Pular para o conteúdo principal

Evandro dos Reis lança álbum "Janelas"com show no Sesc Mogi

Janelas - Ijexá, bolero e forró embalam rimas sobre saudade e amor em lançamento que acontecerá amanhã (1ºde dezembro) no Sesc Mogi 
Foto: Cristiane Ganaka


Há não muito tempo, as janelas das casas davam direto para a rua. Nestes espaços, as pessoas se encontravam e conversavam. Muitas vezes, cantavam. O cantor, compositor e multi-instrumentista Evandro dos Reis, de Mogi das Cruzes, recria este cenário. No álbum ‘Janelas’ ele canta rimas sobre saudade, sobre amor e sobre a vida, em ritmos que homenageiam a música nacional, como samba, ijexá, bolero e forró. O lançamento do disco está previsto para o próximo dia 2 de dezembro, mas antes, será realizado um show presencial, no Sesc Mogi, às 20 horas do dia 1º (quinta-feira).

No palco, se apresentam, ao lado de Evandro, Vitor Arantes no piano e synth, Helô Ferreira, no violão e guitarra, Vanessa Ferreira no contrabaixo e Kau Caldas, na bateria. Juntos, estes artistas vão apresentar um repertório não apenas de músicas, mas de sentimentos. Faz parte da playlist o primeiro single disponibilizado ao público, em maio de 2020. Em ‘Na Ponta’, a mensagem é dançante, de amor. Com esse refrão fica clara como será toda a experiência: “Beira do mar, foi que se deu / O tempo parado olhando o bailado de você mais eu / Ponta do sol, como esquecer / A trama envolvida na dança da vida de eu mais você”.

E o público se quiser, vai poder dançar bastante. Alegria e ritmo comandam as faixas "Dona do Sonho" e "Alto Lá". E os ouvidos mais atentos vão encontrar relação de carinho entre as letras e o mar, com menções a uma sereia cujo canto guia e “em todo sonho aparece sempre festeira / é sempre a mulher mais guerreira / e no seu abraço vem me guardar” e também referência a “águas a perder de vista / ondas a me cortejar / mas quanto vale a conquista do homem que sonha em vencer o mar”.

"Janelas" é um reflexo da vida, um olhar sobre sentimentos e experiências. E sendo assim, há momentos mais íntimos, como em ‘Melhores Amigos’, que troca a sonoridade do samba por algo mais cadenciado, que reflete sobre o “mundo corriqueiro” e a espera de uma luz que se esvai. E o mar segue presente, como se embalasse um mergulho interno em versos “como no mar um veleiro / pois não há nada que possa, na escuridão, se tornar verdadeiro”.

A diversidade de temperos não acaba aí. Em "Molto Romantico", versão em italiano da canção ‘Muito Romântico’, de Caetano Veloso, Evandro dos Reis apresenta um clima sedutor. É reflexo da experiência dele com a Orchestra di Piazza Vittorio, com a qual tocou em diferentes países.

No Sesc Mogi, a canção ‘Janelas e Parapeitos’ fornecerá a explicação para ligar tudo isso. Foi ali, nas janelas e parapeitos que, durante a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, o artista assistiu a muita coisa. E não se limitou ao caráter passivo. Ele decidiu fazer algo: transformou em música o que sentia.

Assim surgiram rimas sobre o que Evandro via, como “cenas do mesmo episódio / narrativas de circo e de trigo / nas corridas sem prêmio e sem pódio”; e o vislumbre de pessoas que “também dançam, cantam, poetam / é o milagre, é a sobrevivência / é a cena mais forte que o meu peito suporte”.

O show do Sesc Mogi funciona como um grito. Finalmente será possível cantar, a quem quiser ouvir, tantos sentimentos que foram gravados em 2020 em encontros virtuais, com cada artista gravando na própria casa. E por ser assim o repertório não se limita a este trabalho e inclui também músicas de outros projetos do artista, que complementam o leque de emoções.

Para ouvir, é só chegar no Sesc Mogi, já que não há a necessidade de retirar ingressos. E vale ficar de olho nas redes sociais do artista (_@evandrodosreis_), pois mais informações serão divulgadas por lá.


Serviço

Show de lançamento do álbum ‘Janelas’, de Evandro dos Reis, no Sesc Mogi

 1º de dezembro (quinta-feira), às 20 horas

 Sesc Mogi (Rua Rogerio Tacola, 118 - Socorro, Mogi das Cruzes/SP

Evento  Gratuito (sem necessidade de retirada de ingressos)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), gostava mu

Black Jack celebra o amor em forma de rock'n'roll

Black Jack - banda taubateana conquista fãs no Vale do Paraíba e anuncia o lançamento do videoclipe do single "Celebrate Love" para setembro  Foto: Ian Luz Guitarras e bateria anunciam o fim de uma era de intolerância. Hora de praticar o bem ao próximo e quebrar o ciclo de vingança e de ódio. Um chamado para os fãs do bom e velho rock and roll . Este é o tema de "Celebrate Love", música da banda taubateana Black Jack, lançada no dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock. Em setembro - próximo mês - será lançado o videoclipe da canção,  o single pode ser encontrado  em todas as plataformas digitais. A história do grupo começou em 2009, na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba, quando cinco amigos, todos com catorze anos, estudantes da escola Balbi- Unitau se reuniram e resolveram fazer um som. Desde então a banda passou por algumas mudanças e  atualmente, apenas dois integrantes originais ainda continuam na banda, Caio Augusto Rossetti  (baterista e backing vocal) e John

Entrevista: A Dança existencial de Sterce

  Fusão - Misturando Indie, Synth Pop e Alternative, cantora paulistana celebra o lançamento de seu terceiro single Foto: Divulgação A cidade de São Paulo ao anoitecer é um espetáculo para quem gosta de observá-la. Uma mistura de ritmos e luzes, com os sons dos carros e as iluminações dos prédios. E é da capital que nasceu Isabella Sterce, cantora e compositora que adotou o sobrenome como nome artístico. A artista de 21 anos busca por meio de sua música toda inquietação da juventude, trazendo à tona temáticas como sonhos, brevidade da vida e emoções diversas, abordando tudo o que não se vê mas se sente, misturando sonoridades e letras vezes melancólicas, vezes nostálgicas. Hoje a cantora lança "A Dança" seu terceiro single em todos os streamings, uma música que fala sobre a vulnerabilidade de existir em meio ao caos e sobre encarar a jornada da vida como se esta fosse uma coreografia a ser desenvolvida. Além do single entra no ar o videoclipe que pode ser conferido no canal