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Colocando Bebop no Samba: Jackson do Pandeiro

 Jackson do Pandeiro completaria 102 anos se estivesse vivo.

Nascido José Gomes Filho em Alagoa Grande na Paraíba teve uma infância muito humilde e nunca foi à escola. Filho de um oleiro de de uma cantadora de coco (dança típica da região do Nordeste) teve na mãe as primeiras referências musicais : logo se tornou um tocador de zabumba. Foi um longo caminho percorrido de  muito trabalho e muitas mudanças até chegar na Rádio Jornal do Commercio de Recife na qual integrou a orquestra Tabajara e já tinha a experiência de tocar além da zabumba, bateria, bongô e  pandeiro.

Gravou o primeiro LP aos 35 anos com as músicas " Forró em Limoeiro e " Sebastiana". Uma curiosidade é sobre seu nome artístico : era um apelido inventado por ele mesmo, inspirado em um famoso ator dos filmes faroestes chamado Jack Perry. A ideia inicial era a de se chamar " Zé Jack" ou "Zé Jack do Pandeiro", mas um diretor da  Radio Commercio não achou o nome "pronunciável" e criou Jackson do Pandeiro que o acompanhou durante toda sua carreira.

Nos deixou  aos 62 anos em 1982, quando após uma temporada de shows passou mal no aeroporto de Brasília: o músico era diabético e teve complicações causadas por  embolia pulmonar e cerebral.

Trago hoje 5 canções para celebrar Jackson do Pandeiro, o rei da embolada... que eu amo .


"Chiclete com Banana" faz uma crítica clara à americanização de nossa música...


"O Canto da Ema" é  uma delícia...dá vontade de dançar...Aliás a Ema do Palácio do Planalto me representa...rs


"Sebastiana" foi o primeiro sucesso de Jackson do Pandeiro... "E gritava a,e,i,o,u..."


"O Cabo Tenório era bamba..."


Confesso que conheci Jackson do Pandeiro por meio dos Paralamas do Sucesso que em 1995 gravaram nos CDs Bora Bora e Vamo Batê Lata versões de "Um a Um" . É a segunda que vou dividir com vocês. Um destaque para a bateria de João Barone...






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