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Homenagem para Dorival Caymmi chega em todas as plataformas

 


Memória- Jornalista Célio Albuquerque conta em canção feita com Márcia Tauil e Rildo Hora a lembrança de seu encontro com o compositor Dorival Caymmi
Fotos: Paulo Thomaz
Capa/ Arquivo Denise Caymmi




O " acaso", ou a "arte do encontro', parafraseando Vinícius de Moraes fez com que o jornalista e letrista Célio Albuquerque um dia se encontrasse com Dorival Caymmi. Muito amigo de Denise, neta do compositor baiano, foi convidado para um coquetel de lançamento do CD de sua mãe Nana, na churras caria Mariu's, no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. Porém  Célio teria de ir acompanhado de Carlos Henrique, na época casado com Denise. No caminho para o evento, Carlos o avisou de que teriam de passar no "velho".

" O dia que vi Caymmi não teve nada de especial mas, teve tudo de especial. Quando o carro parou e Carlos Henrique abriu a porta era ele mesmo: Dorival  Caymmi. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Muito afável, começamos a conversar sobre a capa do disco Canções Praieras, Carybé. O percurso entre a casa de Caymmi e a churrascaria era curto, mas meio complicado. Foram poucas palavras, mas, certeiras no ouvido daquele fã que nunca havia imaginado que isso seria possível", lembra Albuquerque.

Aquela cena ficou registrada em sua  memória. Durante alguns anos o jornalista fez repetidas postagens, praticamente com o mesmo texto, contando o dia que andou de Fusca com um dos fundadores da moderna música brasileira. Este ano, Rildo Hora se ateve ao texto e achou que daria uma letra para uma canção em homenagem ao mestre Caymmi. O texto estava grande e então Célio pediu para a cantora e compositora Márcia Tauil auxiliar na adaptação da letra e para sua gravação contaram com artistas convidados : Felix Junior, violinista radicado em Brasília, como Márcia, foi o primeiro. " " " Resolvemos convidar mais dois amigos que além de serem pessoas genais, tem um talento especial para dar molho nas canções: o trombonista Marlon Sette e o percussionista Marcos Suzano. Sem modéstia, ficou muito legal” resume Célio Albuquerque.

" Caymmi é para mim a essência de um Brasil agradável, quente, malemolente. Vejo-o como um precursor da Bossa, da MPB, da Música Moderna. Sua Obra é fundamental. Homenagear Caymmi é mister, Trazê-lo à luz para as gerações atuais é uma necessidade para a cultura de nosso País", celebra Márcia Taiul.

O Falando em Sol compartilha hoje com vocês " O Dia que vi Caymmi", lançado no dia 15 de dezembro e disponível em todas as plataformas.







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