"Meu primeiro trabalho solo lançado foi “Feitiço”, música lançada no projeto “Musica por Minuto” do estúdio SigoSom, depois seguiu com “Deja Vu” e essas duas músicas juntamente com “Clariô” finalizam meu projeto “Espelho d’água” que é esse começo meu na música, composições que fui fazendo ao longo da minha caminhada com abraços e cuidados de Oxum, Iansã e Iemanjá, cada música trazendo uma em referência. Clariô eu falo sobre o afago de se sentir bem no colo de Iemanjá depois de uma longa noite de choro, se sentir inteira depois de se despedaçar pra caber em espaços pequenos demais pra nós", conta.
A cantora, compositora, poeta, produtora musical, de 26 anos, nascida em São Paulo tem também suas origens vindas da Bahia e foi criada entre o Grajaú - bairro periférico do extremo sul de São Paulo- e na Bahia na região da Chapada Diamantina e a caatinga das cidades do sudoeste. Com a família sempre muito musical, aos seis anos começou a se apresentar para as visitas na sala de sua casa.
"O começo da minha carreira veio em 2016 quando gravei em estúdio pela primeira vez com o Poeta Márcio Ricardo, então minha entrada no mundo da música se deu pelo rap, depois adentrei experimentando entre forró, MPB. Como referencia eu sempre tive Alcione, Elis Regina, Erykah Badu, Milton Nascimento muito presentes na minha vida, em técnica vocal, composição e sonoridades, fez muita diferença em como penso música", lembra Lina que ainda citou suas grandes inspirações no R&B.
" O R&B entrou na minha vida com Badu, Fat Family, Rouge (pra além dos hits), Cassiano, Tim Maia, os internacionais também, Aaliyah, Destiny’s Child, Marvin Gaye, eu ouço muita coisa (risos). Meus amigos me chamam de jukebox ambulante de tanto que escuto e memorizo. Mas sempre fui encantada com esse universo e sempre quis fazer isso, mas sempre foi uma dúvida em como misturar isso com as referências da MPB, mas a nova cena tem vindo muito forte nisso, por exemplo a Liniker que é uma grande referência pra mim desde o primeiro lançamento em 'Cru' e agora com 'Caju' também me arrebatou", afirma.
Com videoclipe de Clariô programado para o próximo mês Lina Maria celebra a importância da música como um presente, uma forma de se fazer presente no mundo além do corpo físico.
"A música pra mim representa a vida, um presente recebido, que me faz sentir presente no agora e ser presente pros outros pelas minhas letras e melodias pensadas. A música é afeto, é significar pra algo além da própria existência física, é espiralar, assim como o tempo", conclui.
❤️👏👏👏👏
ResponderExcluirEU AMEI
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