Pular para o conteúdo principal

60 anos de Arthur Maia

Comecei a prestar atenção no som produzido pelo baixo de Arthur Maia por meio dos discos do Lulu Santos. Era impossível não perceber no álbum Lulu o suingue que o baixo imprimia nas músicas. Sem contar a participação de sua voz doce no vocal de Condição.
Em 1987 fundou a banda Egotrip que contava com os músicos Nando Chagas (voz, guitarra, teclado); José Rubens (saxofone, teclados); Francisco Frias (guitarra, guitarra sintetizada, teclado, arranjos e programação de computadores) e Pedro Gil (bateria, teclado). Infelizmente a banda terminou com a morte de Pedro Gil em um acidente de carro.
Anos mais tarde me deliciei em acompanhar seu trabalho na banda de Gilberto Gil. Tem no YouTube um vídeo dele tocando Palco com o nosso agora "Imortal"  que mostra como um bom músico tem o poder de fazer com que o seu instrumento seja a personificação de sua essência. Acho que ele, que começou na música tocando bateria e só foi pro baixo aos 17 anos deu um jeitinho de mesclar o ritmo da bateria com as cordas. 
O som de Arthur Maia falava por ele. Ganhava vida, era como se tivesse voz. Infelizmente em dezembro de 2018 o músico nascido em Niterói que defendia ferozmente a cultura teve uma parada cardíaca e nos deixou.
Era muito generoso e talvez não soubesse que tinha uma fã dentre os amigos músicos feitos em Mogi das Cruzes que admirava e muito seu trabalho. 
Hoje completaria 60 anos e divido aqui com vocês um vídeo enviado por Alex Kundera de uma apresentação de Arthur Maia no Espaço Wilma Ramos em Mogi no ano de 2017. Com Kundera, Luiz Cunha e Helinho toca " Viagem ao Fundo do Ego", que fez parte da novela Mandala exibida pela TV Globo em 1988.
Viva Arthur Maia!!!!!
Bravo!




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : A Trilha Sonora de Renascer

   Crush - Marcos Palmeira foi a capa do primeiro álbum da trilha sonora da novela de Benedito Ruy Barbosa Foto: Reprodução LP  Nem preciso dizer para vocês o quanto estou feliz. Ando desanimada com o rumo que a teledramaturgia vem tomando no país. Temos ótimos artistas e as novelas dos últimos tempos não prendem minha atenção. Sou noveleira assumida. Tanto que já -tá, podem rir ou me xingar a escolha é de vocês- deixei de sair de casa e já perdi paqueras por preferir assistir ao capítulo de uma novela. Vivi o romance dos personagens e deixei o meu pra outra menina viver. Mas desde segunda-feira este coração romântico bate com mais alegria após o Jornal Nacional: a minha novela xodó Renascer está de volta, depois de 20 anos. Era uma menina  entrando na adolescência quando me encantei pelo romance do "Coronelzinho" por Maria Santa. Leonardo Vieira e Patrícia França eram lindos de se ver em cena, e os atuais protagonistas Duda Santos e Humberto Carrão me mostraram ao s...