Nasci na década de 80.
Era a mascote das turmas: das minhas tias, dos amigos de meu pai -então em casa todo dia quase era uma"festa", rodas de violão, churrascos, muitos almoços, amigos e não faltava música.
Repertório variado rolava de tudo : de MPB ao sertanejo, do Samba ao pop/rock nacional. Eu claro, ouvia muito o que tocava na rádio, já que praticamente nasci dentro de uma discoteca.
Mas como toda criança e pré-adolescente tive minha fase "boyband".
Comecei pelos Menudos e não me reprimia, dançava com eles no portunhol e cantava (eu enrolava) "Doces Beijos", e meu favorito era Robi Rosa ( imagina Rick Martin era só uma criança como eu rs).
Mais crescidinha conheci um grupo lançado por Gugu Liberato pela produtora Promoart chamado Dominó.
Pronto. Foi paixão à primeira ouvida, ainda mais por que eles chamavam pra dançar no " balanço do mar". Na época da Copa de 86, tinha até a música " acharemos o momento dentro do regulamento , chegaremos à vitória com o Gol".
Os meninos eram uma graça : Afonso, Marcos, Nill e Marcelo cantavam e dançavam com coreografias mirabolantes. Nós, meninas nos apaixonávamos e na época ainda não existia o termo "crush". Mas o meu era o belo Marcelo, e cada amiga tinha um (pra não dar briga).
Eles eram fantásticos e estavam em todos os programas e participaram de muitos filmes dos Trapalhões ( eu ia ao cinema super animada, sabia todas as músicas).
Até que em 1987 lançaram o disco que é o meu favorito, que tem o hit "P da Vida" (que eu considero atualíssima, quem não está nesse país?).
Além dessa, desfilava nas passarelas como uma "Manequim", e achava lindo Afonso Nigro dramatizar em " Ando Parado" .
Dançava pra valer com " Medusa" e em "Linha e Carretel" afinal gostava de viver na cola do grupo e eu deixava o som rolar.
Tinha uma versão triste de " Wild World" ( se bem que a música de Cat Sevens é triste) e Afonso ainda cantava com muita graça "Quando te Vi", versão de" Till There Was You", feita por Ronaldo Bastos. Mas a maioria das músicas eram versões de autoria de Edgard Poças.
Acompanhei a carreira dos meninos até a saída do Nill e último disco que ganhei foi o de 1990, que tinha a famosa" Maria, eu penso nisso todo dia".
Daí conheci uma outra boyband e me encantei pelo guitarrista dela, mas o lance foi muito rápido...
Na verdade já tinha trocado mesmo por um americano de nome Joseph Mulrey Mcntyre com uma voz aguda e que cantava " I'll be there " como Michael Jackson. Mas dessa saudade conto pra vocês outro dia.
Meu convite é pra voltar no tempo com a minha favorita deste LP : " Tudo a ver com o seu olhar", que pra minha alegria está na plataforma digital e nesse vídeo traz ainda Mussum, pois é um trecho do filme " Os fantasmas trapalhões". Uma quinta de saudade dupla!!!!
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