Pular para o conteúdo principal

Quinta da Saudade: Jovem Demais para Morrer- Blaze of Glory

 Quando menina era doida por filmes de época: tinha assistido " E o vento levou" desenvolvi uma paixão platônica por Clark Gable ( o bigodinho era indecente, mas tinha lá seu charme). Adorava os vestidos rodados e a elegância das mocinhas. 

 Nos anos 90 era comum idas até a  locadora para encher a sacola de fitas cassetes e ter um fim de semana divertido. Tínhamos de pensar no todo: não existia Netflix com suas caixinhas  e era um lazer coletivo.

Foi numa dessas que conheci Calamity Jane ( Ardida como Pimenta), com Doris Day e me identifiquei com o jeito marrento e musical da heroína do faroeste - mas esta história vou contar outro dia.

Outros clássicos do faroeste que passaram pela minha casa foram "Os imperdoáveis", "Matar ou morrer" e "Meu ódio será sua herança". Mas diferente do "Calamity" estes vídeos tinham como público-alvo homens, e não me prendiam a atenção. 

Até que um lançamento me segurou em frente a tela da TV: "Young Guns" ou " Jovem demais para Morrer" com os galãs da época:  Emilio Estevez, Kiefer Sutherland, Christian Slater, Willian Petersen e Lou Diamond Phillips.

 A história era em torno de Billy The Kid, o maior pistoleiro ladrão de cavalos e gados dos Estados Unidos e que foi morto em 1881 ( cem anos antes do meu nascimento).

No fim do filme tinha um videoclipe: era a música tema " Blaze of Glory", com um loiro de cabelos cacheados esvoaçantes, olhos verdes, rosto quadrado e furo no queixo num estilo bem rock and roll (pra falar a verdade o repicado do cabelo era bem parecido com o meu rsrsrs). 

Foi ali que me encantei por Jon Bon Jovi, que iniciava sua carreira solo e era responsável pela trilha sonora do filme.

Não preciso dizer que naquela semana mesmo o LP da trilha de "Young Guns" estava em casa. Não tirava a imagem de Jon tocando de minha cabeça. Adivinha onde ele foi parar?

Numa fita cassete para passear comigo no meu walkman branco. 

Hoje meu #tbt vai dividir com vocês a primeira vez em que vi Jon Bon Jovi.

 Tem como não se apaixonar meninas?




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.