Pular para o conteúdo principal

Pollyanna Rodrigues e Tico de Paula cantam a "Inconstância do Viver"



Meditação - single de Tico de Paula em parceria com Pollyanna Rodrigues traz uma viagem interior como tema 
Foto show : James Roberto



A busca pela auto realização é um dos objetivos da Sahaja Yoga. Por meio de práticas que integram atividades físicas, emocionais, mentais e espirituais ela realiza de forma espontânea a união da nossa consciência com o nosso ser interior, ou seja, a manifestação do Divino dentro de cada um de nós. E foi logo após uma meditação pela Sahaja Yoga que o físico, cantor e compositor Tico de Paula  criou  a canção"Inconstância do Ser", disponível em todas as plataformas desde o dia 24 de maio. Nesse single o artista contou com a participação especial da cantora e atriz Pollyanna Rodrigues.

 "O processo de criação da canção inconstância do viver foi em um dia frio, calmo após uma meditação pela Sahaja Yoga. Compus primeiro a harmonia e gravei. Após uns dias eu peguei essa harmonia e escrevi a letra por cima. O arranjo do violão me levou a fazer uma melodia simples, como é de natureza da bossa nova. Melodias de 4 ou 5 notas já são suficientes. O ano de composição foi de 2021 e neste ano consistia em um hiato de relacionamento amoroso no qual eu estava já alguns meses. A minha maior curiosidade é querer saber sobre o infinito que tem dentro de nós. Pra quem não sabe, sou físico de formação e apaixonado pelo infinito do cosmos externo, do universo e também, admiro e sei que existe um infinito em pequena escala, átomos, partículas elementares. Neste infinito que estamos inseridos faço perguntas de quanta informação existe dentro de nós. Isso foi falado logo no inicio da letra desta música: eu me pego, aqui cogitando, no infinito, no desalento. Cada vez fica mais claro que a vida é um mistério. Desse infinito, pro infinito, que quero tanto descobri-lo. Dentro de si, a consciência, fractal da nossa essência", conta Tico.

Fã de MPB, bossa nova e samba, o compositor conta que já era conhecedor das canções de Chico Buarque dos CDs que a mãe costumava ouvir, depois na idade adulta já sob a influência da Internet se apaixonou pelo rock e adotou a guitarra como instrumento principal. O retorno para a bossa nova se deu na pandemia, e a melodia de "Inconstância do Viver"  foi inspirada em suas audições particulares e em um curso que fez com o renomado violonista Nelson Faria.

"Fui me apaixonar pela bossa nova na pandemia, acredita? Até então, eu não a ouvia com tanta frequência. Foi em um curso que fiz durante esse período sabático, período pandêmico, com Nelson Faria. O curso chamava-se 'Tirando Música de Ouvido'. Um curso para aprender as figuras, cadências e harmonias usadas na MPB, samba, jazz e bossa. 2, 5, 1. Essa bossa foi inspirada nessas audições e no contato com Nelson Faria. Além dessa, há outra bossa nova que é em parceria com ele. Uma honra demais! Mas, essa história eu conto mais adiante. Voltando ao assunto principal, a canção “Inconstância do Viver” e falando sobre quem canta ela, Pollyanna Rodrigues. Fui conhecer Polly no sertão durante a turnê da Bahia SY 2022. Tive a oportunidade de encontrá-la pessoalmente pela trupe IlumiAnanda, grupo de teatro conhecido no Instagram como @operetademaria. Na estrada, trocamos algumas músicas. Foi aí que fui convidado por ela para harmonizar e gravar os sambas de seu álbum 'Elementais'. Foi a primeira vez que entrei em um estúdio para gravação e a primeira vez que harmonizei uma canção que não fosse minha, foi emocionante", lembra o músico que se apresenta amanhã (30 de maio) com Pollyanna em Prados, Minas Gerais.

"Inconstância do Viver" contou com a participação de Jack Will (bateria), Lucas Vidal (baixo e piano) e a capa é criação do designer e ilustrador Paulo Vinícius. A pintura da capa é da artista plástica Gisele Moura.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quinta da Saudade : Barracão de Zinco

Véspera de Natal e dia da famosa quinta da saudade. E a data esse ano pede (deveria pedir sempre) reflexões sobre nossas atitudes e o que podemos fazer para melhorar, evoluir. Especialmente num ano de tantas perdas, em que muitas vezes tivemos de abrir mão de estar com quem amamos para preservá-los.  E Natal para mim, desde a infância teve uma atmosfera mágica : desde o decorar a casa, até acreditar no Papai Noel e esperar pela meia-noite sempre foi muito aguardado, e ainda é. Mas o papo aqui é música, e vou contar a história de uma serenata que me lembro ter participado ainda criança (década de 80)  lá no bairro do Embaú, em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba. Todos os anos nos reuníamos entre familiares e amigos e o samba era o ritmo que fazia a trilha sonora das festas. Ali tocavam Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Originais do Samba, Beth Carvalho, Clara Nunes, Almir Guineto, Martinho da Vila e assim a noite corria. Uma tia avó, chamada Cândida (Vó Dolinha para nós), g...

Djavan e Eles

Pétala - dia de celebrar o cantor e compositor muso deste blog e de muitos outros poetas e escritores Foto: Tati Valente Dia de Djavanear o que há de bom. Os leitores do Falando em Sol já estão cansados de saber o apreço que tenho pela obra do alagoano Djavan Caetano Vianna, e que todo ano, esta data aqui é celebrada em forma de palavras. O que posso fazer, se Djavan "invade e fim"? Para comemorar seu 76º aniversário, selecionei cinco momentos em que ele dividiu cena com outros nomes da música popular brasileira. O resultado: um oceano de beleza. Tudo começou aqui. Este foi o meu primeiro contato com Djavan e tenho a certeza que de toda uma geração que nasceu nos anos 1980. Ele é Superfantástico! Edgard Poças...obrigada por isso... Azul é linda, amo ouvir e cantar até cansar...  Com Gal e Djavan então...o céu não perde o azul nunca... Esse vídeo foi em um Som Brasil, no ano de 1994. Desculpem, posso até parecer monotemática, mas Amor de Índio é linda. Mais linda ainda com est...

Quinta da Saudade : A Trilha Sonora de Renascer

   Crush - Marcos Palmeira foi a capa do primeiro álbum da trilha sonora da novela de Benedito Ruy Barbosa Foto: Reprodução LP  Nem preciso dizer para vocês o quanto estou feliz. Ando desanimada com o rumo que a teledramaturgia vem tomando no país. Temos ótimos artistas e as novelas dos últimos tempos não prendem minha atenção. Sou noveleira assumida. Tanto que já -tá, podem rir ou me xingar a escolha é de vocês- deixei de sair de casa e já perdi paqueras por preferir assistir ao capítulo de uma novela. Vivi o romance dos personagens e deixei o meu pra outra menina viver. Mas desde segunda-feira este coração romântico bate com mais alegria após o Jornal Nacional: a minha novela xodó Renascer está de volta, depois de 20 anos. Era uma menina  entrando na adolescência quando me encantei pelo romance do "Coronelzinho" por Maria Santa. Leonardo Vieira e Patrícia França eram lindos de se ver em cena, e os atuais protagonistas Duda Santos e Humberto Carrão me mostraram ao s...