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Mostrando postagens de novembro, 2020

As Galvão na Jornada de Letras de 2001 na UMC

 " - Tatiana, me espera que hoje vou te levar em casa e quero conversar com você, me disse com o mesmo sorriso cativante minha Professora de Língua Portuguesa da faculdade Vera Lúcia  Fiquei imaginando qual seria o tema da conversa, afinal como era de praxe nos dias em que ela dava aula eu tinha minha carona garantida: minha Mestre, morava no final da rua da minha casa e me dizia que era perigoso andar pelo bairro (tranquilo ainda naquele tempo) depois das 22 horas. Como as conversas sempre eram leves e divertidas, a aguardei ansiosamente na porta da sala dos professores e ela animada tirando as chaves do carro da bolsa me disse : vamos que preciso te pedir algo. Já estávamos em estado de graça porque depois de anos aconteceria a Semana do Curso de Letras : com peças teatrais, palestras, rodas de leitura, análises, saraus - tudo que quem ama o mundo da nossa língua materna anseia na vida. "Teremos uma surpresa no encerramento da nossa Semana: As Irmãs Galvão farão uma aprese

As Seresteiras se apresentam no Restaurante da Bisa amanhã

                                           Foto : Divulgação As Seresteiras Imagine voltar no tempo por meio de canções da nossa música brasileira dos anos 40 e 50? Todo romantismo e nostalgia de antigamente é a proposta do grupo As Seresteiras , que surgiu em 2008 e é formado por Ana Maria Marangoni , Iraci Domingues , Carmen Ferreira e Branca Lima . "As seresteiras se uniram com o intuito de levar música e alegria para aqueles que não podiam sair de casa", lembra Ana Marangoni . O grupo já se apresentou em asilos, hospitais e sempre promove eventos beneficentes. O sucesso foi tanto que começaram a se apresentar em restaurantes e festas de aniversário, levando as serenatas para quem aprecia clássicos da MPB. Amanhã, quem for almoçar no Bisa Maria Gastronomia em Mogi das Cruzes poderá conferir, além do repertório, os trajes elegantes inspirados nas moda das mulheres de épocas passadas : chapéu, sombrinha, leques e luvas. " Nossa ideia é levar alegria e boas recordações

Quinta da Saudade: " e não tem mais nada negro amor..."

 Semana passada o músico Ênio Lobo fez uma live pela MOVI.AR,  Mostra Virtual de Artes, e o tema era " O Som que me inspira ". De sua casa, Lobo fez uma live com voz e violão e trouxe um repertório que também me inspira e muito: músicas da MPB que hoje em dia são ouvidas só por fãs ou por quem gosta de buscar relíquias. Logo na introdução indaguei : "É Negro amor?" e sua assessora Sabrina Pacca me respondeu de imediato: " Ah eu sabia que você iria gostar desta live", com um emoji de coração. Sim, amei a live e hoje vim falar de um pouco do que vi e vivi neste 2020 maluco.  É obvio que a pandemia mexeu com a vida e estrutura de todo mundo. Eu convivo com artistas sei da importância do público num elo entre o ganha pão e a necessidade de alguém que aprecie sua arte. Lembra que já disse a canção de Milton Nascimento que "todo artista tem de ir aonde o povo está". E foi o que eles fizeram nesta temporada. Abriram as portas de suas casas e pude en

Entrevista : Max Grácio

                                         Fotos: arquivo Max Grácio Para ele cantar é mais que simplesmente técnica .  Cantar é  transcender em forma de música o sentimento que a canção quer passar. Esta foi uma das aulas que tive com Max Grácio  artista de Mogi das Cruzes, localizada na região do Alto Tietê em São Paulo. Ator formado pelo Senac e pelos palcos das saudosas Mostras de Teatro Estudantil promovidas por Denerjânio Tavares de Lira nos anos 90 e canto popular pela ULM -Universidade Livre de Música Tom Jobim, Max é multifacetado : já atuou em musicais, como Mudança de Hábito, O Rei Leão, Rent e brasileiríssima Ópera do Malandro. Também já viajou mundo a fora levando seu canto pelos mares se apresentando em Cruzeiros.  Com sua emoção encantou os jurados do programa Canta Comigo, exibido pela Rede Record, interpretando Sangrando, de Gonzaguinha . E Max não para: mesmo na P... ( não vou usar esta palavra neste abre), faz vídeos, dá aulas de canto e trabalha com dublagem e tem inú

Fred Coelho lança Jards Macalé . Eu só faço o que quero

  Foto: Divulgação Numa Editora A partir de quinta-feira (26 de novembro) o site da Numa Editora abrirá a pré-venda do ensaio biográfico " Jards Macalé . Eu só faço o que quero " , escrito pelo professor, pesquisador e historiador Fred Coelho . O livro mostra o compositor responsável por canções como "Soluços", "Vapor Barato" e "Gotham City" em todas as suas facetas: o violonista, o produtor e diretor de shows que tem trabalhos como trilhas sonoras para o cinema e teatro.  Além de tudo isso conta sobre um artista que sempre esteve a frente de movimentos na luta pelos direitos autorais. Jards já foi gravado por grandes nomes da Música Popular Brasileira como Nara Leão , Elizeth Cardoso , Joyce , Maria Bethânia , Gal Costa , Zezé Motta , Fafá de Belém e artistas da nova geração como O Rappa e Alice Caymmi . Como só os grandes artistas fazem, o compositor nascido no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro sempre valorizou os músicos que trabalharam

Marcelo Quintanilha lança EruDito

O músico paulistano Marcelo Quintanilha lançou na última sexta-feira 20 o single " Três Sinais ", uma parceria com a cantora Mônica Salmaso .   A canção faz parte do novo projeto de Marcelo  " EruDito ",  no qual transforma melodias de grandes clássicos de compositores como Bach, Beethoven, Chopin, Mozart e Vivaldi em canções com letras de sua autoria.  Ao todo serão onze músicas, e conta com  Marcelo Quintanilha nos violões e os músicos Camilo Carrara (violões, bandolins e guitarra); Luca Raele (piano e clarinete) e Danilo Vianna (baixo acústico).   Peu Del Rey e Danilo Moura participam na percussão e Edmilson Capelupi com seu violão de 7 cordas em duas faixas do álbum. Em " Três Sinais" , Quintanilha usou como base a obra do compositor austríaco Franz Schubert, conhecido por seu estilo marcante e inovador dentre os compositores do século XIX.  A letra fala sobre a emoção do artista ao subir no palco e se apresentar , belamente interpretada pelas

Dia de Celebração: Alcione

No romance Renúncia de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier , Pólux e Alcione vivem um amor impossível: ele, um espírito caído que precisa reencarnar como sacerdote católico para se redimir de erros cometidos em vidas passadas.  Ela, seu grande amor é um espírito muito evoluído que desenvolve pesquisas no campo da música, aprimorando e chegando a elevadas esferas espirituais. Mas a ligação entre os dois é tão forte que para auxiliar seu amado na Terra, Alcione regressa e renuncia a tudo para estar ao lado de seu grande amor. Pois foi esta personagem que inspirou o nome de Alcione Dias Nazareth , nossa Rainha do Samba, ou como carinhosamente chamamos :  nossa Marrom. A ideia foi de seu pai, João Carlos que era policial e integrante da banda da Polícia Militar do Maranhão. Aos doze anos, Alcione fez sua primeira apresentação e com o pai aprendeu a tocar instrumentos de sopro como o clarinete e o trompete.  Nossa diva do samba, se formou professora na Escola de Curso Normal, mas 2 ano

"Um canto de revolta pelos ares no Quilombo dos Palmares"

  Logo no início da pandemia foi resolvido que as crianças ficariam em casa e os estudos seriam feitos com os pais, o chamado " homeschooling ". Todos nós pegos de surpresa, recebíamos pelo site do colégio os planos de aula e um roteiro a seguir (quais os capítulos e atividades a serem realizados). Tirando a Matemática (que para mim é extremamente difícil) foi muito gostoso relembrar com eles os meus tempos em sala de aula, lecionar Português, Ciências, Inglês, Geografia, Artes e História. Para quem gosta de Literatura como eu, saber o contexto histórico é como abrir as portas do incrível mundo de Sherazade (a personagem do clássico As Mil e uma Noites ).  É conhecer a fundo o que se passava no mundo em determinado momento para explicar o mote da arte e como se configurou a cultura de determinados povos. A primeira aula foi muito divertida: já tinham visto em sala a história dos índios, então partimos para a chegada dos portugueses no Brasil e a apostila trazia como proposta

Quinta da Saudade :E o sertão vai virar mar...

Sá e Guarabyra postaram ontem no Facebook o videoclipe de Sobradinho, exibido no programa Fantástico, no ano de 1978. A música fala sobre a barragem da Hidrelétrica de  Sobradinho, inaugurada em 1979, que cobriu uma área de aproximadamente 4,220 km² . A água cobriu as cidades de Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Arcado tirando milhares de moradores de suas cidades. Quando vi o vídeo imediatamente me recordei de algo que me aconteceu no terceiro ano do Ensino Médio, numa aula de Geografia Política.  Estava tentando prestar  atenção na explicação mas mentalmente cantarolando " o homem chega já desfaz a natureza..." Meu professor ( que também lecionava Filosofia e me conhecia muito bem) interrompeu num salto minha cantoria mental e disse: " Tatiana, já sei em qual música você está pensando. Agora, canta", me desafiou Benê. Vermelha praticamente quase roxa declamei os versos de Sobradinho, resumindo no rock rural de Sá e Guarabyra uma aula inteira sobre o tema. En

João Suplicy retorna aos palcos com Samblues

O  músico João Suplicy retorna aos palcos com a pré-estréia de seu projeto Samblues. O show acontecerá dia 27 de novembro às 20 horas na Blue Note em São Paulo, com todas as medidas de segurança recomendadas. No repertório o público poderá conferir canções como Juízo Final ( Nelson Cavaquinho e Élcio Soares ); As Rosas Não Falam e Preciso me Encontrar ( Cartola ); Disritmia ( Martinho da Vila )  numa mistura de samba e blues que João costuma mostrar nas suas "lives" que animaram a quarentena de seus fãs. Além destes clássicos do samba Suplicy apresentará canções de sua autoria. Quem quiser assistir ao show presencialmente terá 50% de desconto com o código " amigosamblues " (lista amiga, segundo o músico).  Será possível ainda curtir o show em casa, de qualquer lugar do mundo pelo site : https://www.bluenotesp.live/samblues O Blue Note está localizado no Conjunto Nacional na  Avenida Paulista nº2073 no segundo andar. Conheci João Suplicy em 2003 quando levou seu sh

Eu e o Deezer, e minhas digitais...

 Sou um tanto lenta para as novidades tecnológicas.   Porém, ao criar esse Blog e suas redes sociais me vi na necessidade de escolher uma plataforma digital. Recebo diariamente inúmeras mensagens de músicos que querem que eu conheça e divulgue seus trabalhos disponíveis nas plataformas digitais. Meu pai me deu uma aula magna sobre como usar o aplicativo Deezer . Me mostrou em um dia um universo fantástico, digo viciante. Desde que baixei tenho encontrado coisas maravilhosas e do arco da velha. O interessante é que pelas escolhas o programa te indica o que ouvir- diria até que já conhece meu gosto musical. Hoje, logo pela manhã, me sugeriu um álbum que há anos não escuto : Isabella Taviani ao Vivo, e pra quem vive com trilha sonora foi um momento de voltar no tempo. Não me recordo o mês, mas era um sábado do início de 2006 e eu estava muito cansada. Cansada fisicamente, mentalmente, emocionalmente e numa incerteza de tudo: terminara a segunda faculdade e não sabia ao certo o que aconte

Óia o Trem!!!!

Estação Ferroviária de Guaratinguetá-SP (arquivo pessoal)       Trem das Sete de Raul Seixas foi uma das canções apresentadas no Programa Olhar Brasileiro , transmitido pela Rádio USP (93,7MHz) em 8 de novembro. O programa teve como tema o trem e suas viagens e foi uma delícia embarcar e ouvir canções como "Trem das Onze" de Adoniran Barbosa ; " A Volta do Trem das Onze ", de Tom Zé; " O Trenzinho do Caipira " de Heitor Villa -Lobos letrada por Ferreira Gullar , " O Trem do Pantanal " (uma cantiga pantaneira interpretado por Almir Sater );  a divertida" Maria Fumaça" dos gaúchos Kleiton e Kleidir ; " Ponta de Areia "de Milton Nascimento;  duas das muitas versões de " Trem de Ferro " : uma de Lauro Maia e a outra uma poema de Manuel Bandeira  musicada pelo Maestro Tom Jobim .  Embarquei ainda no "Expresso 2222" de Gilberto Gil pra depois dos anos 2000 ( Gil, não tem passagem de volta? Porque por a

Quinta da Saudade : Sambassim

 Hoje é dia de matar saudades de músicas que fizeram parte de nossas vidas. Não irei pra muito longe não.  Vamos voltar para 2002, quando a compositora, cantora e produtora paulista Maria Fernanda Dutra Clemente, ou Fernanda Porto , resolveu misturar drum 'n' bass e bossa nova gerando o " drum'n'bossa". Drum'n'bass é uma abreviação de drum and bass.Na tradução "pé da letra" uma junção de bateria e baixo que são elementos que caracterizam este tipo de música eletrônica. Com a parceria de DJ Mark e DJ Patife fez o Brasil e a Europa dançar sua música num ritmo que é uma mistura perfeita do paulista com o carioca.  Só tinha de ser com você , um clássico de Tom Jobim   e Aloysio de Oliveira (do Bando da Lua )ganhou uma nova roupagem, e junto com Sambassim e outras músicas alcançou  mais de 100 mil cópias vendidas.  Em abril deste ano  Fernanda lançou " Corpo Elétrico e Alma Acústica " um álbum de 15 canções que foram lançadas quinze

Amanhã tem Estação do Carlão !!!!!

                                                               Carlos Mello em uma de suas apresentações  (Foto: Divulgação)                                                                              Carlos Mello , ou Carlão para os amigos e fãs todas as quintas traz em sua página no Facebook a " Estação do Carlão". Nas " lives" realizadas às 19 horas Carlos recebe o pedido do público  e de forma descontraída apresenta  músicas do "rei" Roberto Carlos da década de 60 e 70, Oswaldo Montenegro e outras mais antigas ainda. " O público pode participar pedindo as músicas que não escutam há 20, 30 anos ", conta o cantor e compositor. Durante o período da pandemia  o músico fez serenatas via What's app  feitas asob encomenda como forma de homenagear um amigo ou familiar. Para ele, a pandemia teve apesar de tudo vantagens. " Tivemos que recriar novas maneiras de trabalhar e isso até mudou muitos hábitos antigos do público em relação ao músi

"Amor talvez seja uma música que eu gostei...

. .. e botei numa fita..." Fita Cassete 90 minutos de amor !  Quem nasceu antes dos anos 90 com certeza tinha o hábito de gravar músicas em fitas cassetes. Direto da vitrola, fazíamos seleções de dar inveja às coletâneas de produtores profissionais. Ou fazíamos  uma miscelânea bem interessante : numa mesma fita colocávamos Daniela Mercury (sabia a coreografia do Canto da cidade de cor), passando por RPM , Nenhum de nós , New Kids on the Block, Paralamas do Sucesso e Cidade Negra.  Ouvia a "seleção"  no meu walkman de cor branca, com o volume na altura máxima para me desligar de que estava em volta e me envolver apenas com a música.   Quando uma música era lançada nas rádios e não tínhamos o LP aguardávamos ansiosamente para apertar o botão REC e gravar. A música vinha "carimbada" com o nome ou o jingle da rádio ou com o locutor narrando " você acabou de ouvir..." Um CD que se tivesse sido lançado nos tempos de LP que eu com certeza teria gravado numa

Aquelas coisas todas: Joyce Moreno lança livro pela Numa Editora

   A Editora Numa anunciou hoje a pré-venda do livro " Aquelas Coisas Todas " escrito pela cantora e compositora Joyce Moreno . Joyce declarou hoje em seu Instagram que "quarentenou" produzindo este livro, e que ele a enche de alegrias. A obra segundo a Editora é uma antologia de encontros , música e ideias escrito por alguém que sempre manteve a curiosidade e o faro de jornalista- formada no final dos anos 60 e que entre 1998 e 2000 manteve uma coluna no jornal sem anal O Dia . A coluna foi fruto do sucesso do primeiro livro publicado por Joyce  " Fotografei você em minha Rolleiflex"  que conta os bastidores da música popular brasileira vivenciado por ela.  Durante 10 anos escreveu também para seu Blog " Outras Bossas", dividindo com os leitores suas impressões sobre a vida, música e viagens. Aquelas coisas todas traz textos que a cantora e compositora escreveu em 1997 no qual que além de boas histórias faz uma análise crítica da música e da c

Quinta da saudade : Manhãs de Setembro

  Capa do LP lançado em 1973 Toda quinta-feira é dia do popular #tbt (throwback thursday) ou quinta do retorno. Trarei aqui uma música daquelas que o povo popularmente diz: "nossa agora você desenterrou hein?" Em Setembro último, procurei no Google alguma música que falasse no mês que havia começado . Além da linda Sol de Primavera de Beto Guedes ( campeã de pedidos nos casamentos que cantávamos) encontrei a dançante September  da banda Earth Wind & Fire -  músicas que sempre compartilho nas minhas redes sociais . Daí me apareceu nas buscas Manhãs de Setembro , interpretada por Vanusa que na época enfrentava sérios problemas de saúde.  Esta música tem um fundo afetivo pois além de ser  uma das mais queridas de minha mãe, e é daquelas pra  gente cantar junto.  Manhãs de Setembro foi feita em  1973 pelo Maestro e músico Mário Campanha , marido de Mary Galvão ( uma das Irmãs Galvão ). Fiquei surpresa ao saber que a cantora Vanusa , nascida coincidentemente no mês de setem

"Chega de Maldade e Ilusão..."

                                                           Obra:O Rapto de Proserpina (Perséfone) do escultor italiano                                                                   Gian Lorenzo Bernini                                                                Narra a mitologia grega que Zeus ( o maior entre homens e deuses) e Deméter (deusa da colheita e da fertilidade) tiveram uma filha nascida e criada no Olimpo.  Perséfone , como era chamada tinha uma beleza incomparável e por isso atraia a atenção de todos os outros deuses.   Por ser virgem era muito protegida por sua mãe, mas Hades , seu tio e  deus do mundo inferior  a raptou e levou para o  submundo onde predominava  Thanatos (de quem falarei logo a seguir).  Deméter caiu em tristeza absoluta e todos os campos e alimentos foram atingidos e com medo do que pudesse acontecer no Olimpo, os deuses se mobilizaram para encontrar a filha de Zeus. Porém Hades não permitiu o retorno de Perséfone e antes que isso pudesse ocorr

Virunduns e outras histórias...

Fotos: arquivo Carlos Mello Quem nunca cantou errado a letra de uma música? Ou quem nunca ouviu um amigo ou amiga na maior animação "trocando de biquíni sem parar"  na dançante Noite do Prazer do Claudio Zoli , quando na verdade a letra diz " Tocando B.B King sem parar" ? Pois lá pelos idos de 2003 dois amigos criaram um blog chamado Virundum , que trazia pérolas e convidava as pessoas a escreverem as suas confusões musicais. O blog virou página no Orkut, rede social popular na época e não tinha como não cair na gargalhada com os erros como a famosa : " Ao sair do avião, zum de besouro", do Djavan - " Açaí guardiã, zum de besouro,um ímã".  Alguns mais empolgados juravam que a Blitz, já ousada na sua essência cantava "quero passsar nú e quente com você". O refrão de fato dizia " um WEEKEND com você". Porém poucos sabem que o Virundum ou Tiocidade tem um significado : trata-se da percepção imprecisa de uma frase ou de um conj

Êta Nóis!!!!!!!

Capa do LP de Luhli e Lucina    Tem umas duas semanas que a página @reliquiasonora postou em seus stories um disco do Ney Matogrosso mostrando algumas faixas. De imediato comentei que é impossível ouvi-lo e não cantar junto. Daí me lembrei de Luhli e Lucina e do disco Êta  Nóis que me traz recordações muito boas da minha infância. Toda manhã de domingo era de praxe assistir ao Som Brasil  (exibido pela Rede Globo) e foi por lá que elas apresentaram com Ney uma canção que falava sobre amizades, brigas, reconciliações, música, abelhas e mel. Com ele ainda , a dupla de compositoras ( uma carioca e uma cuiabana) tiveram  inúmeras músicas gravadas como Bandoleiro , Fala e Vira .  Hoje seguem carreiras solo, mas conseguiram encantar toda uma geração com suas propostas inovadoras misturando estilos como MPB, Samba, Rock Rural e Rock Progressivo. Ontem, sob o impacto da notícia da morte do ator Tom Veiga ( o querido Louro José) fiquei lendo as homenagens e mais uma vez pensando na mensag

Gabriel...

  Foto : arquivo pessoal Em 1978 o músico e compositor mineiro Beto Guede s encomendou a Ronaldo Bastos  (responsável por maravilhosas canções como Fé Cega, Faca Amolada; Um Certo Alguém e de quem ainda vou falar muito por aqui) a letra para uma música  que teria feito para celebrar o nascimento de seu filho Gabriel . É uma música que tem uma introdução belíssima, suave e que se parece muito com uma canção de ninar ou uma valsa daquelas em que a gente chega a fechar os olhos para ouvir. Foi lançada no àlbum Amor de Índio em setembro do mesmo ano pela gravadora EMI Music Brasil que tem outras músicas bem conhecidas como a que dá nome ao disco (também parceria com Bastos), O medo de amar e de ser livre e Feira Moderna (que anos mais tarde ganhou uma versão deliciosa no acústico MTV dos Paralamas do Sucesso).  Li no Jornal Hoje em Dia de Belo Horizonte que o hoje músico Gabriel Guedes se emociona toda vez que ouve a canção que com muito amor foi feita para ele e contou ainda com a p