O primeiro contato que tive com a obra de Amelia Cláudia Garcia Collares foi quando vi na estante da sala de casa uma fita cassete cor- de- rosa bem clarinha. Era "Porta Secreta" um álbum lançado em 1980, um ano antes de meu nascimento. Ali tinha a primeira música que sem entender o significado cantava em alto e bom som pois as guitarras de Robertinho do Recife já me faziam dançar desde pequena.
Era "Gemedeira" (composição de Robertinho e Capinan), um frevo que narra uma história que para quem tinha a mente a mil como a minha já imaginava os personagens duelando no agreste nordestino "tava eu mirando a lua, veio a moça me olhar...".
Ali também conheci canções como "Foi Deus quem Fez você"(de Luiz Ramalho, segundo lugar do Festival MPB80), "Esquinas Nacionais" e Valsinha ( de Chico Buarque e Vinícius) que eu apertava a tecla preta "FF "para poder ouvir. Quando era nova achava essa tecla o máximo.
No início deste ano, descobri que "Porta Secreta" que dá nome ao álbum foi uma canção que Zé Ramalho fez de presente para a cantora, sua esposa na época e pai de seus filhos.
Amelinha começou carreira com Belchior, Fagner e Ednardo na década de 70 (ficaram conhecidos como "Pessoal do Ceará"), e veio para São Paulo estudar Comunicação Social. Tem ao longo da carreira 16 álbuns lançados. Me encantei pela forma como interpreta suas canções - para meus ouvidos canta com emoção e não sei ao certo minha favorita, pois tenho várias.
Mas hoje vou falar de "Frevo Mulher", LP lançado em 1978 que traz 4 canções que são minhas xodós...
" Que me venha esse homem", um poema lindo feito pela atriz Bruna Lombardi e que se tornou música nesse LP. " Coito das araras", da compositora Cátia de França, que vocês verão amanhã. " Dia Branco", canção de Geraldo Azevedo que é apaixonante.
E "Frevo Mulher", que segundo a lenda é a história de uma mulher que tem vários pretendentes mas que não encontrou o amor em nenhum deles. Hoje vou apertar o "backward" na minha saudade. E é para este frevo que levo vocês, neste videoclipe exibido pelo Fantástico.
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