No romance Renúncia de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, Pólux e Alcione vivem um amor impossível: ele, um espírito caído que precisa reencarnar como sacerdote católico para se redimir de erros cometidos em vidas passadas.
Ela, seu grande amor é um espírito muito evoluído que desenvolve pesquisas no campo da música, aprimorando e chegando a elevadas esferas espirituais.
Mas a ligação entre os dois é tão forte que para auxiliar seu amado na Terra, Alcione regressa e renuncia a tudo para estar ao lado de seu grande amor.
Pois foi esta personagem que inspirou o nome de Alcione Dias Nazareth, nossa Rainha do Samba, ou como carinhosamente chamamos : nossa Marrom. A ideia foi de seu pai, João Carlos que era policial e integrante da banda da Polícia Militar do Maranhão.
Aos doze anos, Alcione fez sua primeira apresentação e com o pai aprendeu a tocar instrumentos de sopro como o clarinete e o trompete.
Nossa diva do samba, se formou professora na Escola de Curso Normal, mas 2 anos após foi demitida por ensinar a seus alunos como se tocava o trompete (por rigidez da direção da escola que não aceitou o fato).
Daí por diante se dedicou à música se apresentando em boates e bares do Maranhão quando em 1972 se mudou para o Rio de Janeiro.
Foi no " Beco das Garrafas", reduto da bossa nova e "berço" de grandes cantoras da nossa MPB que Alcione iniciou carreira nas noites cariocas.
Foi caloura do programa de Flávio Cavalcanti e venceu duas eliminatórias com sua maravilhosa voz de contralto.
Daí por diante, a sambista fez carreira internacional e já lançou 39 álbuns, chegando a marca de 8 milhões de cópias de discos vendidos pelo mundo.
Em uma declaração pública foi dito que a cantora faz música insuportável.
Para isso tenho uma explicação: Alcione não canta para quem apenas escuta com os ouvidos. Nossa Marrom canta para quem ouve com o coração.
E hoje é dia de Festa aqui no Blog: Aniversário de Alcione e para acarinhar os ouvidos e corações deixo uma de minhas favoritas interpretadas por ela - Estranha Loucura, que teve a participação de Alexandre Pires no CD Celebração lançado em 1998. A gaita da introdução é obra de Milton Guedes.
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