Esperança - Caixa de Pandora aberta pela Big Charles Band no Theatro Vasques de Mogi das Cruzes encantou plateia com hits de décadas passadas e fé num futuro de muito amor e música
Fotos: Haira Pereira
No final de julho de 2021 entrevistei Célia Fonseca e Carlos Mello no IGTV do Falando em Sol. Foi uma live de entrevista divertidíssima, contamos histórias e lembramos de hits que marcaram as décadas de 80 e 90.
Ali falamos ainda sobre os riscos da pandemia e combinamos que assim que todos estivéssemos devidamente vacinados esse encontro seria pessoal, para celebrar a vida com a Big Charles Band.
E dois anos depois o combinado foi cumprido : e lá estava eu acompanhada de mais três amigas na porta do Theatro Vasques em Mogi das Cruzes para curtir a banda.
O nome do espetáculo já era um convite curioso. Afinal de contas a Caixa de Pandora na mitologia grega era um local onde os deuses depositavam todas as desgraças possíveis e imagináveis no mundo: entre elas a guerra, a discórdia, doenças do corpo e da alma. Um único dom guardado ali poderia salvar o mundo: a esperança.
E logo na entrada do teatro, uma caixa com um pedido para que depositássemos nossas músicas favoritas para que fossem sorteadas e intercaladas no repertório da banda formada por André Mello (acordeom, teclados e vocais), Carlos Mello (guitarra, violão e vocais), Célia Fonseca (vocais), Rafael Pereira (bateria), Flávia Caruso (percussão), Fernando Goor (baixo) e a participação de Maira e Raimi como backing vocais.
Abrindo a noite a música "Perigosa", de Nelson Motta e Rita Lee que ganhou a interpretação irreverente das Frenéticas deu o tom do que viria pela frente. A cada vez que a caixa era aberta e o pedido feito, ao contrário da caixa mitológica não saiam tragédias. Apenas muitas saudades, e canções como "De volta pro aconchego", " Supicious Minds", "Sociedade Alternativa", " Naquela Mesa" e outras que marcaram as vidas dos que estavam na plateia.
Como de costume os músicos chamaram ao palco fãs, que já os acompanham há anos para cantar com eles suas favoritas. Uma delas foi Rose que impressionou a todos com sua releitura de " What's Up?", da 4 Non Blonds. Depois foram as três Marias: a fofíssima Isabela que tomou conta do palco com " Pra ver se Cola" , de Michael Sullivan e Paulo Massadas; a Flor que relembrou " Sonho de Amor", também da dupla Sullivan e Massadas e a senhora Maria Mello, mãe de Carlos e André, que encantou a todos interpretando "Fascinação", arrancando lágrimas de um teatro abarrotado com direito a placa na porta: lotado, ingressos esgotados.
No fim do espetáculo, a percussionista Flávia Caruso dominou a cena com suas castanholas e fomos surpreendidos por André Mello caracterizado como Ney Matogrosso cantando "Bandoleiro". Uma homenagem para seu ídolo, que acabou de completar 82 anos de uma forma delicada e emocionante, ainda mais quando chamou ao palco o sobrinho, também maquiado como o astro dos Secos e Molhados. Dançando "O Vira", arrastou as crianças presentes pelos corredores do Vasques hipnotizadas pela magia da canção.
Na última música, "Rivers of Babylon", artistas mogianos que partiram para outro plano foram homenageados em um telão. Agora nos iluminam lá de cima.
Impossível voltar para casa da mesma forma que saí. Contagiadas pela "esperança" da Caixa de Pandora seguimos- minhas amigas e eu- pelas ruas da cidade, confiando num futuro melhor, com música, claro.
E por isso hoje, na Quinta da Saudade, quero compartilhar com vocês um pouco do que foi a apresentação de sábado.
Com vocês, a Big Charles Band!
Muita gratidão a Tatiana Valente e ao Falando em Sol por esta matéria tão importante para o nosso trabalho ! André Mello. ♥
ResponderExcluirSempre nos surpreendemos com esses artistas maravilhosos. Fãs desde sempre.
ResponderExcluirMaravilhosa matéria, para uma banda espetacular! Gratidão, a noite foi mágica! 👏👏👏
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