Pular para o conteúdo principal

Eles entrevistam: Marcelo Araújo entrevista Mônica Haley



Marcelo Araújo e Mônica Haley dão o tom da entrevista de hoje 
Foto: divulgação


Hoje o Falando em Sol tem a participação mais que especial de dois colaboradores: O jornalista Marcelo Araújo ( por quem já tive a honra de ser entrevistada) que entrevistou a responsável pelo Music Generation Blog Mônica Haley. O blog de Mônica completa 15 anos, e ela foi entrevistada pelo jornalista em suas lives no Instagram.Marcelo Araújo nasceu no Rio de Janeiro em 1970. Jornalista formado pela Universidade de Brasília, já trabalhou em jornais, rádios e assessorias de imprensa. É autor dos livros Não Abra - Contos de Terror, Pedaço Malpassado, A Maldição de Fio Vilela, Testinha de Gabá e Casa dos Sons. Tem contos publicados em coletâneas no Brasil e no exterior. Artista visual, cria desenhos, pinturas e obras digitais influenciado por movimentos como o Surrealismo, o Expressionismo, a Pop Art e a Psicodelia. Desde julho de 2020, realiza no seu perfil do Instagram e em seu canal do YouTube um projeto chamado A Live. Já houve 165 entrevistas com pessoas de diversas áreas.

Boa leitura!


Marcelo Araújo -Como surgiu seu interesse por música?

Eu não me lembro muito da vida sem música, mas tenho algumas lembranças de quando era mais nova e a música já se fazia presente. Cantar os hits de Sandy & Junior com minha vizinha e achar graça quando conseguia fazer uma voz parecida com a do Junior. (Isso quando era criança. Adolescente eu migrei pro Jimmy do Matanza e até hoje gosto de letras bem humoradas.) Lembro também quando meu pai voltou do trabalho trazendo umas fitas cassetes que ele tinha gravado: Titãs, Paralamas e Roxette. Ali o estrago estava feito e eu não parei nunca mais.

Marcelo Araújo - Como você aprendeu a tocar violão e cantar?

Cantar veio primeiro. Por ser tímida, na escola me incentivaram a entrar pro coral ou teatro. Estudava em escola de freira e tudo que era missa especial a gente cantava. Tenho muito carinho por essa época.

O violão foi um pouco mais tarde. Com quase 15 anos começou a ter aula de violão 0800 na escola. O coral já tinha acabado e, de uma forma ou de outra, era um motivo de ir pra rua fora do horário de aula. Não tava a fim de festa de 15 anos e pedi um violão pros meus pais ao invés da festa.

Marcelo Araújo Você compõe?

Não é minha praia. Eu costumo brincar dizendo que já tem muita música ruim por ai e que eu prefiro não colaborar com essa lista (rs). Ao invés disso, eu opto por cantar Nando Reis, Cazuza, Zeca Baleiro e outros que pra mim tem as manhas da composição.

Marcelo Araújo- Onde você se apresenta e divulga seu trabalho?

Antes da pandemia, quando tinha oportunidade, eu fazia barzinho aqui onde moro. Com a pandemia acabei me refugiando nas lives pra não pirar. Tanto cantar quanto ir pra rua ouvir os outros cantar fez muita falta pra mim nos dois últimos anos.

Marcelo Araújo Quais seus artistas favoritos?

Essa pergunta está a cada dia difícil de responder, (porque com o tempo a lista só vai aumentando) mas hoje vou responder assim: Titãs, Paralamas, Roxette e Kid Abelha, minha base. Tenho um carinho muito grande por essa turma, mas hoje eu destacaria o Nando Reis e a Ana Cañas (pelo peso que eles têm no meu som hoje). O que eu gosto de ouvir, o que eu gosto de cantar. É do Nando a maior parte do meu repertório. É ele meu compositor favorito. E é da Ana as músicas que mais me dão trabalho pra cantar e eu tomo isso como desafio.Destaco também o Biquini Cavadão pelas inúmeras oportunidades e boas histórias que trago com eles na bagagem.

Marcelo Araújo-Você tem LPs, CDs ou ouve música no formato digital?

Amo mídia física! E tem alguns artistas que espero completar coleção um dia. Não tenho um número grande de CDs, mas eu gosto bastante e tenho os meus. Quanto à mídia digital não descarto, pela praticidade. Apesar de não assinar. Gastar eu gasto com CD e DVD.

Marcelo Araújo- Como foi a criação do blog? O que te levou a cria-lo?

Quando era mais nova eu percebi que nem sempre que tinha algum show ou alguma peça de teatro na minha cidade que este era bem divulgado (salvo de artistas famosos) e isso me instigou a criar o blog. Ajudar meus amigos da arte a divulgar seus trabalhos e ao mesmo tempo ajudar a população a se informar sobre o que acontecia no âmbito cultural na cidade.

Marcelo Araújo- Que textos você escreve?

Escrevo sobre os artistas que gosto de ouvir, biografias que gostei de ler. A ideia é essa: Nunca postar falando mal de ninguém. Ao invés de escrever mal do som que não é minha praia eu falo bem daqueles que eu admiro de alguma forma. Famosos ou não.

Marcelo Araújo. Tem algum texto que você pode destacar entre os que você escreveu ao longo desses anos?

Sempre tem! Acho que texto essa hora é igual música. Dependendo da fase da vida ou do humor do dia a gente se apega mais a um ou outro. Hoje eu lembrei aqui com carinho do texto que fiz pra ler pro Zé Geraldo ao final da live que fiz com ele. Fã que escreve tem dessas coisas. Querer que o texto chegue até o homenageado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.