Muitos a acham estranha. Feia. Caótica. Outros encontram em meio ao concreto e sua arquitetura, que mistura modernidade e construções antigas, música e poesia. São Paulo sempre foi musa inspiradora de músicos e poetas. E foram as " Luzes da Marginal" que inspiraram a cantora e compositora paulistana Tiny Bear em seu single que antecipa seu álbum de estreia. A música chegou nas plataformas na última sexta-feira, 29 de novembro.
"Luzes Da Marginal" foi composta de uma forma muito fluida, e meio que em pequenos pedaços. ela começou ali no final de 2022 mais ou menos, quando pensei na high note que é o ponto alto da música; ela foi meu ponto de partida para composição. Dali, comecei a desenvolver a primeira demo: sentei na frente do computador, comecei a brincar com os elementos e construir a estrutura da forma que mais me agradava. foi um processo gradual, ia gravando a melodia da voz, pensava nas finalizações de frase pra escrever a letra, reposicionava os elementos, pensava em como queria o embalo dos synths e dos efeitos de maneira geral. Gravei e programei praticamente tudo entre Garage Band e Logic Pro, que é a DAW que eu uso atualmente nos meus trabalhos, mas a guitarra não 'tava' legal e ela era um elemento muito importante, daí chamei o Julio pra compor e gravar. Julio é meu companheiro e um músico de mão cheia, tem um domínio muito bem consolidado do seu instrumento e tem um fluxo de improvisação e criação que eu tenho profunda admiração. nos reunimos na minha casa- dois dias no total pra fazer as gravações- e o resultado foi o que ficou na gravação, me orgulho muito dela", conta Tiny
Com influências de rock progressivo e sintetizadores em arpeggios, a canção explora a volatilidade do desejo e os processos de crescimento. A produção, mixagem e masterização são assinadas pela própria artista, que traz suas referências musicais e interpretações únicas. Com influências diversas que variam de bedroom e dream pop, indie, pop sul-coreano, math rock e brasilidades, Tiny Bear tem em sua carreira que teve início em 2017, a busca por ser plural em suas músicas se permitindo explorar seus anseios e vivências pessoais, traduzindo-os por meio de doces melodias de sintetizadores e vocais etéreos. Atuando no mundo da produção independente, procura ainda compreender melhor quem é enquanto artista, compositora e intérprete, visando imprimir sua marca de maneira singular e autêntica.
" Toda parte de produção, programação, captação e pós-produção, então mix e master, quem realizou fui eu. Foi uma decisão bastante cabeça-dura por um lado, mas nesse projeto – e nos próximos que virão – eu quis me desafiar a fazer todos os processos pra entender como eu quero e gosto de trabalhar. e tem sido bem divertido, ao mesmo tempo que um pouco penoso (risos). Em meados desse ano quando me dei conta, a música estava pronta. ponderei muito sobre o momento de lançamento dela, se o álbum todo já deveria estar pronto na hora que ela fosse ser lançada, o que era o mais "correto" a se fazer, então houve uma certa ansiedade ao redor desse processo todo. Mas no final deu tudo certo; não tenho muito pra onde correr, é melhor feito e lançado do que eternamente esperando as condições perfeitas pra algo acontecer", conta a artista.
Comentários
Postar um comentário