Pular para o conteúdo principal

Quinta da Saudade: Dia do Fã!


Danielle Evangelista em seu primeiro encontro com o ídolo Djavan
Foto: arquivo pessoal


 " Entra em cena, faz seu número. Faz meu gênero ser seu fã número 1. Ali no gargarejo, jogando beijo..."

A canção de Guilherme Arantes fala da relação de amor que existe entre um fã e seu ídolo. Muitas vezes os astros nem sabem de nossas existências. Mas estamos ali, na primeira fila, à espera do próximo álbum, de uma música nova, na torcida para que eles emplaquem um "hit". 

Muitas vezes ligávamos para as rádios ou gravávamos os programas de TV nos quais eles participavam. Hoje em dia a Internet facilita muito a nossa vida, mas logo no início ter um e-mail respondido pelo ídolo era como ganhar na loteria. Conhecê-los então, a realização de um sonho.

E esse sonho Daniele Evangelista, natural de Mogi das Cruzes -SP hoje moradora de Munique na Alemanha realizou, ao conhecer  o compositor e cantor Djavan. 

" A primeira vez que encontrei o Djavan foi depois do show. Descobrimos onde ele iria se hospedar e ficamos na porta do hotel, esperando e estava chovendo. Ele mandou o guarda colocar a gente para dentro, nos deixou no saguão e veio todo sorridente, na maior boa vontade. Um gentleman. Aí passei a gostar mais ainda. Ele é incrível e super humilde, trata os fãs com humanidade", lembra emocionada Danielle.

A mogiana lembra que conheceu o trabalho do músico na rádio e que a primeira música que a encantou foi "Lilás" e a medida que ia conhecendo a obra de Djavan se apaixonava ainda mais. No segundo encontro, no camarim de um show em São Paulo pôde ter novamente a oportunidade de conversar com o ídolo. Para ela, ser fã não é idolatrar e sim admirar o trabalho do artista como aprecia a autenticidade do astro. Recorda ainda da emoção que foi chegar perto dele.

"Na primeira vez, a minha sorte era que estava com minha irmã, porque ela falava por mim, fiquei sem palavras, não saía nada, eu só o admirava, deslumbrada com ele. Lembro muito do cheiro do perfume dele nessa primeira vez. Cheirava limão. Eu já gostava de limão, depois disso o cheiro passou a me remeter a ele", se emociona a fã.



A professora mogiana que "caiu no choro" em frente ao Garden Lodge
Foto: Arquivo pessoal


Muitas vezes o ídolo já não esta neste plano e ter a oportunidade de conhecer um pouco mais da história dele é gratificante. Ainda mais quando se trata de uma celebridade estrangeira e conhecida mundialmente como Freddie Mercury. A professora  mogiana Renata Souza foi em 2015 até a casa onde ele viveu em Londres, o "Garden Lodge".

" Conheci Queen pelos meus irmãos . Somos da época dos clipes do Fantástico e nos divertíamos acelerando as músicas da banda. Sempre cantei a vida toda e respiro música desde pequena, passamos isso para nossos sobrinhos. Mas a emoção de estar lá foi indescritível. Foi demais, chorava tanto que o guarda da rua foi lá nos olhar," lembra a fã de Mercury.

Eu, fã de Lulu Santos que sou e espero um dia conhecê-lo pessoalmente (porque quando estive de frente para ele tive uma pane e congelei), deixo aqui a canção que na minha opinião ilustra essa relação de amor incondicional.

"Um pro outro", ilustra essa quinta da saudade de fãs...







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.