Pular para o conteúdo principal

Georgia W. Alô traz " Etta, Aretha!" para o Blue Note São Paulo

 


 Blue Note - Georgia W. Alô traz "Etta, Aretha!" para público de São Paulo na próxima quarta-feira  23 de janeiro
Foto: Mara Rodrigues

Depois do sucesso de público no Clube do Choro de Brasília, os paulistanos terão a oportunidade de se emocionar com a cantora brasiliense Georgia W. Alô. Na próxima quarta-feira ela e sua banda trarão para o  Blue Note São Paulo o show "Etta, Aretha",  com os grandes sucessos das divas da soul music americana Etta James e Aretha Franklin.

"ARETHA e ETTA sempre foram as minha grandes referências e inspirações na música. Foram artistas a frente do seu tempo, inovadoras e mulheres transgressoras, livres que enfrentaram com coragem o machismo do show business e na vida. Lutaram muito e alcançaram a consciência do seu papel não só na música, mas em relação a luta dos direitos civis dos negros americanos, entre outras causas que abraçaram. Esperei o tempo de compreensão da dimensão delas e de minha maturidade vocal e emocional para encarar um tributo dessa magnitude. Queria fazer honrando o legado delas e com responsabilidade e qualidade", conta Georgia.

No repertório do tributo estão  clássicos como" I say a little prayer" ;"At Last"; "Respect" e  "Something’s gotta hold on me ", que ganharão a interpretação única e visceral de Georgia,  acompanhada pelos músicos Stanley Wagner  (guitarra); Sandro Jadao  (baixo); Luís Gustavo (bateria) e  Moisés Alves (teclado).

Mas o que poucos sabem é que a história de Georgia W. Alô com a música começou na mesma idade de Aretha e Etta, que ainda pequenas, entre os 5 e 6 anos  sonhavam, de frente a um espelho, em um dia mostrar ao público a imensidão de suas vozes. Da alma para o mundo. E foi distante de sua terra natal que a brasiliense teve seu primeiro contato com a música, ainda muito pequena se mudou para Alemanha com os pais,  funcionários do Itamaraty.

"  O primeiro contato com a música foi da época da escola, desde os meus 6 anos, na Alemanha onde a matéria música era obrigatória. Ouvíamos peças clássicas e música popular alemã da época na aula de música, além de ternos teoria musical e cantarmos em sala de aula.  Comecei a cantar  na escola e em casa cantava em frente ao espelho. O primeiro palco cantando sozinha foi aos 15 anos quando cantei Madonna para uma festa dos diplomatas brasileiros, em Berlim, Alemanha", se recorda.

 Desde então vem colecionando apresentações em locais como o Carnegie Hall em Nova York e o Clube do Choro em Brasília.  Georgia participou de uma colab com o compositor e arranjador Leandro Braga, indicado ao Grammy Latino. Em 2021 deu início ao seu trabalho autoral , disponível em todas as plataformas   e no canal https://www.youtube.com/@GeorgiaWAlo-bl2hs , onde mostra toda sua afinação e entrega - tal qual as grandes divas do jazz-  em canções como "Live My Life" ; " Stand Up (Let it Out)", um mistura de jazz e música brasileira deliciosa; "Come Here With Me". Na língua portuguesa as músicas  "Sou" e a dançante " A Batida", onde mostra toda sua paixão pela soul music.

" Cantar pra mim é mover o que está nas camadas mais profundas da nossa alma. É estabelecer uma conexão genuína e honesta com a música e a partir disso com o público ao qual levamos o nosso sentir e com o qual se dão trocas profundas, sejam elas alegres ou tristes. Sou grata por todas (as mais difíceis, principalmente) as experiências, estou em constante aprendizado, sou curiosa e tenho muita gana pela vida", conta a  mulher, mãe, esposa, artista.

Serviço

Georgia W.Alô Etta, Aretha!"

Quando: 23 de janeiro

Horário : 22h30

Onde : Blue Note São Paulo -  Av. Paulista, 2073 - Bela Vista, São Paulo

Ingressos : https://www.eventim.com.br/event/georgia-w-alo-etta-aretha-blue-note-sao-paulo-17968015/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : A Trilha Sonora de Renascer

   Crush - Marcos Palmeira foi a capa do primeiro álbum da trilha sonora da novela de Benedito Ruy Barbosa Foto: Reprodução LP  Nem preciso dizer para vocês o quanto estou feliz. Ando desanimada com o rumo que a teledramaturgia vem tomando no país. Temos ótimos artistas e as novelas dos últimos tempos não prendem minha atenção. Sou noveleira assumida. Tanto que já -tá, podem rir ou me xingar a escolha é de vocês- deixei de sair de casa e já perdi paqueras por preferir assistir ao capítulo de uma novela. Vivi o romance dos personagens e deixei o meu pra outra menina viver. Mas desde segunda-feira este coração romântico bate com mais alegria após o Jornal Nacional: a minha novela xodó Renascer está de volta, depois de 20 anos. Era uma menina  entrando na adolescência quando me encantei pelo romance do "Coronelzinho" por Maria Santa. Leonardo Vieira e Patrícia França eram lindos de se ver em cena, e os atuais protagonistas Duda Santos e Humberto Carrão me mostraram ao s...