"Me ame, me odeie", quem diz é Nayara Portela, no seu novo single Só Trago Verdades, cantora e compositora de Goiânia que se mudou para Brasília há 7 anos e, variavelmente, canta sobre questões vivenciadas pela artista na Internet. Seguindo esta nova fase pop indie, Só Trago Verdades entrega sonoridade eletrônica e letra bem humorada. Sob a ótica do mundo digital "Compartilho, logo existo", a música aborda empatia, ou a falta dela, na Internet e a pressão por engajamento.
A música surfa na onda do meme viral na internet ‘trago verdades’ e faz um paralelo com a ‘empatia’ digital.
"Se eu não compartilho o conteúdo da internet, é como se eu não existisse. Temos a sensação de que não aconteceu ou de que não aproveitamos o suficiente. Sempre quis escrever algo sobre esse sentimento. Quando escrevi essa letra, estava em um momento de introspecção nas redes e falei: é hoje que eu me abro sobre isso", explica a cantora.
Com mais de 6 anos de carreira, vários discos e singles lançados nas plataformas digitais, além de vídeos no YouTube, Nayara leva suas verdades e desafios do cotidiano para as composições. Dessa vez não poderia ser diferente. Como artista, ela vivencia diariamente as dores e delícias de exibir seu trabalho artístico nas redes.
"Eu acredito neste single porque coloquei minha verdade nele. A letra é isto que eu vivo e vejo todos os dias. Acho que todo mundo sente isso, e vai se identificar", afirma Nayara.
A compositora pretende trazer mais performance para sua obra. Inclusive, o novo single vem acompanhado de uma coreografia de dança para o TikTok, a rede que mais cresce no mundo hoje. "Eu nunca fui uma coisa só. Tudo que canto faz parte de mim", responde ao ser questionada sobre a transição de estilos musicais.
"Eu sou uma artista que, quando lanço um trabalho, me aprofundo no tema, conto uma história . A ideia da música ser uma conversa entre amigos, tem essa proposta de invadir a intimidade, de eu estar tão à vontade para conversar até com bobes no cabelo", conta.
"Só Trago Verdades" sucede a faixa "Indireta", pop eletrônico sobre relacionamentos tóxicos lançado em outubro de 2021. A cantora vem desde 2017 lançando diversas músicas com muita versatilidade, da bossa nova ao samba, do xote ao pop indie eletrônico, ritmo em que celebra sua nova era "pós-acustica".
E como aqui no Falando em Sol não tem espaço para haters e engajamento só com conteúdo vamos sextar "trazendo algumas verdades"?
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