Vocês sabiam que o samba era marginalizado no nosso país ?
Uma roda de samba não podia acontecer na rua, pois não era vista com bons olhos: pela presença negra, era considerada reduto de malandros e quem fosse pego pela polícia em uma roda de samba era levado para a prisão.
Mas a história mudou graças a presença de uma mulher : Hilária Batista de Almeida, nascida em Santo Amaro da Purificação na Bahia que em 1854 foi para Rio de Janeiro na conhecida "diáspora baiana". Mais tarde, com uma filha pra criar passou a fazer quitutes para vender e se tornou Tia Ciata : a grande responsável por animar a cultura negra nas favelas cariocas que começavam a surgir naquela época.
Tia Ciata abria as portas de sua casa na Praça Onze para receber os sambistas, que se fossem pegos na rua sofriam repressão policial. Tudo isso mudou quando o presidente Wenceslau Brás teve uma ferida no pé e foi curado pelas ervas da quituteira que também era curandeira. A partir daí as autoridades passaram a "permitir" as rodas de samba nas quais a predominância era masculina: as mulheres cozinhavam para os músicos ou eram temas das canções feitas por eles.
Hoje no Blog falo sobre 3 mulheres que assim como Tia Ciata mostraram a que vieram : para mostrar que o samba também pode ser feito por nós mulheres.
Começo por Clementina de Jesus, filha de escravos e também conhecida como Rainha Ginga. Trouxe para suas músicas a influência do jongo, do lundu, e cantos que falavam sobre a África e a tristeza do trabalho forçado. Começou carreira como sambista aos 63 anos, era da Portela mas no segundo casamento se tornou Mangueirense.
Comentários
Postar um comentário