Todo mundo tem na vida dias bons e dias ruins. E cá entre nós nestes últimos dois anos ter um dia completamente bom é praticamente impossível. A não ser que a pessoa tenha dinheiro o suficiente para esbanjar em festas e viagens e seja conivente com tudo o que está acontecendo no nosso país. E daí, não é mesmo? - já diria o líder desse povo que o elegeu em conivência com uma "injusta justiça".
Mas usando Saramago para explicar o que eu sinto (e eu de fato sinto) - "se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu fizeram-no de carne, e sangra todo dia". Não dá pra ser feliz e postar "desnecesselfies" em lugares paradisíacos com gente revirando lixo pra se alimentar. Somos todos irmãos, não é isso que pregam?
Não dá pra ter educação boa num país que não valoriza de fato sua cultura, nem cria meios para que os artistas possam sobreviver dignamente. Ir ao show e tirar selfie todo mundo quer, aparecer nas "hashtags" nas redes sociais todo mundo quer. Mas fala de lei de incentivo à cultura pra ver...
É muito fácil apoiar um artista quando tudo vai bem. Mas para se colocar no front e levantar essa bandeira tem de ser "Valente". E eu tenho muito orgulho deste espaço que criei. Saber que meu apoio pode dar asas para outros artistas que sonham levantar voo. Essa é minha forma VERDADEIRA e SINCERA de aplaudir.
E ontem eu estava com todos esses pensamentos na cabeça- ser geminiana é viver em ebulição. Vendo os casos de Covid aumentarem novamente, pessoas com quem convivo com projetos engatilhados tendo de recuar. A vacina das crianças, uma espera sem fim. Vendo todo cenário eleitoral brincando com a vida de um país.
E um dos presentes que o Falando em Sol me deu foi conhecer pessoas que sentem o mesmo amor pela arte que sinto. Sim porque nas redes sociais tem gente que acrescenta. Tem gente que é melhor deixar pra lá . E Denise Oliveira, jornalista e cantora é destas que acrescentam. E muito. Além de me apoiar no trabalho que estava fazendo me lembrou de algumas músicas dos anos 80 e 90. Perguntei a ela se lembrava de "Listen to Your Heart". Denise perguntou se era a do Roxette.
Também amo, mas era a de uma cantora britânica chamada Sonia Evans que fez muito sucesso no final dos anos 1980. Ela cantava que "a gente não pode negar que a vida é muito curta pro adeus". E que "se a gente sempre deixa o coração controlar o que está na mente é porque tem tem medo de que este coração possa se partir..."- tudo isso num ritmo dançante, delicioso.
E é pra levantar um pouco o astral deste início de 2022 que minha Quinta da Saudade vai dividir este hit com vocês. Tá difícil ouvir o coração neste país...
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