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Conheci na Internet: Batucada das Pretas

 


O grupo Batucada das Pretas: filantropia e samba dos bons
Foto: divulgação



Reunir mulheres da Zona Leste, Norte e Sul de São Paulo para fortalecer o conceito de sororidade, informar sobre a violência contra a mulher, dos direitos das crianças e dos adolescentes dentro das comunidades. E tudo isso com muito samba e alegria.
 É o objetivo do grupo Batucada das Pretas  que conta com Eulcilene (tantanzinho e voz), Fabiana ( Pandeiro e Voz), Bruna Oliveira (Voz), Vitória Moura (percussão geral e voz) e Ana Lia (surdo). A ideia foi de Viviane, produtora do grupo e que também trabalha como assistente social na cidade de Ferraz de Vasconcelos.
" Surgiu por meio da visão de nós mulheres, nossa produtora tem por perto a questão da vulnerabilidade social, dos direitos violados. Vimos o grande potencial de levar até eles essa estrutura de suporte psicológico e até mesmo um incentivo moral para essas pessoas pela música. Surgiu como o 'Samba das Minas', um nome fantasia para que pudéssemos fazer eventos dentro das quadras das escolas de samba nas comunidades para atender as mulheres.", lembra Vitória.
O Samba das Minas ganhou simpatizantes e se tornou o Batucada das Pretas, com mulheres de diferentes locais de São Paulo. O evento a princípio aconteceria semestralmente num formato beneficente, ajudando pessoas com necessidades especiais.
" O projeto visava sempre atender a um grupo ou famílias que estivessem passando por grandes dificuldades. Porém devido ao sucesso e ao talento das integrantes do grupo surgiram convites para tocar em casas de shows, bares super reconhecidos e disputados por grupos masculinos. Quando a gente chega e mostra nosso trabalho os donos dos estabelecimentos dão preferência pra gente", comemora a percussionista.
O grupo já participou de programas exibidos pelo SBT e de outras rodas de samba como convidadas especiais e está surpreso pelo sucesso alcançado.
" É até estranho para nós porque a ideia era fazer apenas eventos beneficentes e poder contribuir com as pessoas mais necessitadas. Mas agora virou uma banda, um grupo de show que tem muitos patrocinadores que se identificam com a causa. Surgiu com o potencial de cada integrante e a gente pode levar e dar visibilidade ao talento da mulher, independente do trabalho que ela faça. Infelizmente a música é um meio muito masculinizado. Antigamente as cantoras escreviam as músicas e não podiam sequer falar que as músicas eram delas. Hoje pode sim, temos um grupo só de mulheres, temos fã-clube, página no Instagram, é uma grande evolução. A gente leva um pouco de esperança mostrando  que as mulheres podem tudo sim, independente do ramo que for", finaliza a artista.

Confiram logo a seguir um vídeo do grupo que se apresenta amanhã a partir das 19 horas  no Arena Bravus que fica na Av. Lourenço de Souza Franco, 2036 - Jundiapeba, Mogi das Cruzes. Ingressos: R$10,00 (homens) R$ 5,00 (mulheres).










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