Pular para o conteúdo principal

Especial Blues Dellas: Nina Molina

 


 Nina Molina : voz do soul para a alma
Foto: Reprodução Instagram


Há algum tempo li na revista Superinteressante que quem se  arrepia ao ouvir uma música possui conexões especiais no cérebro enquanto processa as combinações das notas. Uma injeção de dopamina, mesma sensação de se fazer amor, chamam de orgasmo na pele.

 E foi exatamente o que ocorreu quando ouvi " At last" imortalizada na voz da diva Etta James na interpretação de Nina Molina, quinta entrevistada do "Especial Blues Dellas". Também pudera. Nina, que se divide entre a música, a astrologia e terapias da alma  é intensidade pura: signo de câncer, ascendente em câncer e lua em áries -  emoção sem freios em forma de arte. Digamos que de "soul" ela entende.

A cantora de 32 anos nascida na capital teve seu primeiro contato com os palcos muito pequena, aos 5 anos no ballet. Na adolescência canalizou sua intensidade no teatro e somente aos 24 se encaminhou para a música: gravou o CD “Inside out”, no qual fez  uma homenagem para as  divas do blues, soul e R&B . Sua escola musical tem como referências   Nina Simone, Etta James, Joss Stone, Amy Winehouse, Alicia Keys, Koko Taylor e Danielle Nicole.

"O Blues me toca profundamente, primeiramente por sua origem e história, depois pelas letras que são sempre muito emocionadas, sentidas e às vezes 'doídas'. As representantes femininas do Soul e do Blues trazem um quê de força e poder que me toca muito também".

Nina, que mostra todo o poder feminino por meio de suas interpretações se define como uma cantora que gosta de sentir e expressar esse modo sentir, de uma forma que honre a criação por trás de cada música. Porém, para ela é nítida a exclusão da mulher no meio musical, um espaço ainda marcado pela hiperssexualização.

" É bem notória a exclusão por ser mulher, no universo da música, ou por de certa forma só 'termos lugar' se nos abrirmos para o apelo sexual do feminino, algo que tem muito espaço na música, infelizmente", lamenta. 

A artista ainda ressalta a importância do Blues Dellas para o empoderamento e fortalecimento do cenário musical feminino no Distrito Federal.

"O Blues Dellas é um evento extremamente importante porque populariza o Blues e o Jazz na voz e interpretação de mulheres, exalta composições femininas ou grandes representações femininas, que alavancaram composições masculinas. Além de ser um movimento de fortalecimento nosso, das mulheres, na cena musical Brasiliense, algo que raramente vemos acontecer", comemora.

Conheçam mais do trabalho de Nina em suas redes sociais e em seu site :https://www.anamolina.com.br/ ou em seu canal no YouTube Nina Molina.

Hoje a "Doutora do soul " vai tocar vocês, leitores do Falando em Sol com a releitura de "At Last"...






Comentários

  1. Maravilhoso!!! Que sensibilidade! Amei demais ❤️❤️❤️❤️❤️

    ResponderExcluir
  2. Ficou excelente. A Nina é talento e beleza infinita!

    ResponderExcluir
  3. Minha prima arrasa ❤️ 😘Teinha

    ResponderExcluir
  4. Talento e brilho numa voz rara

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.  

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Centenário Inezita Barroso

  Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura Foto: Reprodução Itaú Cultural Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "D ama da Música Caipira", por trinta anos  abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração.  Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro.  Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e art...