"Olha ele aí chegando do alto. Olha ele aí vindo do sol. Olha ele aí chegando e gritando. Trazendo satélites e planetésimos ao seu redor".
Assim foi a forma como o poeta que tem luz no nome anunciou o nascimento de outro tal como ele cujo nome de batismo significa "aquele que pertence à luz". Um menino que chegava neste planeta com o dom, talvez hereditário, de unir versos e rimas para expor seus sentimentos e fazer da Língua Portuguesa mensageira de sua arte. Nos versos que abrem esse texto a premeditação, de que viria no futuro deste recém-nascido um astro.
Porém, na infância Luca de Chevalier - o CHEVA - não imaginava que os versos da música feita em razão do seu nascimento seriam determinantes em seu destino. O flamenguista nascido e criado nos bairros do Grajaú e do Andaraí na zona norte do Rio de Janeiro sonhava em levar sua luz para os gramados: queria ser jogador de futebol. Nos passeios de carro tinha na mãe, a diretora e produtora de audiovisuais Theodora, uma companhia para ouvir os mais variados estilos musicais - da MPB ao Rock- e mesmo o rap, estilo escolhido por ele para fazer poesia. Além disso encontrou no teatro - talvez uma paixão também herdada da avó, a atriz e jornalista Scarlet Moon - um norte, que lhe auxilia nas performances e gravações de videoclipes. E o jovem promete em breve novidades nos palcos.
Aos vinte e três anos, o rapper e produtor voltado para o cenário do rap acaba de lançar em parceria com o coletivo SEMMEDO, criado por LD DA BORDA, o single "Guiando", que compôs contando naturalmente na "batida perfeita" do rap, sobre um passeio com seus amigos tendo como cenário o Rio de Janeiro. O videoclipe pode ser conferido no fim desta entrevista e os outros trabalhos lançados em seu Instagram.
“Guiando foi uma música que veio a partir de uma saída com os amigos (risos). Fomos a uma festa e a noite foi muito boa, a música é mais ou menos a história sobre isso. Logo no dia seguinte eu já tinha o beat, coloquei pra gravar e saiu a música", conta o jovem que com "sua tropa segue buscando sua melhoria".
E hoje é com um "prazer inenarrável" que apresento para vocês o entrevistado de hoje : Cheva.
(Tatiana Valente)
F.S- Você já nasceu com uma música dedicada para você. De quando ainda era pequeno quais suas lembranças musicais?
.Eu tenho muitas lembranças musicais da infância… Lembro de adorar cantar músicas no carro com a minha mãe, dos mais variados estilos Pop, MPB, Rap, Rock. Lembro também de ir a muitos shows desde novo, ir em lojas de CDs, e até algumas memórias bem novinho de dormir ouvindo música.
FS- Como nasceu o letrista e músico? Qual foi sua primeira composição?
Eu no início de tudo queria ser jogador de futebol… acho que todo mundo né (hahahah). Com o passar do tempo comecei a admirar muito cantores e cantoras mas achava que não seria possível ou que nunca cantaria bem. E aí veio a produção de Beats, onde eu comecei a fazer as primeiras composições instrumentais e a galera fazia músicas em cima. Essas foram as primeiras composições e músicas. A escrita e o vocal vieram mais pra frente uns 3 anos depois de começar a produzir.
F.S- O que te inspira a escrever? Você acha que o trap é uma forma de denúncia social?
Acho que de tudo um pouco. Às vezes na felicidade algo te inspira, na tristeza talvez algo te faça refletir mais, quando você tá com os amigos uma piada ou uma história te inspiram, até mesmo vendo filmes. E sim, o Trap é um subgênero do Rap que traz por natureza críticas sociais e acho na verdade que todos os gêneros musicais tem esse poder, vai de cada um que mensagem quer passar.
F.S. Nesse gênero, quais suas referências?
Eu vou falar referências no Rap em geral. Marcelo D2, Black Alien, Djonga, BK, Racionais Mcs no Brasil e Kendrick Lamar, Nas, Tupac, Dr Dre nos USA .
F.S- Você tem parcerias com SEM MEDO e com LD DA BORDA. Como elas surgiram?
Sim, na verdade SEMMEDO é um coletivo artístico criado pelo LD DA BORDA que é Rapper também, justamente pra melhorar a criação de todo mundo envolvido no projeto e todo mundo se ajudar. Aliás o LD foi um dos primeiros artistas que eu produzi e ainda vem muita coisa por aí.
F.S- Você traz em Jazz e em "Sleep Que Not" referências de outros gêneros musicais. Você acha que a música brasileira é uma mistura de gêneros?
Com certeza. Acho que o Brasil é uma mistura de culturas e isso interfere diretamente na música. Eu acho maravilhoso poder misturar e brincar com isso nas músicas, além de sempre estar conhecendo estilos musicais novos.
F.S Além de tudo isso você é ator. Qual a importância do teatro na sua performance artística?
Eu amo atuar. Desde pequeno sou apaixonado por filmes, séries, ir ao teatro. Estudar e praticar teatro, mesmo que por pouco tempo, foi incrível e me ajudou muito na parte de performance, para gravar clipes e etc. E eu não tô parado não hein (hahaha) em breve teremos novidades aí.
F.S - Quem é o CHEVA?
O CHEVA mais que um rapper ou produtor, é entrega, coragem pra fazer o diferente, amor em cada música e cada performance e o melhor de mim sempre!
F.S- Quais os próximos projetos?
Temos novidades vindo aí. Em 2025 prometo coisas grandes, a entrega de um EP que já tá pronto, faltam os ajustes finais e um álbum que eu tô em processo de criação. Enquanto eles não ficarem disponíveis, vou estar lançando alguns singles que já estão engatilhados também pros próximos meses.
Muito sucesso pra você Luca! Amei o que ouvi!!
ResponderExcluirBoa mlkao, muito sucesso na caminhada…
ResponderExcluirEsse e fera conheço de perto além de ótimo artista excelente ser humano sucesso foguete não tem ré pra frente
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