Ás vezes as adversidades da vida são tantas que pensamos em desistir de tudo. De deixar os sonhos de lado, abaixar a cabeça e aceitar a derrota diante tantos "nãos". Uma frustração atrás da outra, como um nocaute no ringue chamado vida. Ainda mais quando se é mulher. Podemos ter uma história incrível, trajetória de conquistas, dedicação e muito estudo. Uma mulher que luta por seus sonhos escuta muitos absurdos, que sim, sonhemos desde que não ofusquemos colegas de trabalho, amigos, parceiros, afinal de contas nascemos para servir aos homens. Mas quando existe vontade, existe fé, o universo e Deus conspiram a nosso favor, e uma porta se abre: é hora de brilhar.
Assim foi com a cantora e instrumentista Monny Mariano, que nesse domingo, 21 de abril às 18 horas representará Mogi das Cruzes na sexta edição do Canta Comigo, reality musical exibido pela Record apresentado por Rodrigo Faro.
A mogiana começou seus estudos musicais aos oito anos quando se encantou com um teclado que era de seu tio. Influenciada pela banda norte-americana de metal alternativo Evanescence decidiu aprender a tocar violão por conta própria. Após estudar técnicas vocais com vários professores em Mogi foi para São Paulo estudar Canto Popular pela ETEC de Artes e depois Teatro Musical na Teen Brodway tendo professores como Alírio Neto, Maiza Tempesta e Gabriel Fabri. Desde então leva todo seu conhecimento para seus alunos de canto e para os palcos onde leva seu vozeirão.
Com o apoio do parceiro, amor, produtor e guitarrista Kleber Lopes começou um novo projeto: uma banda com um repertório que foge do roteiro tradicional e traz de volta a nostalgia de quem viveu a adolescência nos anos 2000 misturado com os clássicos do bom e velho rock'n'roll. É a Monny e os Marianos, que conta ainda com os competentíssimos Leonardo Felipe, no baixo e Allan Mello na bateria.
Antes de estrear na telinha, Monny conversou com o Falando em Sol e contou sobre sua história e a emoção de levar o nome de Mogi das Cruzes para o mundo.
(Tatiana Valente)
FS- Quando foi que a música e o rock entraram na sua vida?
A arte sempre esteve presente na minha vida. Comecei desenhando, e dizia que iria ser tatuadora ou desenhista do Mauricio de Souza (risos). Depois que fui me aprofundando nos estudos de música, deixei tudo de lado e parece que a minha vida foi tomando esse rumo de uma forma muito natural. O rock entrou na minha vida quando assisti na MIX TV (Quem lembra? (risos), o clipe do Evanescence pela primeira vez na vida. Eu fiquei APAIXONADA! E nessa época, o Nu Metal estava em alta, e fui conhecendo outras banda como Limp Bizkit, Linkin Park, Incubus...E fiquei uns bons anos conhecendo e explorando outros subgêneros do rock.
FS- Como foi que se interessou por aprender teclado?
Aos sete anos de idade, quando fui viajar com meus pais pra visitar uns parentes em Campinas/SP (se não me engano, acho que era essa a cidade rs), um tio começou a tocar teclado pra gente na sala, e fiquei APAIXONADA. Até que, depois de muito insistir, ganhei um teclado de presente e já logo comecei a explorar todas as funções e botões existentes que tinha naquele Yamaha . (risos)
FS- Como é ser a lead singer em uma banda sendo a única mulher?
Olha, em algumas situações não é fácil. Passei por situações chatas como escutar depois do show que “eu não deveria ter colocado o nome da banda no meu nome”, que “nome de mulher na banda não é valorizado”, que eu “não estava valorizando quem estava do meu lado” e etc. Foi muito frustrante escutar isso tudo, ainda mais vindo de uma mulher. E sem falar num pessoal que pensa que por ter uma mulher no palco, pode fazer o que quiser. Coisas como: como tirar o microfone da minha mão durante o show, subir no palco sem autorização...É uma coisa maluca! Mas os integrantes da banda SUPER me apoiam, me defendem e me acolhem quando situações como essas acontecem. E além desse acolhimento, eles me escutam, apoiam e investem comigo nesse projeto incrível! E, claro, não posso deixar de dizer que tenho muito apoio do pessoal que segue nossa banda, e quando estão no show com a gente e chega alguém sem noção, sempre fazem questão de me ajudar. Eu ainda estou aprendendo a lidar com isso tudo! É um desafio enorme! Mas quando tem todo esse acolhimento e pessoas que te respeitam e apoiam de verdade, fica tudo muito mais leve e a continuo seguindo em frente com muito amor por esse trabalho que escolhi viver até quando Deus permitir.
FS- Embora você seja muito nova, o repertório de vocês é repleto de nostalgia. Você acha que as músicas atuais perderam qualidade?
Nem um pouco! Acredito que com a chuva de informações que temos na palma da mão hoje, as pessoas estão perdendo a paciência de escutar algo novo. Escutam nem 15 segundos de uma música nova e já acham que isso basta pra ter uma opinião concreta de algo. Infelizmente é a realidade que vivemos hoje. E aproveitando o espaço, já vou logo indicar o trabalho autoral desses artistas incríveis dentro do Rock que tenho escutado ultimamente: as bandas “Hurricanes” e “Helleno & os Universais”. Escutem esses maravilhosos! Vocês não vão ser arrepender! <3
FS- Tem trabalho autoral vindo aí?
Olha, vontade não falta (rs) É muito provável que a partir do meio do ano a banda comece a trabalhar nisso...Vamos ver...
FS- Como é representar Mogi das Cruzes num programa tão conhecido no país e fora dele como o Canta Comigo?
Tem sido uma alegria que não cabe dentro do peito! Só de estar ali, entre candidatos que foram escolhidos a dedo, que são artistas talentosíssimos e vindos de cada canto desse país, eu me sinto completamente grata ao programa por ter me dado essa oportunidade de ouro!
Eu estou emocionada demais em finalmente mostrar meu trabalho e minha história em rede nacional, dar visibilidade para quem trabalha comigo e, de alguma forma, inspirar outros artistas da região a se inscreverem também! Espero muito que todo mundo se divirta, se emocione, se inspire e pule de alegria comigo com essa conquista!
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