Pular para o conteúdo principal

Quinta da Saudade: a primeira vez que prestei atenção na banda

 



Foi a primeira vez que prestei atenção na banda.

Eu tinha nove anos, já gostava de música, era noveleira e conhecia Oswaldo Montenegro por "Lua e Flor", música tema de Sassá Mutema - personagem do fabuloso Lima Duarte em Salvador da Pátria. Tinha a fita cassete de Oswaldo, e aquele saxofone naquela melodia triste já tinha o dom de me emocionar.

No mês do meu aniversário meu pai comprou dois VHS da Globo Video: um filme das Paquitas com Sérgio Malandro e outro com o título "Oswaldo Montenegro e Banda". O show fora gravado na sala Villa-Lobos em Brasília.

 Fiquei hipnotizada. A banda era formada por músicos como Sergio Chiavazolli; Dunga; Deto Montenegro; Mongol (o Arlindo de quem virei fã pelo Akundum); Pedro Amorim; Eduardo Costa; Milton Guedes e  as meninas (me perdoem mas não me lembro do nome de vocês) que pareciam fadas, comandadas pela flauta mágica da rainha delas: Madalena Salles.

Eu, criança vi uma magia naquele palco, uma sincronia orquestrada pelo Menestrel : todos tocavam e  cantavam em harmonia, parecia ter um encanto ali entre eles. Dentre as músicas do repertório "Estrelas"; "Drops de Hortelã"; "Samba da Benção"; "O Gago"; Chutando Lata (que depois o Akundum transformou em Reggay); "Léo e Bia";  "Cada irmão"- Raças e Credo, uma versão de José Alexandre (que ganhou o último The Voice +) para a canção de Bob Marley e um belíssimo instrumental chamada "Bruna, a Enviada" com Oswaldo no teclado e Milton Guedes no sax.

Vendo aquilo pensei: deve ser muito gostoso fazer parte dessa turma. Foi paixão à primeira ouvida. E hoje minha quinta da saudade vai dividir com vocês uma de minhas favoritas que também estava neste "set list" : " Taxímetro".

Quem nunca sonhou em ser uma Menestrel?




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), gostava mu

Black Jack celebra o amor em forma de rock'n'roll

Black Jack - banda taubateana conquista fãs no Vale do Paraíba e anuncia o lançamento do videoclipe do single "Celebrate Love" para setembro  Foto: Ian Luz Guitarras e bateria anunciam o fim de uma era de intolerância. Hora de praticar o bem ao próximo e quebrar o ciclo de vingança e de ódio. Um chamado para os fãs do bom e velho rock and roll . Este é o tema de "Celebrate Love", música da banda taubateana Black Jack, lançada no dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock. Em setembro - próximo mês - será lançado o videoclipe da canção,  o single pode ser encontrado  em todas as plataformas digitais. A história do grupo começou em 2009, na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba, quando cinco amigos, todos com catorze anos, estudantes da escola Balbi- Unitau se reuniram e resolveram fazer um som. Desde então a banda passou por algumas mudanças e  atualmente, apenas dois integrantes originais ainda continuam na banda, Caio Augusto Rossetti  (baterista e backing vocal) e John

Entrevista: A Dança existencial de Sterce

  Fusão - Misturando Indie, Synth Pop e Alternative, cantora paulistana celebra o lançamento de seu terceiro single Foto: Divulgação A cidade de São Paulo ao anoitecer é um espetáculo para quem gosta de observá-la. Uma mistura de ritmos e luzes, com os sons dos carros e as iluminações dos prédios. E é da capital que nasceu Isabella Sterce, cantora e compositora que adotou o sobrenome como nome artístico. A artista de 21 anos busca por meio de sua música toda inquietação da juventude, trazendo à tona temáticas como sonhos, brevidade da vida e emoções diversas, abordando tudo o que não se vê mas se sente, misturando sonoridades e letras vezes melancólicas, vezes nostálgicas. Hoje a cantora lança "A Dança" seu terceiro single em todos os streamings, uma música que fala sobre a vulnerabilidade de existir em meio ao caos e sobre encarar a jornada da vida como se esta fosse uma coreografia a ser desenvolvida. Além do single entra no ar o videoclipe que pode ser conferido no canal