É muito interessante o valor semântico do substantivo "guerreiro". No dicionário vem descrito como pessoa que combate numa guerra, o combatente, o soldado. Pessoas com garra, vontade de realizar algo ou que enfrentam dificuldades na vida chamamos de guerreiros. Como cantava Gonzaguinha " guerreiros são pessoas, são fortes, são frágeis, são meninos no fundo do peito. Precisam de um sonho que os tornem refeitos..."
Hoje vou contar para vocês a história de guerreiros que conheci na minha vida. Não eram soldados de guerra, não carregavam armas nem explosivos, mas lutavam por uma cidade e pelas pessoas que ali viviam. Os aparatos bélicos deles eram blocos de anotações, canetas, gravadores e máquinas fotográficas. Se preciso fosse acompanhavam enchentes, tiroteios, sequestros, acidentes, discursos de políticos com uma única missão: informar.
As palavras digitadas na barulhenta máquina de escrever eram as balas certeiras que sempre atingiam seus objetivos: dar notícias e fazer de um jornal a voz de uma cidade. Faziam da notícia a protagonista, sempre bem redigida com apuração, gramática e ortografia em consonância. Cada edição publicada era uma festa. Missão cumprida numa guerra diária. Eu ainda criança olhava para eles com admiração de quem um dia queria ser parte daquele grupo.
A marca do tempo foi inevitável: o Q.G destes guerreiros sofreu modificações. As laudas e as máquinas foram substituídas por computadores e a Internet fazia com que as informações chegassem de modo acelerado. Se adaptaram e seguiram abrindo estradas, brigando pela população daquela cidade, pela manutenção da Serra do Itapety, contando histórias sobre as festas, sobre o Divino, sobre os Carnavais, sobre a vida de Mogi das Cruzes.
Esses "guerreiros" faziam de seus trabalhos seus sonhos, e ao meu ver e ao ver dos leitores que os acompanharam ao longo desses anos eram perfeitos. Formaram jornalistas que estão espalhados por todo país - alguns fora do Brasil- e fazem deles Mestres a serem seguidos por toda vida. Escola de guerreiros e sonhadores. Como esta que vos escreve.
E é para eles que dedico hoje " Guerreiro Menino- Um homem também chora" composição de Gonzaguinha , na voz de Raimundo Fagner, lançada no álbum Palavra de Amor em 1983. É para lá que minha Quinta da Saudade irá hoje.
Emocionada. ❤️
ResponderExcluirÉ o que vi e vejo de vocês ❤️🌹🥹
ExcluirFantástico...belo texto de uma guerreira, que ali também lutou suas batalhas e venceu
ResponderExcluirQue alegria era fazer parte desse time! ❤️🌹
ExcluirCaraca...que texto. E também foi uma guerreira que lutou o blm combate...gd bj
ResponderExcluirÔ saudade dos nossos papos e cafés entre uma matéria ou outra do Caderno A !!!!!❤️❤️❤️❤️🌹
ExcluirTati, que texto lindo! Terminei com lágrimas nos olhos. Que história linda esses guerreiros, que seu texto sensível reverencia, escreveram, que você também escreveu…
ResponderExcluirÔ meu amigo. Vocês merecem todas as homenagens! Vivemos e vencemos esse combate! 🌹🙏
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