Hoje minha quinta da saudade terá um gosto de voltar no tempo. E não num tempo em que eu tenha vivido, mas que as integrantes do grupo mogiano "As Seresteiras" promovem para seu público.
O convite foi um tanto inesperado: iria até a minha terra natal para visitar minha família e conferir a apresentação das meninas que ao saber que estaria com elas me pediram que cantasse uma música do repertório. Desta vez seria de canções da Jovem Guarda, que sei de coração. O traje escolhido para o evento : vestidos rodados de bolinhas, pérolas e luvas, todo charme dos anos 60.
A apresentação aconteceu no Gold Snooker Bar Café que existe na cidade desde 1988 com uma decoração "retrô" e nas paredes quadros que retratam uma Mogi antiga, histórica . Foi para mim, há tempos sem cantar em público um momento mágico. Um #tbt de verdade.
Me juntei às cantoras Ana Marangoni 60, Branca Lima 76, Iraci Domingues 60 e Carmen Silvia Ferreira Bastos, 62 que estão juntas desde 2008 e se apresentam na cidade em festas, saraus, eventos particulares e nas praças cantando todo um repertório das décadas de 20, 30, 40,50 e 60 . E dependendo do pedido de quem promove o evento usam trajes das épocas . E levam além de música muita alegria por onde passam. E ainda dançam.
" Pra mim As Seresteiras foi algo muito bom. Estava triste em depressão, havia perdido o marido e comecei a procurar coisas para preencher o vazio. Aí entrei e amei, pretendo sair de lá só com as mãozinhas juntas. Foi o leque para que continuasse a viver. Seresta é minha alma, minha vida", se diverte Branca, que tem vitalidade de uma menina de 20 anos.
E quando vi essa alegria e o equipamento chegando fui ajudar as "garotas" que fazem toda a montagem de som sozinhas. Iraci com Carmen são responsáveis por cuidadosamente conectar cada fio, testar os microfones e o violão, além do IPAD que algumas vezes dá a base de acompanhamento das músicas.
" O grupo representa tudo de bom na minha vida, quando estou em algum evento é felicidade, alegria e alto astral", celebra Carmen.
Os ensaios acontecem na casa da violonista do quarteto, Ana Marangoni, que ressalta a importância de se fazer arte e dividir com as pessoas a cultura de um tempo.
" É como voltar no passado com canções e vestimentas maravilhosas , chiques, trazendo todo o romantismo de uma época", conta a também professora.
E quem quiser conferir esse "tbt "que só a música pode promover poderá conferir neste sábado 28 de maio na "Mogi feita à mão-feira de artesanato" que acontecerá na Vila Hélio. Ou se inscrevam no Canal do Youtube As Seresteiras
Minha Quinta da Saudade vai para abril deste ano, quando me diverti com essas artistas maravilhosas. Porque todos nós podemos fazer arte. Ela é de fato democrática. A música é "Pobre Menina", uma versão de Leno para "Hang on Sloopy" interpretada pelo grupo The McCoys.
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