Pular para o conteúdo principal

Especial : Mulheres que fizeram História na MPB Parte 1

 O mês de março acabou mas o Especial ainda não : muitas mulheres fizeram e fazem a história da música brasileira em seus diferentes estilos e merecem ser homenageadas aqui no Falando em Sol - Um Papo Musical.

Hoje começo por ela, que é um exemplo de força e superação para todas as mulheres. Com uma história de vida muito sofrida : se casou aos 12 anos de idade, passou fome, viu a morte  de 4 filhos. Com a música ela passou de mulher sofredora a exemplo de empoderamento feminino - quem não quer ter essa força na voz?

Elza Soares é quem  puxará o cordão das mulheres na MPB hoje com sua interpretação fantástica de  "Espumas ao Vento".


Filha de Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana Caymmi tem o dom de fazer chorar com suas interpretações. Começou carreira em 1960, gravando canções do pai e em 1966 venceu o Primeiro Festival da Canção defendendo "Saveiros", uma composição de Dori Caymmi e Nelson Motta. 
Sou fã desta canção de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc na voz dela, que foi trilha sonora de Hilda Furacão e da vida de muitas de nós.






Agora vou lá pro movimento da Tropicália chamar Maria Bethânia, irmã de Caetano, filha de Dona Canô e nascida em Santo Amaro, interior da Bahia. Começou ao lado do irmão, de Gil e de Gal Costa e começou carreira substituindo Nara Leão no espetáculo Opinião. Como não amar a calmaria e  da voz de Bethânia?




Gal Costa também é baiana mas de Salvador e começou carreira trabalhando com música :era balconista de uma loja de discos. 
Com Bethânia, Caetano e Gil formou os "Doce Bárbaros", e se destacava por quebrar padrões femininos e musicais na década de 60 : ousava na sensualidade e trazia para a MPB a sonoridade do rock'n'roll. 
Mas hoje vou postar a que eu acho mais linda na voz de Gal: " Tema de amor de Gabriela"...


Não tem gargalhada mais gostosa que a dela...
 Falo de Fafá de Belém que apareceu no cenário da MPB na década de 70, justamente na trilha sonora da novela Gabriela com a canção "Filho da Bahia".
 Em Belém, na adolescência fugia dos pais para poder cantar escondida. 
Fafá foi musa das Diretas Já, quando interpretou emocionada o Hino Nacional Brasileiro. Hoje convido vocês pra cantar bem alto "Abandonada por você..." rs...


Todo Natal ela aparece. 
Mas esse é um estigma que hoje não vou levar adiante  pois Simone tem muito mais a oferecer que a versão de "So This is Christmas" de John Lennon e Yoko Ono.
 Conhecida também como "Cigarra" é formada em Educação Física, deu aulas e chegou inclusive a ser convocada para a Seleção Brasileira de Basquete mas ficou no banco de reservas, fato que a fez desistir da carreira no esporte. Mas na MPB ela encontrou seu seu espaço e "conquistou o direito de ser uma nova mulher", senhora de suas vontades e dona de si ...

























Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.