Pular para o conteúdo principal

23 de abril: Dia do Choro

 Hoje comemoramos no Brasil o Dia do Choro. um gênero musical de origemnacional que teve como inspiração para sua formulação o " lundu" um ritmo africano trazido muito provavelmente de Angola pelos escravos que aqui chegaram.

Nascido no subúrbio do Rio de Janeiro no fim do século XIX o ritmo tinha como base  a flauta, o violão e o cavaquinho e aos poucos foi incluindo outros instrumentos como o bandolim, saxofone, pandeiro, clarinete e reco-reco.

No Brasil Imperial era o choro que dava o tom nos bailes do Império, uma vez que era o recurso (ou a forma de se reinventar) que o músico tinha para apresentar num estilo próprio a música que era produzida na Europa, que era vista como fonte cultural da alta sociedade brasileira.

Mas as características europeias foram se perdendo graças ao grande poder de improvisação dos chamados "chorões" que com o intuito de desafiar os participantes das rodas de choro testavam a capacidade e o senso polifônico (arte de sobrepor um ou mais sons) dos colegas. 

Mas como tudo tem dois lados existe uma outra versão para a origem do Choro no país.  Segundo o historiador e jornalista Câmara Cascudo o termo "choro" pode ter sido criado como derivado de "xolo", um baile que reunia os escravos nas fazendas (uma confusão sonora com a Língua Portuguesa) . Mudou para xoro e quando veio para a cidade se urbanizou e se  tornou choro (com ch). 

Joaquim Calado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Viriato Figueira, Zequinha de Abreu, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Radamés Gnatalli, são nomes que marcaram a  História  do Choro.

Hoje convido vocês para "sextar" comigo com 5 de meus choros favoritos.

Viva os Chorões!!!!

                                            Pedacinhos do Céu - Waldir Azevedo


Brasileirinho - também de Waldir Azevedo


Apanhei-te Cavaquinho - Ernesto Nazareth


Noites Cariocas - Jacob do Bandolim


Rosa - Pixinguinha












Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.