra gente cantar junto.  E vamos combinar: Paula é linda de viver ! Qual será o segredo?  "Eu amo brilhar" foi seu último lançamento. E a gente ama esse brilho! Hoje é 23 e a diva faz 59 anos. Mas deixa qualquer menina "no chinelo" com tanta beleza. Amo essa música e este videoclipe. Do tempo do Kid Abelha, Paula ensina  o que é que devemos fazer, principalmente quando o galã é o jogador Raí... Essa a gente canta junto... "longe do meu domínio cê vai de mal a pior... vem que eu te ensino como ser bem melhor..."- se bem que...tem gente que nem desenhando aprende, Paula. "Pintura Íntima" é a campeã nos videokês. Tem sempre uma galera animada que completa o refrão "em cima da cama, embaixo da escada"...  Outros estão tã

Entrevista : a riqueza do sertão musical de Assis Medeiros

Assis Medeiros acompanhado por Flora Lago nas gravações de Luanda  Foto: Adriana Lago Promover um encontro do rock com ritmos do norte e do nordeste brasileiro . Promover um intercâmbio cultural de modo a buscar termos regionais e trazer ainda elementos de outros países para sua música. Esta é a proposta do produtor, compositor e jornalista Assis Medeiros. Natural do Recife ainda pequeno se mudou para João Pessoa onde foi criado e teve seus primeiros contatos com a música: ouvindo de Roberto Carlos ao saxofonista pernambucano e seu conterrâneo Ivanildo Sax de Ouro. Ainda na adolescência começou a se apresentar na noite paraibana e ali teve sua escola: o repertório ia do bom e velho rock and roll passando pelo jazz e pela MPB. Mas mesmo com essas referências Assis prima por trazer para seus trabalhos suas raízes e  o que ouviu pelos lugares onde viveu  : ao longo de sua carreira já lançou cinco álbuns, todos eles com uma mistura deliciosa de ritmos como o baião, o rock, o carimbó e o re

Quinta da Saudade: A Paz ( Leila IV)

A primeira vez que ouvi  A Paz e me chamou atenção foi no Acústico MTV  Gilberto Gil, lançado em 1994. Aliás este álbum para mim é um dos mais lindos dos acústicos. Trouxe músicos como Celso Fonseca, Arthurzinho Maia, Jorginho Gomes, Marcos Suzano e Lucas Santtana para o CD e consequentemente para meus ouvidos.  Me intrigava saber o porquê do "Leila IV" como segundo nome da música que me dá a  sensação de contemplação e plenitude.  Minha referência de Leila era o livro de piano " Leila Flecther" que trazia exercícios que iam ficando mais complexos de acordo com o avanço nos estudos. Todos meus colegas odiavam, mas eu gostava : era uma forma de testar minhas habilidades e duelar com as claves. E habilidade verdadeira é o que tem João Donato, pianista, arranjador, acordeonista e compositor que fez em parceria com Gil esta belíssima canção.  O músico é extremamente criativo: mistura  com maestria o jazz, de raízes americanas com a música latina.  Mas quando começou car

Dia de celebrar Elba Ramalho"

 Elba Ramalho celebra 70 anos hoje. A paraibana que começou carreira como baterista em uma banda chamada "As Brasas"  está em minha vida desde que me conheço por gente. Já fazia muito sucesso com seus inúmeros hits que foram temas de novelas. Na oitava série entrei para o grupo de teatro da escola: eu amava escrever e encenar.  Mas desta vez os professores nos inscreveram na Mostra de Inverno que acontecia no Teatro Vasques, em Mogi das Cruzes e a peça era uma adaptação de Morte e Vida Severina de João Cabral de Mello Neto. Meu  papel para a minha surpresa e alegria seria o mesmo de Elba no especial exibido pela Rede Globo em 1981 (ano do meu nascimento). Coincidentemente anos mais tarde participei de uma montagem da Ópera do Malandro cantando "O Meu Amor", que teve a interpretação de Elba e de Marieta Severo. Este é um tema para outro papo...  Hoje quero celebrar esta atriz, cantora, compositora, multi-instrumentista que para mim é grandiosa e iluminada. Trago hoje

Dia de Madonna

 Sou nascida na década de 80.  Cresci ouvindo Madonna Louise Veronica Ciccone mas não por influência de alguém. Me encantei pela força da "Rainha do pop".  Madonna é uma mulher a frente de seu tempo : sabemos que é compositora, atriz, cantora, dançarina e produtora. Mas ela ainda toca guitarra, violão e bateria. Inspiração na moda e na atitude para muitas meninas da minha geração. Múltipla, tem a capacidade de se reinventar, ousada e se posiciona seja em temas políticos ou sociais e está acima do que diz a crítica. Na adolescência fui arrebatada por sua Evita Perón que deu a ela o Globo de Ouro, diferente dos outros filmes que foram extremamente criticados. Para mim tanto faz, pois adoro - me diverti muito com Procura-se Susan desesperadamente. Hoje vou postar um Top 5 com meus videoclipes favoritos da Diva: ela é especialista em inovar nesta arte. E eu  amo! Viva Madonna!       Um certo dia uma amiga indignada veio me contar sobre uma conhecida que colocou na filha o nome de

Dia de celebrar Beto Guedes

  Coletânea que me faz companhia há tantos anos Foto: arquivo pessoal Hoje é dia de celebrar Alberto de Castro Guedes o nosso amado Beto Guedes. Cresci ouvindo seus LPs e desde a infância me acostumei a cantarolar suas músicas.  O mineiro de Montes Claros era integrante do maravilhoso Clube da Esquina com Milton Nascimento, Fernando Brant, os irmãos Marcio e Lô Borges. Foi por meio dele que conheci a bela poesia de Ronaldo Bastos e de tantos outros letristas como Murilo Antunes, Tavinho Moura que trago em minha memória afetiva. Filho de Julia e Godofredo Guedes (este um seresteiro compositor de choros e de uma das minhas músicas favoritas) cresceu tendo o rock como referência. Na adolescência tocava em bandas e aos dezoito anos participou do 5ºFestival da Canção com a belíssima "Feira Moderna". Meu contato maior com a obra de Beto foi na adolescência, quando de posse de um discman carregava o CD com esta coletânea para todos os lados em especial na minha rede onde deitava pa

Quinta da Saudade: Trilha de Tieta

Reprodução contra- capa LP  Nesta terça ( dez de agosto) foi lembrado o aniversário de Jorge Amado. O escritor baiano  completaria 109 anos se estivesse vivo. O autor tinha sua obra marcada por mostrar a regionalidade e dava protagonismo a  personagens de classes sociais mais baixas, e fazia uso de uma linguagem simples e coloquial, se aproximando do leitor. Sou encantada pela Bahia de Jorge Amado ( e pela Bahia também), mas como mulher das Letras que sou me impactou a forma como ele criou suas personagens femininas: frutos da segunda fase de sua carreira, as mulheres de Jorge são marcadas pela independência sem deixar de lado a feminilidade. Antes de ler Amado, tive meu primeiro contato com sua obra em 1989. Era ainda uma criança, mas já amava histórias e novelas. A Rede Globo exibiu neste ano Tieta, uma versão do livro Tieta do Agreste feita pelo autor Aguinaldo Silva. A protagonista é escorraçada de casa pelo pai, um senhor de modos rudes e foge para São Paulo onde ganha a vida como

Projeto Caleidoscópio lança single Itacoatiara

  Os músicos Analu Paredes e Arthur Nogueira em Itacoatiara Foto: Pâmela de Souza O Projeto Caleidoscópio formado pelos músicos Analu Paredes e Arthur Nogueira lançou hoje às 12 horas o Single Itacoatiara. A música que está disponível em todas as plataformas digitais é uma homenagem a um bairro da região oceânica de Niterói-RJ com uma belíssima praia, cercada de verde e possui em cada lado uma grande pedra. Para um lado a vista é para a Pedra do elefante e para o Costão de Itacoatiara e do outro lado fica o morro das andorinhas.  "Essa praia é um lugar bastante místico, com uma energia absurda, onde já tomamos banho à luz do luar, escalamos o Costão, e algumas vezes deitamos na pedra para entrarmos em conexão com o universo", contam os músicos. Os músicos ( que são casados) se dedicara a estudos de Teosofia e Ufologia. Eles ainda contam que o single tem como intuito homenagear os pais de Arthur ( Carlos e Leda), que moravam em uma casa em Itacoatiara de onde guardam muitas le

Celebrando Fafá!

 Ontem foi aniversário de Maria de Fátima Palha de Figueiredo, nossa amada Fafá de Belém. Já falei um pouco sobre um momento dela que considero importantíssimo para a história do país aqui -  Mulheres que fizeram história na MPB . Mas não contei que a pequena, filha de família de classe média alta já tinha uma vocação bem clara, com sua voz afinada e que logo na adolescência fazia aulas de piano, violão e compunha.  Em busca de sua independência   financeira logo foi se apresentar em bares e casas noturnas de Belém, cidade onde nasceu. Menor de idade ainda se mudou para o Rio de Janeiro com o irmão, continuou a se apresentar nas noites cariocas até que conheceu o produtor musical da Polygram Roberto Santana. O sucesso foi consequência de muito trabalho. Vamos combinar que não tem risada mais gostosa que a de Fafá. Além desta alegria contagiante outro ponto a ser destacado é a forma como ela traz para suas músicas a cultura paraense (foi por meio de Fafá que conheci a festa do boi e o c

Conheça o rock cósmico de Sylvestra Biachi

Direto do Paraná, a "roqueira cósmica" Sylvestra Bianchi Foto: Fabiano Guma Explorar a espiritualidade, sondar a mitologia grega, investigar a ufologia, a fim de enfrentar os medos e buscar uma  vida mais completa e feliz é o mote do rock cósmico proposto por Sylvestra Bianchi de Curitiba no Paraná.  "Há pelo menos 13 anos em uma longa jornada espiritual e de autoconhecimento passei pelo processo de cura interior, reconexão com a natureza e desbloqueio de dons e talentos da alma. Com duas graduações (Administração de empresas e Engenharia Civil) minha alma pedia por algo que me fizesse mais feliz", se emociona a artista. A cantora ousa ao propor o rock cósmico que é uma união dos clássicos do rock, a coragem do hard rock, a inovação dos rocks progressivo e psicodélico e o charme do jazz e do blues. Segundo a artista, que se veste como as deusas da mitologia grega o "rock cósmico" tem como intuito unir música e espiritualidade.  "  Busco passar uma men

Músicos promovem " Um encontro para Didi"

     A banda que apresentará clássicos  da música popular brasileira Foto:Reprodução Instagram No dia 8 de agosto às 18 horas irá ao ar " Um Encontro pra Didi" , um evento virtual que será exibido no Canal do YouTube do  NectarSom oficial . O público poderá conferir clássicos da música brasileira apresentados pelos músicos Filipe Pascual (Guitarra), Cesinha (bateria), Barbara Ferr (vocal), Daniel Imenes (guitarra), e Didi Gomes (baixo) além de outras participações especiais. O projeto tem viés colaborativo: visa arrecadar fundos para os músicos que foram muito afetados pela pandemia do Coronavírus, em especial o baixista Didi Gomes.  Com o fechamento dos bares, teatros e casas de shows a classe artística se viu totalmente desamparada devido à falta de políticas culturais. Segundo o violonista Luiz Bueno, a união de todos é importante para a manutenção das artes. " A humanidade passa hoje por um grande desafio: olhar para o outro como se fosse você. É tempo de olharmos em

Quinta da Saudade : Naná Vasconcelos

Estátua de Naná Vasconcelos no Recife Foto: Tatiana Valente/arquivo pessoal   Segunda-feira se fosse vivo, Naná Vasconcelos teria completado 77 anos. Nascido Juvenal de Holanda Vasconcelos em 2 de agosto no Recife, parecia ter o número 8 em seu destino. Aos oito anos de idade aprendeu a tocar bongô e maracas com o pai- mas era nos penicos e nas panelas de sua casa que treinava seu "batucar". Oito foram as vezes em que foi eleito o melhor percussionista do mundo pela Down Beat (revista americana de jazz que numa tradução ao pé da letra significa "uma batida").  Ganhou 8 prêmios Grammy. Foi considerado uma autoridade mundial na percussão. O músico tinha uma versatilidade que marcava sua assinatura: curioso em saber tudo de música ouvia de música erudita ao rock de Jimi Hendrix. Embora virtuoso de todos os instrumentos de percussão, na década de 1960 se especializou no berimbau. Gravou com inúmeros nomes da MPB como Milton Nascimento, Geraldo Azevedo, Geraldo Vandré, Z

Terça da Leitura: Aquelas Coisas Todas ( Joyce Moreno)

              FOTO: arquivo pessoal        Tenho licenciatura em Letras. Um dos motivos por ter escolhido o  Curso como primeira formação foi minha paixão pela Língua Portuguesa e pela Literatura. Sempre tive curiosidade de aprender outros idiomas e outras culturas e a leitura é um passaporte que nos possibilita viajar sem sair de casa. Desde a infância os livros me fizeram companhia e decidi que além da música irei dividir esta paixão com vocês aqui: toda primeira terça do mês publicarei dicas de leitura e trarei convidados que farão o mesmo. Começo pelo livro " Aquelas Coisas Todas", de Joyce Moreno : um livro de memórias da cantora, compositora que também foi jornalista no Caderno B do Jornal do Brasil. O livro tem duas partes: a primeira com textos do livro "Fotografei Você na Minha Rolleyflex", lançado em 1997. É uma leitura muito divertida e ao mesmo tempo reflexiva : Joyce de uma maneira muito delicada aborda temas recorrentes do universo feminino como a mulh

Coletivo UBB promove 1° Festival União Brasileira do Blues dias 7 e 8 de agosto

Jefferson Gonçalves será uma das atrações do Festival Foto: Samuel Macedo O Coletivo UBB promoverá  o 1º Festival União Brasileira do Blues, em parceria com o Mercado da Arte nos dias 7 e 8 de agosto às 16 horas.  Este evento é  fruto do esforço comum de músicos e entusiastas do blues e tem como intuito  difundir o estilo já consolidado em  todo território nacional ao longo dos anos, e que conta um público fiel e vasto, mas que se restringe a um nicho específico, devido a uma série de fatores socioculturais e históricos. Dentre as 26  atrações será possível conferir bandas e artistas-solo de várias regiões do Brasil,  totalizando 12 estados. As apresentações acontecerão em formato on-line no Canal do  Mercado da Arte no YouTube com 13 atrações ao dia. Carolina Indica será responsável pela apresentação do Evento. A União Brasileira do Blues tem como objetivos facilitar a colaboração entre os artistas e criar estratégias para possibilitar um intercâmbio entre músicos de diversas regiões

Dia de Celebrar Ney Matogrosso

 Hoje é dia de comemorar os 80 anos de Ney Matogrosso.  Nascido em Bela Vista localizada no Mato Grosso do Sul, Ney é ator, cantor, compositor, dançarino e diretor.  Foi integrante da icônica Secos e Molhados e considerado pela Revista Rolling Stones a maior voz brasileira de todos os tempos.  O artista abriu caminhos para a música popular brasileira, com seu canto considerado "feminino", enfrentou os dogmas da Igreja, a austeridade do pai militar, os duros anos de ditatura e censura.  Viu ainda  a morte de inúmeros amigos e namorados levados pelo HIV. O jornalista e biógrafo Julio Maria ( a quem que admiro muito pela forma como escreve) acaba de lançar pela Companhia das Letras a biografia de Ney Matogrosso, resultado de 5 anos de pesquisa e entrevistas. A sinopse relata que "Ney pagou caro por defender seu direito de ser livre".  Graças a seu pioneirismo muitas das amarras impostas pelo preconceito foram desatadas. Devemos sempre celebrar sua vida e obra e defende