Pular para o conteúdo principal

Cem anos de Ademilde Fonseca





Fonte : IMMUB


Quando gosto muito de uma música fico extremamente exigente com as versões que fazem dela. Terça-feira fiz uma live com a Aline Chiaradia no Instagram e falamos sobre sua ligação afetiva com o samba e o choro e eu me lembrei da belíssima interpretação que a vi fazer de "Pedacinhos do Céu" um choro do Mestre Waldir Azevedo e letra de Miguel Lima.

A canção feita na década de 50 pelo também compositor de "Brasileirinho" já foi gravada por muitos músicos, dentre eles o incrível flautista Altamiro Carrilho  e todas as versões instrumentais dela me encantam.

Porém me emociono ainda mais toda vez que a escuto cantada por Ademilde Fonseca que completaria ontem se viva 100 anos. Nascida no Rio Grande do Norte foi morar com a família no Rio de Janeiro e se tornou nas décadas de 40 e 50 uma das famosas cantoras do rádio assim como Carmem Miranda, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira e Elizeth Cardoso.

Embora fosse de um brilho e vivacidade muito semelhante ao de Carmem a intérprete de samba, forró e choro não teve o mesmo carinho da crítica como Elizeth, mas por seu estilo único ao usar sua voz nos choros que ganharam letas se tornou a Rainha do Choro Cantado  Além disso teve uma carreira de 10 anos na TV Tupi.

Ademilde tem uma vasta discografia com produções que começaram em 1942 e seguiram até o ano de 2001. Adoro sua interpretação de "Tico-Tico no Fubá " ( Zequinha de Abreu e Eurico Barreiros) e de "Apanhei-te Cavaquinho" ( Ernesto Nazareth/ adaptado por Darci de Oliveira). 

Mas pra encerrar a semana que me presenteou com  uma "live" deliciosa e com a marca de  500 seguidores espontâneos no @falandoemsol , minha página no Instagram quero convidá-los a apreciar Pedacinhos do Céu.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.  

Centenário Inezita Barroso

  Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura Foto: Reprodução Itaú Cultural Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "D ama da Música Caipira", por trinta anos  abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração.  Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro.  Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e art...