Pular para o conteúdo principal

Mateus Sartori e Guilherme Ribeiro celebram os 110 anos de Luiz Gonzaga





Mateus Sartori e Guilherme Ribeiro no projeto " 110 anos de Luiz Gonzaga"
Foto: Lethícia Galo


Celebrar o aniversário e a genialidade do mestre Lua. Este é o intuito do projeto " 110 anos de Luiz Gonzaga", produzido pelos músicos Guilherme Ribeiro e Mateus Sartori. É ainda uma continuidade do álbum " Que se deseja rever", no qual revisitaram clássicos do rei do baião e que completa 10 anos. 
" Um dia nos encontramos e resolvemos a rever alguns arranjos, pensar em novas possibilidades de músicas que não estavam no outro álbum.  Devido a correria e pouco tempo nos falamos por Internet, marcamos um dia no estúdio, ficamos tocando, escolhemos quatro músicas, e as gravamos", conta Mateus Sartori
Duas das músicas escolhidas são releituras  que já foram lançadas no álbum "Que se deseja rever". As outras são novas, já apresentada em shows. Uma delas  é Pense N'eu, uma canção de Gonzaguinha para a qual buscaram novas possibilidades musicais.
Além dos vídeos musicais a partir de 12 de maio será possível conferir nas redes sociais dos músicos e no YouTube um mini documentário que vai contar sobre como os dois se conheceram, como trabalham e como foi a escolha de repertório.
" A gente sempre busca uma diversidade da obra dele. Ele era compositor mas era um grande intérprete.  Tem músicas que a gente canta que não foram compostas por ele, mas que passaram por momentos da trajetória dele. E  além do baião e forró -como ficou conhecido- mostrar ao público que ele compôs chorinhos, valsas, outros tipos de sonoridades", lembra Mateus
Segundo Sartori, a importância do "Lua" é  grandiosa para a cultura popular brasileira porque ao mesmo tempo em que ele registrava a seca no Nordeste, triste por suas necessidades, mostrava as belezas, criando um belíssimo contraponto na obra.
" Apesar de algumas canções retratarem a tristeza, ele consegue mostrar uma região poética, musical, diversa. Esta é a relevância dele para a cultura popular brasileira: nos apresenta esse lugar pelo qual a gente fica apaixonado", afirma.
O contato com a obra de Luiz Gonzaga foi desde sempre: Mateus, cantor de música popular brasileira foi levado a conhecer a obra por completo quando produziu o álbum em homenagem ao centenário do compositor. Já para Guilherme, que além de pianista é acordeonista o contato com a obra foi quase que natural.
O projeto é assinado por Mateus na produção executiva e dos shows e Guilherme Ribeiro nos arranjos, no acordeon e piano e esperam nos shows convidar artistas locais para participarem das apresentações.
" A ideia é convidarmos artistas das cidades como fizemos nos shows anteriores . No Rio de Janeiro tivemos a participação de Gabriel Grossi na gaita", adianta Sartori .
Confira hoje no Falando em Sol " Noites Brasileiras", por Mateus Sartori e Guilherme Ribeiro.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.  

Centenário Inezita Barroso

  Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura Foto: Reprodução Itaú Cultural Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "D ama da Música Caipira", por trinta anos  abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração.  Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro.  Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e art...