Pular para o conteúdo principal

Gabriel...

 

Foto : arquivo pessoal

Em 1978 o músico e compositor mineiro Beto Guedes encomendou a Ronaldo Bastos  (responsável por maravilhosas canções como Fé Cega, Faca Amolada; Um Certo Alguém e de quem ainda vou falar muito por aqui) a letra para uma música que teria feito para celebrar o nascimento de seu filho Gabriel.

É uma música que tem uma introdução belíssima, suave e que se parece muito com uma canção de ninar ou uma valsa daquelas em que a gente chega a fechar os olhos para ouvir. Foi lançada no àlbum Amor de Índio em setembro do mesmo ano pela gravadora EMI Music Brasil que tem outras músicas bem conhecidas como a que dá nome ao disco (também parceria com Bastos), O medo de amar e de ser livre e Feira Moderna (que anos mais tarde ganhou uma versão deliciosa no acústico MTV dos Paralamas do Sucesso). 

Li no Jornal Hoje em Dia de Belo Horizonte que o hoje músico Gabriel Guedes se emociona toda vez que ouve a canção que com muito amor foi feita para ele e contou ainda com a participação de seu padrinho de batismo Milton Nascimento numa vocalise - um canto vocal sem palavras, apenas melodia sobre vogais.

Gabriel, é um nome de origem hebraica e tem como significado mensageiro de Deus. É um dos arcanjos e responsável pela anunciação do nascimento de Jesus, segundo a Bíblia Sagrada e aparece no Novo e Velho Testamento.

O que Ronaldo Bastos e Beto Guedes não sabiam é que seriam "padrinhos" de inúmeros meninos como o ator Gabriel Leone que em entrevista no programa Altas Horas contou que seu nome foi inspirado na música.

Tive contato maior na com a obra de Beto Guedes no início da adolescência pois tinha um carinho especial por uma coletânea que tínhamos em casa. Quando ouvi Gabriel foi uma decisão imediata, se um dia tivesse um filho seria este o nome dele. Pois para mim a  canção  é um resumo do que toda mãe desejaria a seu filho " pra você ser livre como a gente quis, quero te ver feliz".

E hoje dedico este post para todas as mães que inspiradas por estes artistas iluminados batizaram seus filhos de Gabriel.

 Em especial ao "meu pequeno GRANDE AMOR" que hoje completa 9 anos





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Bituca é Nosso!

Cara Academia do Grammy. Fica aqui nossa indignação pela forma como nosso Milton Nascimento foi recebido no evento de ontem. Sem mais, Tatiana Valente, editora responsável pelo Falando Em Sol.