A banda Souela celebra dez anos de trajetória com o lançamento de seu projeto mais ousado: o álbum visual “Nossa Pele”, que estreou no último domingo, 30 de novembro. O curta-metragem dá vida às sete faixas do disco lançado em 31 de outubro, costurando som e imagem em uma narrativa contínua sobre ancestralidade, autoaceitação e as emoções que marcam a rotina das mulheres.
Formado por Gabriela Reis (voz e guitarra), Larissa Féola (baixo) e Larissa Ladeia (bateria), o trio encontrou no audiovisual a linguagem ideal para aprofundar a força emocional do primeiro álbum e consolidar a reinvenção artística da banda. Com elementos de pop e brasilidades, o projeto reafirma a identidade renovada da Souela e amplia o alcance das mensagens presentes nas músicas.
Estrelado pelas próprias integrantes, o curta apresenta uma estética sensível e intimista. A narrativa percorre momentos de alegria, cansaço, amor e reconexão consigo mesma – retratos que dialogam com diferentes experiências da mulher contemporânea, desde aquela que corre atrás de seus sonhos até a que busca se reencontrar com o próprio corpo e permitir-se descansar.
“Queríamos expandir os sentidos que a música pode proporcionar, unindo o musical ao audiovisual para mostrar como nós, mulheres, podemos ser felizes em meio à rotina e, juntas, conquistar o mundo”, afirma o trio.
Entre as referências que inspiraram o projeto estão produções de Michael Jackson, Beyoncé, Baco Exu do Blues, Marcelo D2 e Manu Gavassi.
As gravações ocorreram ao longo de quatro dias, tendo como cenários a Casa de Cinema, um jardim de flores em Holambra e ruas do Centro de Piracicaba. A produção é da Medusa Cultural, comandada por Larissa Féola e Larissa Ladeia, enquanto a direção geral, o roteiro e a edição ficaram a cargo da Pixel Films, com Kauê Braga e Luan Lima.
“Nossa Pele” também funciona como desdobramento do EP “Nossa Voz”, que marcou a transição da Souela em direção ao pop. Agora, a banda consolida essa jornada com mais profundidade, ritmo e novas camadas de significado. O álbum visual simboliza não apenas um reencontro da Souela com sua história, mas também um convite para que o público reconheça a própria trajetória refletida na obra.

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