Pular para o conteúdo principal

Drama em Crise mistura música experimental e existencialismo em primeiro videoclipe


Música experimental- Formada por mogianos radicados em São Paulo, Drama em Crise mistura rock com outros ritmos em letras que abordam temas existenciais 
Foto: Danilo Sevali


Aproximadamente cinquenta quilômetros separam Mogi das Cruzes de São Paulo. Dependendo do trânsito, em cinquenta minutos chegamos na capital. Mas o que acontece se reunir um grupo de artistas mogianos inquietos radicados em Sampa?
Uma banda, é claro. Com uma sonoridade "sem modelo ou fórmulas prontas" nasceu a "Drama em Crise" que tem em sua formação Gabe Fortunato  (guitarra e voz); Sérgio Jomori (baixo); Leo Zocolaro (bateria) e Guilherme Araújo (flauta).
" O Drama em Crise nasceu no final de 2019. Cada integrante tinha uma banda própria antes, então o Drama em Crise foi formada por dissidentes de outras bandas de Mogi. Eu era do Falso Vetor, Gabe era de uma banda chamada Baixo Clero, que tocou muito em Mogi também, e o Leo de uma banda chamada Slowmind. Enfim aí em 2019 a gente se organizou e chamou o Guilherme que é flautista para tocar na banda, e a gente faz um som que gosta de chamar de rock experimental, música de guitarra, baixo e bateria, que é um formato padrão e clássico do rock, mas ao mesmo tempo a gente é ligado em outros ritmos que a gente gosta de incorporar em nossas composições, tipo jazz, música brasileira e, enfim outros subgêneros do rock, post punk, punk rock também estão ali nas características de nosso som", conta Sérgio.
O nome Drama em Crise teve como inspiração uma teoria do teatro chamada de "a crise do drama", uma necessidade histórica de se trazer luz à arte e o grupo tem como um de seus objetivos explorar temas próprios das vidas dos integrantes com uma forma experimental de se fazer música. O plano de lançar um álbum surgiu logo no início da formação da banda, mas foi interrompido pela pandemia.
" Fizemos uma série de show por Mogi, a gente estava em um caminho legal, trilhando, prestes a entrar no estúdio para gravar nosso álbum e o que aconteceu? Veio a pandemia e interrompeu nossos planos. Só agora em 2023, depois de dois anos de pandemia, mais um ano de reorganização e replanejamento do álbum, a gente está lançando ele. Acabamos de lançar um videoclipe e daqui um mês o álbum completo, que também vai ter o nome da banda".
"Vertigem"", música escolhida como primeiro single teve seu videoclipe gravado em Pompéia, bairro de São Paulo e outra parte no Centro da "terra da garoa". Ao falar sobre "uma angústia existencial frente a vida no capitalismo e rotina exaustiva", a letra resume a banda, e essa definição é deixada clara nas características audiovisuais do video. Nesta canção contam com o saxofone de Luís Guimarães.
" Não fazemos uma arte bem definida. Sentimos que a forma 'atual' da música, seja do rock, da música brasileira ou de outros ritmos e estilos não comporta as mensagens e sentimentos que temos a necessidade de expressar", concluem os músicos.
Enquanto o álbum não é lançado convido vocês leitores do Falando em Sol para conhecer o videoclipe de "Vertigem", single da Drama em Crise.
 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.  

Centenário Inezita Barroso

  Centenário - pesquisadora de nossa cultura popular, Inezita reunia gerações em seu programa exibido todos os domingos pela TV Cultura Foto: Reprodução Itaú Cultural Ontem, dia 4 de março, foi celebrado o centenário de uma mulher, que enquanto esteve aqui, neste plano, viveu por e para a música brasileira: Inezita Barroso. Conhecida como  a "D ama da Música Caipira", por trinta anos  abriu as portas de seu programa Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura, para receber artistas da velha e nova geração.  Nascida Ignez Madalena Aranha de Lima no ano de 1925 na cidade de São Paulo adotou o sobrenome Barroso do marido. Foi atriz, bibliotecária, cantora, folclorista, apresentadora de rádio e TV.  Segundo a neta, Paula Maia publicou em seu Instagram, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de habilitação e viajou por todo país para registrar músicas do folclore brasileiro.  Recebeu da Universidade de Lisboa o título de honoris causa em folclore e art...