Falando em Sol

Foto: arquivo pessoal     Por causa da pandemia muitas cidades optaram por não realizar as festividades do Rei Momo. As festas estão acontecendo de modo tímido, em alguns restaurantes, bares ou mesmo clubes e parques Se você não vai sair mas assim como eu tem o Carnaval "na carne e no coração" que tal fazer uma seleção de músicas e aumentar o volume? Vou dar uma forcinha para vocês...  A gente pode começar "tirando o pé do chão" com "We are the world of Carnaval" (Nizan Guanaes) neste vídeo lindamente executada pela Orquestra Sinfônica da Petrobrás. Esse é meu lema de fevereiro:" Minha carne é de carnaval. Meu coração é igual..." (Moraes/ Galvão/ Paulinho Boca de Cantor) E na playlist não podem faltar Armandinho Dodô e Osmar... "Chame gente!" - composição de Armandinho e Moraes Moreira Não tem como não cair na dança com a Timbalada. "Beija-flor" foi um hit em 1993... "Amor é só me chamar, que eu vou..." Essa eu dance

  O músico que fez trilhas marcou gerações promove Chá de Guitarra em seu canal no YouTube  Foto: Divulgação  O estúdio é a casa do músico. Lá ficam seus instrumentos, equipamentos, todo o material de trabalho. Mas, assim como uma casa, está sujeito a invasões. Foi o que aconteceu com o estúdio do cantor e compositor Hélio Ziskind. No início de fevereiro, o músico, que marcou gerações com composições como a trilha sonora de ‘Castelo Rá-Tim-Bum’ e ‘Cocoricó’, teve seu estúdio roubado e seus instrumentos foram embora. Fãs, amigos, colegas, todos se solidarizaram, querendo ajudar de alguma forma. Foi então que veio a ideia de fazer uma live de Carnaval. Será no dia 26 de fevereiro, a partir das 16h, com transmissão simultânea em seu canal do YouTube.  Com o título ‘Chá de Guitarra’, a live contará com muitas marchinhas e frevos, e também com uma vaquinha virtual para a compra de novos instrumentos musicais. "Postei que havia sido roubado na tentativa de recuperar os instrumentos. Ent

Gil, Lulu e um lamento de Carnaval... Foto : Reprodução CD/ Tatiana Valente "Hoje é dia de folia Hoje eu canto pra esquecer Que a escola do bairro Está sem professor Amanhã depois da festa A cidade que protesta Entrará pela fresta Da porta do corredor Não adianta fugir Não adianta fugir, seu doutor Não adianta trancar a porta Não adianta fugir, seu doutor..." O ano era 1998. Era uma menina de 16 anos já apaixonada por música, por Gil e por Lulu. Aliás, meu amor Luiz Maurício que me perdoe mas Gil entrou em minha vida bem antes dele. Como já contei para vocês, muito pequena cantava o tema do Sítio do Pica-Pau Amarelo e as outras músicas do nosso amado Imortal da Academia Brasileira de Letras (cantarolava antes de imaginar que seria uma mulher das letras).  Mas na adolescência passei a prestar muita atenção no que diziam as letras das canções e a procurar nos livros de História o contexto nos quais foram criadas e Gil tinha e tem uma capacidade de trazer em suas músicas algo qu

 Você já se pegou cantarolando uma música e de repente alguém do teu lado falou: "nossa agora você desenterrou hein?" Pois é assim mesmo a gente morre de saudade de algumas músicas antigas e quando vê está fazendo um #tbt musical (e hoje não é dia da quinta da saudade). Mas a proposta veio por um jogo de perguntas do Instagram e joguei para meus seguidores que me devolveram suas canções lá do fundo do baú. Impossível não cantar junto... Spider Murphy Gang com "Ich schaw dich an" - eu tinha só um aninho quando essa banda alemã apareceu...  Foi um hit. Mas não entendo nada do que eles dizem... (rs) Almir Rogério cantava seu Fuscão Preto que depois foi gravado pelo Trio Parada Dura... " Com o seu ronco malditoooo..." Essa é gostosa de cantar em dupla. Eu amo imitar a Jane da dupla com Herondy: "É o ciúme que está nos separando pouco a pouco..." (rsrsrsrsrs) "Você é meu amorzinho, você é meu amorzão...Você é o tijolinho..."- um clássico dos

 Evandro Mesquita completou 70 anos. E ele não sabe mas está em minha memória desde que me conheço por gente: nascida em 1981 tenho a nítida lembrança de ter crescido ouvindo as músicas deste compositor, cantor e ator que começou carreira integrando um grupo inovador de teatro chamado "Asdrúbal Trouxe o Trombone".  A proposta da trupe era trazer o teatro para uma geração adolescente do fim de 1970, ousados pois ainda era  um período nebuloso da História de nosso país: os tempos sombrios da ditadura militar.  Dali saíram atores e atrizes que amamos :  Luís Fernando Guimarães, Patrícya Travassos,  Nina de Pádua e todos liderados pelo diretor Hamilton Vaz Pereira e pela maravilhosa Regina Casé. Conheci Mesquita mesmo pelas músicas da Blitz e depois pelas novelas que ele participou com seu jeitão de garoto experto carioca, torcedor do Fluminense. E é com esse astral maravilhoso  que quero começar a semana. Por falar em Blitz no @relíquiasonora hoje tem um feat super legal com LP 

Felipe Andreoli se apresentou no palco do Bourbon Street em São Paulo Foto: Darwin Rafael    "Nesta quinta-feira (18/02) aconteceu o show de lançamento do álbum Resonance, primeiro álbum solo do baixista Felipe Andreoli. O álbum foi produzido durante a pandemia, quando o Andreoli foi obrigado a dar uma pausa dos palcos com sua banda Angra. Juntamente com o guitarrista Dallton Santos, o projeto foi tomando forma, assim como outros nomes de peso foram surgindo, como as baterias de Bruno Valverde (Angra), Simon Phillips (Chick Corea/Toto), Virgil Donati (Planet X), os teclados de Bruno Alves (Ronnie Von/Kell Smith), as guitarras de Kiko Loureiro (Angra/Megadeth), André Nieri (Virgil Donati), Guthrie Govan (The Aristocrats), Brett Garsed (Planet X), Antônio Teoli (Video Game Orchestra), os arranjos de Shota Nakama (Video Game Orchestra) e  o vocal do croata Dino Jelusick. Além dos nomes, o álbum também possui um som pesadíssimo, tanto no quesito sonoro quanto no quesito técnico, mescl

 Mário Raul de Morais Andrade, Mário de Andrade foi um dos artistas que participou da Semana de Arte Moderna de 1922. O poeta, romancista, musicólogo, historiador de arte crítico e fotógrafo foi ainda um dos fundadores do modernismo e fez clássicos de nossa literatura como Paulicéia Desvairada e Macunaíma. O artista ainda ministrava aulas de piano no Conservatório de São Paulo. O que muitos talvez não saibam é que Mário era um grande estudioso da etnomusicologia: o estudo da música dentro de um contexto cultural . Ele em suas viagens buscava estudar e registrar as manifestações folclóricas do interior do Brasil tanto no estado de São Paulo quanto no Nordeste.  Na década de 1930 fez uma grande coleção de registros de músicas regionais. Dentre elas 15 modinhas de salão do período do Brasil Imperial e as dedicou ao amigo Heitor Villa- Lobos quem criou a harmonia de "Viola Quebrada", única música composta por Mario de Andrade. Mario de Andrade tem algo em comum comigo fora a paix

 Este ano a Semana de Arte Moderna completa 100 anos e para celebrar hoje e amanhã no Falando em Sol falarei sobre o evento reuniu artistas de diferentes vertentes culturais como escultura, pintura, literatura, poesia e música. Todos com um mesmo intuito: promover uma renovação na linguagem artística, promovendo um rompimento com o passado e buscando novos conceitos artísticos experimentais . Na música, que é o nosso tema aqui no Falando em Sol a proposta foi de trazer concertos que unissem cantores acompanhados por orquestras sinfônicas e o grande nome que se apresentou na Semana de Arte Moderna de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo foi o compositor, maestro, violoncelista, pianista e violonista Heitor Villa-Lobos. Sua proposta musical era considerada inovadora: criou uma linguagem genuinamente brasileira, compondo obras que traziam elementos das culturas de diversas regiões do Brasil como músicas do cancioneiro popular e de canções dos povos originários.   Villa-Lobos uniu suas in

  A Diva que levou a música brasileira para o mundo Reprodução Revista Cláudia Ontem dia nove de fevereiro foi dia de celebrar Maria do Carmo Miranda da Cunha a nossa Carmen Miranda. Digo nossa porque embora nascida em Portugal no ano de 1909 veio para o Brasil ainda muito pequena e fez de nosso país referência com sua moda, dança e voz. Carmen começou a trabalhar em uma boutique e lá soltava sua belíssima voz. Não demorou muito para que chegasse na rádio e de lá para as apresentações no Cassino da Urca e de lá para os Estados Unidos não demorou muito. Ficou conhecida como "Brazilian Bombshell"- a "bomba brasileira" ou "granada brasileira". Teve seus trajes e turbantes copiados pelas mulheres da época e de fato era linda e talentosa. Representou compositores brasileiros como Dorival Caymmi, Ary Barroso, Vicente Paiva e Luiz Peixoto, sempre acompanhada pelos músicos de sua banda o "Bando da Lua". Aliás levá-los para a Broadway foi sua condição par

 A cantora curitibana Sylvestra Bianchi faz um convite à meditação e dança com a energia dos elfos da luz com o single “Dancing with the Elves”,  foi lançado no dia 21 de janeiro, esta disponível nas plataformas musicais e com videoclipe que vocês conferem hoje a partir das 20 horas no Canal do Youtube de Bianchi. Criadora do Rock Cósmico, Sylvestra une a música com a espiritualidade, através de canções que passeiam pelas vertentes do rock, blues e jazz, com instrumental que desperta uma consciência em cada verso, trazendo um sentir de mensagens de autoconhecimento, amor, alegria, equilíbrio e luz divina.   Se você ainda não conhece a história desta incrível artista curitibana e do Rock Cósmico clique  aqui . No IGTV do Falando em Sol é possível conferir uma entrevista super legal com a artista curitibana. A nova música traz a energia sutil da natureza dos seres elementais, com a mensagem, melodia e instrumental que conecta os ouvintes a esta atmosfera mágica. Sylvestra compôs a canção

Eu, tietando Baby e Pepeu e banda que se apresentaram no Programa do Faustão semana passada Foto: Tatiana Valente Baby do Brasil e Pepeu Gomes estiveram no Programa do Fausto Silva na Bandeirantes semana passada. Lembraram dos tempos dos Novos Baianos, contaram sobre o bom relacionamento que têm como ex-casal e pais de uma turma linda. Cantaram seus grandes hits (que sei de cor e cantei junto) e apresentaram a banda que além do filho de Pepeu trazia os irmãos Jorginho e Didi Gomes (Novos Baianos que amo de paixão). Já contei como conheci ainda muito pequena a Baby e Pepeu  aqui  . Para a minha felicidade de de seus fãs anunciaram para este ano a turnê 140º porque a soma da idade que os dois completam este ano daria este resultado.  Hoje é dia de celebrar a primeira metade, dia de Pedro Aníbal de Oliveira Gomes, o Pepeu que muito apareceu por aqui com sua guitarra mágica. Para celebrar escolhi 5 músicas nas quais o solo do músico nascido em Salvador me encanta. Sou completamente apaixon

  O LP que marcou minha memória afetiva Foto: Reprodução álbum Na  minha infância lembro de passar os olhos pelos discos do meu pai. Eram muitos e de diversos gêneros musicais.  Do samba tinha muitos clássicos, dentre eles um de Zeca Pagodinho que me chamava atenção por ter crianças na capa e no verso uma foto dele e da imagem de Cosme e Damião. O LP se chamava Patota de Cosme (1987) e trazia canções compostas por Monarco, Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, Nei Lopes e Arlindo Cruz e era o segundo álbum de estúdio de Jessé Gomes da Silva Filho nome de batismo do artista. Hoje, aniversário de Zeca fiz um top 5 com as minhas músicas favoritas. Tempo de Don Don é uma composição de Nei Lopes que está no LP que citei. E vamos combinar que "no tempo em que Don Don jogava no Andaraí era mais simples de viver..." E se o Samba é para as moças a gente "cai na dança".... Mas quando é pra falar sério Zeca é categórico " Meu amor não é brincadeira... Brincadeira tem hora!&q

Siyahamba pode ser encontrada nesse álbum,  disponível nas plataformas de streaming  Foto: Reprodução capa  No final de 2000 eu estava tomada por uma dúvida interna: seguir com o curso de Letras e me formar também como tradutora ou ir para o Jornalismo e assim ficar perto da cultura. Meu foco sempre foi o jornalismo cultural, de preferência a música.  Foi um  momento muito complicado para uma menina de 19 anos que já dava aulas em duas escolas (consideradas as melhores da cidade).  Fiquei em absoluta tristeza, faltava algo pra mim. Foi quando em fevereiro de 2001 fui ao teste do TUMC (Teatro da Universidade de Mogi das Cruzes) e tive uma ideia do que aconteceria ali: o grupo era incrível, de vanguarda, "arretado" mesmo. Mas o diretor era claro quanto ao corpo a serviço do ator. Se o texto pedisse nudez, era preciso seguir adiante. Não tinha nada contra a nudez alheia, mas a minha me incomodava. Na terça teria um teste do Coral da Universidade, conhecido no Estado de São Paulo

  Um convite para matar saudade da diva da televisão brasileira Foto: Tatiana Valente " O livro escolhido para a terça da resenha de fevereiro é Hebe: A Biografia, um delicioso livro de 266 páginas escritas pelo talentoso jornalista e escritor Artur Xexéo (falecido em junho do ano passado). A biografia conta a história da diva da televisão brasileira que começou carreira como cantora na rádio Tupi e era filha do Maestro Fego Camargo, teve dupla caipira com a irmã mas se encontrou na TV onde permaneceu até o ano de 2012, quando participou de sua última gravação. O livro conta toda a trajetória da apresentadora e detalhes de sua vida pessoal- do primeiro casamento até as relações de amizades que Hebe cultivava com sua alegria de viver. O livro é uma celebração de nossa eterna 'gracinha'. Lançado em abril de 2017 pela editora Best Seller pode ser encontrado a partir de R$ 35,00" Tatiana Valente é formada em Letras e Jornalismo, especialista em Estratégia da Comunicação e