A banda ucraniana de metal progressivo Jinger anunciou na semana passada o cancelamento de sua participação na turnê "Knotfest Roadshow", da norte-americana Slipknot. Porém a decisão tem um motivo nobre: apoiar militares e civis de seu país que desde 24 de fevereiro é atacado pelos russos. A banda recebe o apoio da gravadora Napalm Records e quem quiser colaborar pode acessar o site da banda e comprar as camisetas (We want our home back) que terão renda destinada às instituições que dão suporte às vítimas da guerra - site Jinger.
Viver em situação de guerra já não era novidade para os músicos. Em especial para a vocalista Tatiana Shmayluk nascida em março 1987 e moradora da cidade de Horlivka em Donetsk. Passou a infância fugindo de zonas de guerra e a todo momento na tensão de que algo poderia acontecer. E seu refúgio estava na música, que ouvia no rádio. E por incrível que pareça a diva do metal começou ouvindo dance music, e tinha como referência a lambada do grupo Kaoma, como declarou numa entrevista para a Revolver Magazine. Embora não falasse nossa língua se sentia feliz ao cantar os versos da banda brasileira. E foi pela MTV que conheceu Nirvana e Offspring, suas referências de rock.
O metal surgiu em sua vida quando conheceu a cantora e compositora americana Otep Shamaya, vocalista da Otep. Para ela foi uma surpresa ao perceber que uma mulher pudesse cantar com aquela força. Decidiu então que faria o mesmo.
Vegana por opção vive desde 2014, assim como os outros integrantes da Jinger, em Kiev e em agosto do ano passado lançou o álbum Wallflowers . A datas das turnês que fariam para divulgar o álbum foram alteradas. No Brasil se apresentarão em São Paulo e Limeira entre os dias 19 e 21 de maio.
Trago hoje o videoclipe de "Home Back", do álbum Macro de 2019, da banda liderada pela minha xará, que usa o peso do metal para pedir pela paz.
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