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Aldir Blanc: " o show de todo artista tem de continuar"



Um dos maiores letristas do país
Foto: Alaor Filho/ Estadão




 Hoje está em votação a derrubada dos vetos às leis de incentivo à cultura -  a Lei Paulo Gustavo ( PL 73/21) e a Lei Aldir Blanc (14.017/20). Grande parte dos projetos que foram entretenimento do público durante a pandemia só foram possíveis graças à lei emergencial Aldir Blanc. 

Para que se possa produzir um show, uma live, uma exposição ou apresentação de teatro é necessário que exista uma verba para os profissionais envolvidos e até mesmo para o aluguel dos equipamentos  necessários. O setor cultural emprega 5 % da população brasileira. Importante lembrar que não é só o artista do palco: existe uma engrenagem por trás de cada espetáculo. Técnicos de luz, som, roadies, camareiras - que são chamados de backstage. 

Quando investimos em cultura, investimos em educação afinal ela não acontece só na sala de aula. Mas quem foi Aldir Blanc?

Um carioca, nascido em 1942, letrista, cronista, médico que largou a carreira na saúde para se tornar compositor. Compôs mais de 600 canções e teve como grande parceiro o músico João Bosco. Infelizmente partiu em maio de 2020 em decorrência do COVID. 

Para que conheçam e possam refletir a importância dele para nossa cultura vou dividir com vocês 5 canções de sua autoria.


"De frente pro crime", parceria com João Bosco fala sobre a indiferença do ser humano diante da violência. 

" E daí..."


Esta música já apareceu aqui com Nana Caymmi. Mas amo de paixão, "caio no choro" quando escuto e vou compartilhar agora com Blanc. "Resposta ao Tempo" é minha xodó.


"Incompatibilidade de gênios" narra uma relação bem tumultuada. Um desabafo masculino (rs)...


" Era chato ser a outra eternamente com encontros marcados por coisas do tipo eu subo na frente".
Diz "Dois bombons e uma rosa"-  a despedida de uma amante.



  O Hino da Anistia, que representou os artistas e intelectuais exilados era de João Bosco e de Aldir Blanc. " O bêbado e o equilibrista" lindamente interpretado por Elis Regina traz a mensagem deixada pelo o letrista e agora nome da lei que amparou os artistas durante os dois anos de pandemia.
" A esperança equilibrista 
  Sabe que o show de todo artista
  Tem de continuar..."












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