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Eram duas caveiras que se amavam...

Mural La Catrina -obra do pintor Diogo Rivera


Hoje nos países que falam a Língua Inglesa é comemorado o Halloween. Festa de origem Celta comemora em sua essência o dia de todos os espíritos . 
Para as crianças é uma grande brincadeira pois além das festas com comes e bebes saem às ruas gritando "trick or treat" ou no bom portuga "doces ou travessuras"- fantasiadas de bruxas, jack 'o'lantern ( versão humana da moranga desenhada), múmias, vampiros e de um tempo pra cá nas belíssimas Catrinas.
 Las Catrinas são de origem Mexicana e as  encantadoras caveiras populares nas festas do Día de Los Muertos em 5 de maio representam as damas da alta sociedade do país. Alíás a Disney encantou a todos com um pouco desta cultura no filme Viva a vida é uma festa.
 E nós brasileiros que amamos uma festa incorporamos no nosso calendário (muito embora alguns mais nacionalistas achem um absurdo celebrar um evento que não é Made In Brazil).
Mas como o papo aqui é musical vou contar para vocês a história de uma música que falava sobre o amor de caveiras e um defunto fresco, destruidor de corações apaixonados. 
Era uma canção que ouvia muito quando criança, pois uma tia avó ( que descobri anos mais tarde que quando nova era muito parecida fisicamente comigo) quando via meu pai com o violão amava ouvir a balada sertaneja Romance de Uma Caveira, da dupla Alvarenga e Ranchinho.
A dupla formada em 1929 originalmente pelo mineiro Murilo Alvarenga e por Diésis dos Anjos Gaia ( de Jacareí, aqui no Vale do Paraíba), começou carreira cantando em circos. Logo foram contratados para cantar na Rádio São Paulo e em 1936 gravaram o primeiro compacto já morando no Rio de Janeiro. Lá, ficaram por dez anos no Cassino da Urca e eram muito apreciados (ou não) por suas sátiras políticas. Participaram de mais de 30 filmes e receberam da rádio Mayrink Veiga o título de "Milionários do Riso" por suas esquetes cômicas.
A dupla chegou ao fim em 1965 quando Diésis deixou a dupla, sendo substituído por Delamare de Abreu e depois por Homero de Souza Campos
Bom hoje o papo encerra por aqui e convido vocês a apreciar a história do pobre e apaixonado caveiro...
Um Feliz Dia das Bruxas !







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