Foto: Reprodução Livro favoRita (arquivo pessoal)
Em 31 de dezembro de 1947 nascia Rita Lee Jones de Carvalho, a nossa rainha do rock. Com uma trajetória lindíssima foi (em um período muito complicado da história do país) vocalista dos Mutantes. Participou do movimento da Tropicália, depois com Lucinha Turnbull das Cilibrinas do Éden (Cilibrina meu apelido de infância, Brina para os mais íntimos).
Na Tutti Frutti trouxe músicas que estão na memória e no coração de seus fãs. A parceria com Roberto de Carvalho lhe rendeu além de uma família linda canções que para a música brasileira serão eternas( na minha opinião foi um encontro de almas).
Mas recomendo para quem quiser saber mais sobre a cantora que leia "Rita Lee, uma autobiografia" lançado em 2016 pela Globo Livros, que tem uma leitura tão gostosa que é como se a própria contasse sua vida.
Um tio querido (amigo de meu pai, mas tio pelo carinho que tinha e ainda tem com a gente e me chama de Brina até hoje) tinha o hábito de nos levar a uma sorveteria no Centro de Mogi das Cruzes.
A gente comprava sorvete, e voltava na sua Belina sujando todo o banco de trás, mas ele fazia todos os nossos gostos.
Mas desse percurso ficou gravado na minha memória afetiva a fita que ele deixava tocando : Tutti Frutti ( Fruto Proibido)- achava a maior graça na música "Esse Tal de Roque Enrow" e "Ovelha Negra" a que gostavamos de acompanhar no violão.
Porém ao fazer um "brainstorm" para escrever esse post para vocês ouvi uma playlist e pensei: qual música de Rita me define? Seria a Ovelha Negra - sou mesmo a "diferentona" da família e isso não tem jeito, é minha essência.
"Desculpe, Babe", dos Mutantes já me definiu num momento em que eu queria estudar e buscar a minha "glória".
Quem nunca teve uma crise de ciúmes e depois se arrependeu como descreve "Desculpe o auê?"
Quando aprendi a dirigir vivia cantarolando para "papai me emprestar o carro", não tinha broto pra levar ao cinema mas queria mesmo sair dirigindo por Mogi (uma aventura perigosa se tratando de Cilibrina no volante).
Toda vez que chego a São Paulo vem na cabeça "Lá vou eu", porque em Sampa tudo é "imprevisível como você, e eu e o céu..."
Já quis muito num momento de rompimento com o cansaço da realidade de ser índio num eterno domingo como em "Baila Comigo".
"Pagu" me define numa descrição da mulher que não tem silicone e se for preciso é mais macho que muito homem por aí .
Assim como todo mundo um dia resolve mudar e fazer tudo o que queria fazer ...
Também me pareço com uma "Mutante", que quando rejeitada chora até secar a alma de toda mágoa e depois parte pra outra...
"Lança perfume" é libertadora, mas são nas românticas que Rita me pega desprevenida ...
Impossível passar pela vida sem ter um Caso Sério, ou sonhar um romance um "tanto demodée para hoje em dia" ( essa dá vontade de dançar juntinho).
Difícil saber qual música de Rita me define.
Esse ano num acidente capilar me vi ruiva. Me senti a própria Erva Venenosa, com o vermelho que a rainha ostentou até assumir seus cabelos brancos e hoje ser uma grande ativista na causa animal.
Mas na minha vida o momento em que Rita me marcou e muito foi quando comprei o Acústico MTV. Ali a "Mina de Sampa", brilhava com inúmeros convidados, dentre eles Milton Nascimento, carinhosamente, nosso Bituca.
Mania de Você é a que escolho para encerrar 2020, e convido que ouçam de olhos fechados. É, na minha opinião o dueto mais lindo que ouvi nesses meus quase 40 anos.
Feliz dia Rita Love Lee!!!!!!!
Com muito carinho, Brina.
Adorei o texto! " Gloria Franksten essa marca... muita gente já sentiu vontade de pular do Viaduto do Chá.
ResponderExcluirAh muito bom saber que gostou do texto!!!! Essa marca mesmo...aliás Rita deixa marcas inesquecíveis... Um grande beijo, obrigada por acompanhar o Blog❤🌹
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