Pular para o conteúdo principal

Conheça Sinais, novo EP da Outros Oitos


Sinais - mensagens ligadas a espiritualidade são temáticas do lançamento da taubateana Outros Oitos
Foto: Bruno Cunha



Buscar evidências da existência de vida após a morte em sinais do dia a dia. Parece enredo de uma série mas é uma das temáticas de "Sinais", novo EP da banda Outros Oitos que estreou hoje à meia noite em todas as plataformas de streaming. A banda de Taubaté é formada por  Rogério Pereira (vilão, guitarras e vocal); Tiago Enéas (guitarra); Jefferson Morgado (vocais e baixo) e Fabrisio Ribeiro (bateria) e teve início do ano 2000 na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba. 
" Este é o nosso quarto álbum. Para construir este caminho de música autoral como artista, para ter essas músicas todas que compus, que produzi  junto com meus amigos todos esses anos foi de muito trabalho, mais de vinte anos de luta. Hoje em dia temos uma facilidade quanto a instrumentos, estúdios e gravações graças à tecnologia, antigamente era mais difícil. Me sinto feliz em poder cumprir nossa 
missão como artista", comemora o compositor Jefferson Morgado. 
O EP traz duas músicas compostas por Morgado - Sinais, que dá nome ao álbum, traz a busca  de um significado filosófico sobre a nossa existência neste universo. Escrita em 2018, fala sobre encontrar sinais de vida após a morte no dia a dia das pessoas.
" Sinais foi feita há um bom tempo, fala de vida após a morte, um sujeito encontra sinais de alguém que se foi, o que faz com que ele volte a acreditar num mundo fora do nosso. A canção foi feita em 2018 e veio direto, com melodia do meu subconsciente. Direto do papel gravei no celular e  passei para o pessoal da banda,  e a gente já começou a trabalhar a música. Daí veio a pandemia logo depois, e o trabalho ficou pendente", lembra o músico.
E foi durante a pandemia do coronavírus que os integrantes da banda resolveram dar uma repaginada nas canções que tinham uma levada "hard rock". Trouxeram para elas outros elementos presentes em suas referências musicais como o "pop rock" e o "sertanejo", com uma melodia linear e com mais vocais.
Em Olhos do Ocidente- composta em 2017- a guerra é retratada sob a perspectiva de quem se coloca no lugar de quem se sensibilizou profundamente  com a Guerra da Síria. 
"Eu tinha visto a foto de alguns refugiados de guerra e uma me chamou atenção: uma criança refugiada morta na praia. Esta foto ficou famosa no mundo e me impactou. Ficou na minha cabeça e me imaginei no lugar daquela família. Tenho a minha, meus filhos e pensei como deve ser ter de abandonar sua casa, seu lar, colocar sua família num bote e ter de deixar seu país. O tema ficou na minha cabeça e quando tive a oportunidade de começar uma música coloquei o que senti na letra. Irmãos que sofrem agora nesse momento e a gente não tem consciência disso, precisamos pensar no outro, sentir a dor do próximo de alguma forma", reflete.
O EP "Sinais" está disponível em todos os streamings e foi gravado no Container Estúdio em Taubaté. A distribuidora responsável é a Tratore.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.  

Centenário Inezita Barroso

  Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura Foto: Reprodução Itaú Cultural Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "D ama da Música Caipira", por trinta anos  abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração.  Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro.  Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e art...