Semana passada o músico Ênio Lobo fez uma live pela MOVI.AR, Mostra Virtual de Artes, e o tema era " O Som que me inspira".
De sua casa, Lobo fez uma live com voz e violão e trouxe um repertório que também me inspira e muito: músicas da MPB que hoje em dia são ouvidas só por fãs ou por quem gosta de buscar relíquias.
Logo na introdução indaguei : "É Negro amor?" e sua assessora Sabrina Pacca me respondeu de imediato:
" Ah eu sabia que você iria gostar desta live", com um emoji de coração.
Sim, amei a live e hoje vim falar de um pouco do que vi e vivi neste 2020 maluco.
É obvio que a pandemia mexeu com a vida e estrutura de todo mundo. Eu convivo com artistas sei da importância do público num elo entre o ganha pão e a necessidade de alguém que aprecie sua arte. Lembra que já disse a canção de Milton Nascimento que "todo artista tem de ir aonde o povo está".
E foi o que eles fizeram nesta temporada. Abriram as portas de suas casas e pude entrar na casa de Lulu Santos e de sua Banda, por exemplo (até me arrumei para a ocasião rs).
Acompanhei Chico César num domingo de outono sentado no quintal de sua casa tocando músicas como Mama África ou Paraíba Meu Amor.
Flavio Venturini então, nem se fala...marquei presença em todas as suas lives realizadas numa sala de sua casa em Minas e ainda aprendo algumas dicas de culinária com ele.
Vi Zeca Baleiro inúmeras vezes de sua casa dialogando com fãs e cantando canções de seu repertório, inclusive um pedido meu de Boi de Haxixe que há tempos não cantava.
Mas uma me fez matar saudades de um tempo que me traz recordações muito boas: numa destas lives do , Zé Geraldo apareceu e pedimos" Zé, faz uma live?".
E ele fez: de seu apartamento, em isolamento total, filmado por sua esposa conversou e cantou musicas como "Senhorita", "Cidadão" (que já apareceu aqui no Blog numa história super divertida) e Milho aos Pombos - que de certa forma quando a quarentena acontecia de fato e as notícias no mundo fervilhavam parecia um desabafo:" isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos".
Mas hoje quero matar saudade de "Negro Amor", uma versão de "It's All Over Now Baby Blue" de Bob Dylan que o cantor e compositor mineiro gravou no álbum Aprendendo a Viver de 1994.
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