Falando em Sol

Inspiração - Cantora paulista Carolina Frozza faz homenagem para a cantora e compositora que representa com maestria o universo feminino Foto: Vir Bottosso Rita Lee completa 75 anos amanhã. Com toda certeza será homenageada por todos os seus fãs, com posts e declarações de amor à "padroeira da liberdade", como quer ser conhecida, afinal acha que título "rainha do rock" é um pouco cafona. A cantora paulista Carolina Frozza  estreará no Teatro Itália em 31 de março do próximo ano o projeto "Like a Lee", onde  revisitará de maneira muito especial as músicas da também " mina de Sampa", representante fiel do universo feminino. A cantora se apresentará acompanhada pelo guitarrista Bruno Lima. " Cada música da Rita Lee tem um pouco de Carolina Frozza no meio. Todas eu gosto muito, me representam, mas tenho muito afinidade com ' Mania de Você" e  'Ovelha Negra' . Estava aqui ensaiando o repertório e refleti muito sobre a letra de &#

Saudade - Capa do LP Homem de Rua,lançado em 1992 Foto: Tatiana Valente    " Escrevo- te estas mal traçadas linhas meu amor. Por que veio a saudade visitar meu coração. Espero que desculpe os meus erros por favor. Nas frases desta carta que é uma prova de afeição..." Talvez não a leia. Mas foi assim que já comecei algumas cartas que escrevi e que não tiveram respostas. Aprendi a começar assim uma correspondência. Como já publiquei aqui no dia em que você completou 80 anos, parafraseando Fernando Pessoa era mais uma ridícula escrevendo uma carta de amor. Engraçado como amo essa música - embora saiba não ser de sua autoria - mas sim de Raul Cocco e Benil dos Santos se tornou para mim tua. Lançada em 1966 no teu álbum " Você me acende", chegou em minha casa no ano de 1992, no LP "Homem de Rua". E a interpretava lindamente num dueto com o poeta Renato Russo, com quem você deve estar aí de cima repetindo outros duetos mais.  Aliás esse ano muitos foram para aí

Dona de si - Mel di Souza lança hoje "Somos hoje um pouquinho", um single que mostra sua mais nova versão numa mistura incrível de blues e samba Foto: @yuuhribeirofoto  Já contei a história desta diva, integrante do " Blues Dellas " aqui no Falando em Sol . Da menina de nome e voz doce, para a mulher arrebatada por uma paixão à loba sensual e  dona de si. Um ano após lançar-se em carreira solo, a cantora mineira radicada em Brasília, Mel di Souza, mostra que está a todo vapor e divulga segundo clipe no dia 28 de dezembro. Com o single ‘Somos hoje um pouquinho’, a produção audiovisual apresenta uma mulher sensual e empoderada após o término de um relacionamento. Escrita por Léo Jorge e arranjo de Betinho Matuszewski e Victor Mauro da Ponto Wave Estúdio, a música possui uma harmonia inspirada no blues, com um toque de brasilidade e batidas de samba. Diferente do single Corpoesia, lançado em janeiro deste ano, que remetia aos anos 50 do rock e blues americanos, com um

  Homenagem - R enato Genestra lança blues autoral para eternizar o amor por sua filha Foto: Divulgação O nascimento de uma criança é um acontecimento transformador: deixamos de lado nossos anseios e passamos a ressignificar  o real sentido da vida. O músico Renato Genestra, natural de Volta Redonda, Rio de Janeiro mas morador de São José dos Campos no Vale do Paraíba sentiu isso na pele. Há 8 anos, ao se tornar pai, Renato se viu em um desafio que o deixou cheio de alegria e ao mesmo tempo medo. Talvez medo de não ser suficiente, de não "dar conta" da missão. Foi neste momento da vida que se afastou por seis anos da música. Desde então, jamais havia escrito ou criado algo para expressar este sentimento, esta fase, esta dádiva.  “Quando escrevo minhas composições sempre me dedico a colocar todo sentimento que tenho naquele momento dentro daquela obra. Para mim, arte é isto. Se expressar, se emocionar e colocar para fora o que sente", conta Hoje, em sua nova carreira no B

  Valente - o compositor responsável por uma das canções que melhor retrata o Natal do povo brasileiro Reprodução Internet Natal chegando... Aquela correria nas lojas, festa de confraternização, amigos secretos, mensagens de paz, amor. E lógico, dá-lhe músicas que falam sobre o tema nas cantadas, nos corais, nas cidades iluminadas. Pós dois anos  pandêmicos as festas de fim de ano ganham cor, as ruas ganham vida e podemos celebrar sem nunca esquecer daqueles que se foram, vítimas da pandemia da ignorância e do Coronavírus. E como toda festa tem de ter música, a trilha sonora é repleta de canções natalinas, o clássico "Jingle Bells", "White Christmas", "So This is Christmas" (John Lennon) e a campeã de reels no Instagram deste ano: Mariah Carey com sua "All I want for Christmas is You". Desculpa aí diva da música americana, mas não aguento mais ouvir essa música. Assim como todo mundo aqui no Brasil se lembra da nossa amada cigarra Simone, cantand

Lançamento - Lucas Félix lança música inédita de Luiz Bonfá com letra de Vinícius de Moraes  em todas as plataformas  Foto: Giovanna Machado Na última sexta-feira (16 de dezembro) estreou em todas as plataformas digitais "Deve haver alguém", gravada pelo violonista Lucas Félix. Esta é uma música inédita de Luiz Bonfá, com letra de Vinícius de Moraes e arranjo de Moacir Santos, que une três figuras das mais importantes da música brasileira.  A obra foi encontrada pelo pesquisador Jorge Mello no acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Ela foi apresentada uma única vez no programa “Noite de Gala”, da TV Rio, em outubro de 1960, interpretada pelo cantor Bill Farr. Desde então, este samba-canção permaneceu guardada, sem registros de gravações ou apresentações públicas.   Após este longo período guardada,  Lucas Félix  realizou então a primeira gravação da obra, em um arranjo para violão solo produzido por Byron Fogo. “Deve haver alguém” faz parte do repertório do á

Música e cores - a médica psiquiatra e artista plástica Vanessa Almeida Silva transforma personalidades da música, da literatura e do cinema em artes digitais em sua página no Instagram Foto : divulgação/ Vanessa Almeida Silva Miscelânea - Elis, Gal, Caetano, Jimi Hendrix à Clarice Lispector juntos na página @vansiart Fotos: Divulgação/ @vansiart Encontrar numa mesma exposição quadros de astros da música como  Madonna, David Bowie, Iggy Pop, Chet Baker, Jimi Hendrix, Edith Piaf com os brasileiros Alceu Valença, Paulinho da Viola, Cartola, Erasmo Carlos, Gal Costa, Cássia Eller, Ângela Ro Ro é possível. Mas não em uma galeria ou em algum museu físico aqui ou em outro país. E nem é preciso pagar ingresso para entrar nesta exposição: é possível conhecer estas e outras obras na página @vansiart no Instagram. É nela que a artista plástica Vanessa de Almeida Silva divide com seus seguidores as pinturas que faz de seus artistas favoritos seja da música, do cinema, da literatura por meio da ar

Recital - Orquestra de cordas fará apresentação gratuita às 19h30, com a participação dos alunos que estudam música orquestral pelo projeto Concertare Fotos: Divulgação/ Projeto Concertare Por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado, a Orquestra de Cordas Concertare tem levado a cultura da música de concerto aos mais de 80 alunos do CEU das Artes (Centro de Artes e Esportes Unificado) Vila Nova União, em Mogi das Cruzes. E o aprendizado será colocado em prática nesta sexta-feira (16), quando um Recital de Natal, com a participação das crianças do projeto e também do quarteto de cordas de professores, se apresentará gratuitamente às 19h30, no mesmo local onde são realizadas as aulas. Violinista, professora e ex-coordenadora do núcleo de cordas da Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes, Raquel Dias dá detalhes do projeto. “É uma mostra do que foi desenvolvido, do que temos trabalhado com os alunos desde setembro”. Em um primeiro momento, diz ela, as aulas não tive

Homenagem - Mateus Sartori e Guilherme Ribeiro lançam documentário em homenagem aos 110 anos de Luiz Gonzaga Foto :Lethícia Galo  Em 13 de dezembro de 1912 nasceu na cidade de Exu em Pernambuco o cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento, também conhecido como o Rei do Baião ou  Mestre Lua. Foi ele que com sua voz marcante  e na companhia de sua sanfona, de uma zabumba e de um triângulo, difundiu por todo Brasil a cultura musical da região nordeste. Em suas composições o retrato de um povo do sertão, marcado pela tristeza, pela pobreza e injustiças sociais. E para celebrar a vida e obra do artista, Mateus Sartori e Guilherme Ribeiro lançam hoje no YouTube  o "DOC 110 anos de Luiz Gonzaga". " Neste video/doc  contamos sobre como foi nosso trabalho de pesquisa quando nós lançamos o disco ' Que se deseja rever ', como nasce esse projeto lançado  em 2012, no centenário de Luiz Gonzada e a seleção de repertório, arranjos. Cada um fala de suas impressões sobre a

No ar -C om rimas sobre saudade e amor em ritmos como samba, ijexá, bolero e forró, álbum do cantor, compositor e multi-instrumentista pode ser ouvido nos principais streamings  Foto : Vitor Gonçalves/ Divulgação Um grito que esteve preso na garganta por dois anos, mas que agora pode ser cantado. ‘Janelas’, novo álbum do cantor, compositor e multi-instrumentista Evandro dos Reis já está disponível nas plataformas digitais. E com direito a lançamento em grande estilo, em show no Sesc Mogi na última quinta-feira (1º de dezembro). A plateia cantou, dançou e refletiu as rimas que versam sobre saudade, amor e a vida. Fruto da saudade, da necessidade e da importância de recuperar o cotidiano do trabalho artístico musical, que foi paralisado ou muito profundamente modificado durante a pandemia de Covid-19. Esse é o projeto, que, nas palavras de seu criador, é “um exercício de manutenção da poesia, da musicalidade e da expressão artística traduzida em estilos tipicamente brasileiros”. São, ao

  Cunhã -  Sandra Vianna lançará seu novo álbum nesta sexta-feira (9 de dezembro) no Theatro Vasques em Mogi das Cruzes Foto: Maurício Noro   Nesta sexta- feira ( 9 de dezembro) às 20 horas o Theatro Vasques receberá a cantora e compositora mogiana Sandra Vianna. Nesta noite acontecerá o show de estreia de  “Cunhã”,  seu mais novo álbum, um compilado de canções compostas e captadas em 25 anos de atividade artística, seja nos palcos ou nos bastidores. Celebrando também 50 Anos de idade, a Artista retoma o percurso musical, impulsionada pela pandemia, momento em que sua arte, foi o seu único respaldo, remédio e cura, o que a manteve serena. " Naquele momento de pandemia, me vi completamente sem alternativas, com a casa (Canto de Cabocla) fechada e as contas chegando sem parar, me desesperei e liguei pra um amigo pedindo auxilio. Ele como resposta, me disse “cante, cante, cante”. Na sequência a Secretaria de Cultura disponibilizou o edital de gravação. Há muito tempo afastada da músi

Encontro de gerações -  Filhos e netas de Beto Guedes apresentam espetáculo com músicas do bisavô Godofredo, releituras do Clube da Esquina e composições inéditas Foto: Divulgação Já contei aqui no Falando em Sol que na minha infância nas minhas férias escolares cruzar a fronteira do Estado de São Paulo com destino à Minas Gerais era tradição anual. A trilha sonora que fazia fundo para as imagens da encantadora Serra da Mantiqueira não podia ser diferente: os mineiros que fizeram parte do movimento Clube da Esquina. Beto Guedes era sempre presente e uma de suas canções marcou muito minha memória afetiva e tinha toda graça de um choro : "Casinha de Palha".  A canção era uma composição do luthier Godofredo Guedes, pai de Beto e compositor também de "Cantar" e " Belo Horizonte". A música norteou a história desta família e agora, Gabriel e Ian, netos de Godofredo, e as bisnetas Julia e Lira darão continuidade a essa herança sonora com projeto: "Família G

  Black Tie - o vestido que me garantiu danças e gargalhadas ao som de uma canção de dor de amor Foto: Tatiana Valente Sempre gostei de um baile.  Fosse de Carnaval, de formatura, festa de quinze anos. Me lembro que quando criança fui em  algumas festinhas com bailinhos: quem não tinha par dançava com a vassoura e era super divertido. Eu nunca tive sorte com meus pares nas danças na escola, eles sempre faltavam e me deixavam na mão. Daí por diante entendi que por muitas vezes na minha vida teria de dançar sozinha. Ou poderia ter muitas companhias que me divertiriam muito mais do que um colega fujão. Na adolescência eu não perdia um baile de formatura. Amava o ritual de pegar o trem, ir para São Paulo, visitar as lojas e escolher um vestido. Sim, sempre comprei pois sou muito desastrada e o aluguel para mim não era uma possibilidade . Destes vestidos tenho um que já usei várias vezes e que vi ontem em meu armário pois não tive coragem de doar : um preto longo, de tecido leve com poucas