Crush- Marcos Palmeira foi a capa do primeiro álbum da trilha sonora da novela de Benedito Ruy Barbosa
Foto: Reprodução LP
Nem preciso dizer para vocês o quanto estou feliz. Ando desanimada com o rumo que a teledramaturgia vem tomando no país. Temos ótimos artistas e as novelas dos últimos tempos não prendem minha atenção. Sou noveleira assumida. Tanto que já -tá, podem rir ou me xingar a escolha é de vocês- deixei de sair de casa e já perdi paqueras por preferir assistir ao capítulo de uma novela. Vivi o romance dos personagens e deixei o meu pra outra menina viver.
Mas desde segunda-feira este coração romântico bate com mais alegria após o Jornal Nacional: a minha novela xodó Renascer está de volta, depois de 20 anos. Era uma menina entrando na adolescência quando me encantei pelo romance do "Coronelzinho" por Maria Santa. Leonardo Vieira e Patrícia França eram lindos de se ver em cena, e os atuais protagonistas Duda Santos e Humberto Carrão me mostraram ao som de Jardim da Fantasia (composição de Paulinho Pedra Azul) vão me arrancar muitas lágrimas. Assim como já derramei algumas quando na cena em que a personagem de Maria Fernanda Cândido deixava a fazenda tocou "Do Acaso", composição de Chico César e Ronaldo Bastos, interpretada por Chico e Alice Caymmi . A abertura traz Lua Soberana de Ivan Lins e Vitor Martins ( que arranjo maravilhoso fizeram na versão cantada por Luedji Luna e Xânia França).
Mas aqui é quinta da saudade e vou lembrar da primeira trilha da novela que tinha na capa o crush da mulherada Marcos Palmeira, que interpretou João Pedro, o filho rejeitado por José Inocêncio, após a morte de Maria Santa no parto. Ixi. Contei...
Mas o primeiro LP trazia as músicas : Dito e Feito" - Roberto Carlos (tema de Dona Patroa);"Ai Que Saudade De Ocê" - Fabio Jr (tema de Ritinha e Damião); a belíssima e emocionante "Lindeza" - Caetano Veloso (tema de José Inocêncio); na trama urbana "Só Pra Te Mostrar" - Daniela Mercury e Herbert Vianna (tema de Buba a nora hermafrodita de Inocêncio ); "O Lado Prático Do Amor" - Guilherme Arantes (tema de Eliana) ; "Confins" - Ivan Lins Com Participação Especial de Batacotô (tema de abertura); "Lua Soberana" - Sérgio Mendes (tema dos extratores de cacau, hoje tema de abertura); "Me Diz" - Fagner ; "Parabolicamará" - Gilberto Gil ; "De Volta Ao Começo" - Roupa Nova; "Mentiras" - Adriana Calcanhotto (tema de Mariana que virou hit nas rádios); "Em Nome Do Amor" - Agnaldo Rayol (tema de Rachid e "To Aim" - Franco Perini (tema geral).
Acompanhei tudo com um amor profundo por todos os personagens desta novela de Benedito Ruy Barbosa. Tinha uma birra da Mariana ( não da atriz que infelizmente foi alvo de muitas críticas nessa época), porque no fundo minha torcida era para que um dia o casal formado por Maria Santa e José Inocêncio se encontrasse, assim como numa das cenas em que ela lavava roupa no rio e as lavadeiras entoavam uma canção de domínio popular, muito comum nas rodas de capoeira de Salvador e que divido com vocês aqui, na minha quinta da saudade.
"Mandei caiar meu sobrado" era cantado pelas lavadeiras na cena final, quando o espírito de José Inocêncio ( interpretado na segunda fase pelo maravilhoso Antonio Fagundes) encontrava com seu grande amor Maria Santa .
Parabéns, exatamente como eu lembrava de Renascer de 93... Infelizmente a maioria das trilhas sonoras perderam aquele "tchan" que tinham antigamente, quando nos dava prazer ir na Livroeton e escolher entre as trilhas da novela das sete ou das nove. Vide as trilhas sonoras das novelas dos anos 70: Casarão, Selva de Pedra, Carinhoso, O Bem Amado, O Astro, Locomotivas e tantas outras...
ResponderExcluirRouxinol essa novela foi linda. Ahhh que saudade de ir na Livroeton...era um paraíso para os mogianos!!!
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